Sabemos que é reprovável causar sofrimento por motivos
triviais. Mas o que é facto é que o touro tem que sofrer durante o
espetáculo com que se deleitam os aficionados.
Por isso
parece-lhes melhor defender a ideia absurda de que um animal que sente
uma mosca a picar-lhe os flancos, por uma espécie de passe de mágica,
numa arena não sente ferros de 8cm de comprimento com um arpão de
4cmx2cm a enterrarem-se-lhe na carne e a dilacerarem-lhe músculos, vasos
sanguíneos e nervos.
Para conferir alguma
credibilidade a este absurdo, invocam muitas vezes um pseudo- estudo do
porf. Illera, que obviamente não conseguiu passar pelo crivo do peer
review. E como não conseguiu publicar em revistas científicas, optou por
publicar as suas conclusões em revistas tauromáquicas que o acolheram
de braços abertos e divulgaram até à exaustão.
Entre os
argumentos pseudo-científicos frequentemente associados à alegação de
que o touro não sofre, a questão da adrenalina costuma ter um papel de
destaque. Dizem que a secreção de adrenalina como elemento inibidor de
dor é a prova de que o touro não sofre com as agressões que sofre
durante a lide. A auto-contradição é evidente: a secreção de adrenalina
ocorre em momentos de claro perigo e tensão e é o mais claro indicador
de que o touro está, efectivamente, a sofrer. Senão, a adrenalina não
seria sequer necessária.
Puro bom senso.
Controvérsia sobre o sofrimento dos touros
O touro picado não sente dor- As lérias do prof.Juan Carlos Illera
Fonte
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