tag:blogger.com,1999:blog-24307760979582367572024-02-07T07:25:36.980-08:00ABOLIÇÃO da tauromaquia em Portugal e no MundoABOLIÇÃO da tauromaquia em Portugal e no MundoMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.comBlogger290125tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-55274755382915117322017-07-04T11:32:00.000-07:002018-08-04T11:45:15.985-07:00O fim das touradas: uma semente para a revolução<strong style="background-color: white; color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-size: x-small; margin: 0px; padding: 0px;">O que representa realmente a Tauromaquia?</span></strong><br />
<div id="headgal" style="background: rgb(255, 255, 255); margin: 12px 0px 0px; padding: 0px;">
<div id="main-content" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div id="content" style="float: left; margin: 0px; overflow: hidden; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px !important; padding-top: 0px; width: 660px;">
<div id="homepost" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="post" style="border: none !important; margin: 0px 0px 7px; padding: 5px 8px 14px 2px;">
<div class="entry" style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 24px; margin: 50px 0px 0px; padding: 0px;">
<div class="pf-content" style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">“A ligação entre violência sobre pessoas e violência sobre animais está bem documentada na comunidade científica internacional. Na sua forma mais simples: A violência contra animais é um indicador de que o agressor se pode tornar violento contra pessoas, e vive versa. O abuso é abuso não interessa de que forma ou de quem é a vitima.” <a class="simple-footnote" href="http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/#note-7597-1" id="return-note-7597-1" style="color: #045f9f; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" title="Understanding the Link between Violence to Animals and People: A Guidebook for Criminal Justice Professionals. NDAA (National District Attorneys Association) (2014)."><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">1</sup></a></em><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhst3uAivRLFeuOkGdrFgmkdIj5nG_hrSZD9zGs1eKdazW-P2CU0QNZeQdFgPTraW-dc30MRSQ4_eYbpepwFVtgSEEbsJucdSeJKuagj0INQ5GR-pK8PbjhR5_YthIvACz4HcPQYUVtOgc/s1600/touradas2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="293" data-original-width="400" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhst3uAivRLFeuOkGdrFgmkdIj5nG_hrSZD9zGs1eKdazW-P2CU0QNZeQdFgPTraW-dc30MRSQ4_eYbpepwFVtgSEEbsJucdSeJKuagj0INQ5GR-pK8PbjhR5_YthIvACz4HcPQYUVtOgc/s320/touradas2.jpg" width="320" /></a></em></div>
</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Quando pensamos em touradas, a imagem mais comum é a violência na arena sofrida pelo touro. É sem dúvida o touro que acaba a sofrer mais, mas não é de forma alguma este o único animal a ser humilhado e torturado em prol dos aficionados. Se são os touros que todos os anos sofrem e morrem às centenas em nome da tradição, são também os cavalos a ser violentados, usados como autênticos “tanques” na arena. Aqui no entanto, vamos falar também de mais um animal vítima da tradição… Nós. Vamos falar de como a tradição das touradas nos afecta, como indivíduos numa sociedade entendida como livre e igualitária. Vamos falar das ramificações da tourada, do que representa e vive a Tradição Tauromáquica cujos aficionados defendem com declarado amor, esmero e violência.</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Na Europa, Espanha, Inglaterra, Portugal e França são focos de um gradual ressurgimento da tauromaquia e, por arrasto, da classe que dela vive. Este ressurgimento não é fruto de um crescente interesse das populações na prática, mas sim resultado da cumplicidade e interesses partilhados por uma minoria que permeia as elites destes países e que crescentemente se imiscui nos processos de decisão política. Um cúmplice destacado neste processo é hoje tão-somente o Comissário do Ambiente e Energia na Comissão Europeia. Miguel Arias Cañete foi nomeado para o cargo em 2014, apesar de ser accionista em duas empresas de petróleo, meros meses após ter sido o cabeça-de-lista do PP espanhol ao Parlamento Europeu. No contexto da candidatura surgiu relacionado no caso “sobresueldos”, uma cabala para esconder dinheiros (300 mil euros) do seu partido. Cañete não chegou a este posto por acaso. Com um longo percurso no aparelho partidário do PP, entre 2011 e 2014 foi Ministro da Agricultura, Alimentação e Ambiente no governo de Mariano Rajoy, tendo antes, entre 2000 e 2004, sido Ministro da Agricultura e Pescas no último governo Aznar.</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<img alt="canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques" class=" wp-image-7614 alignright" height="202" sizes="(max-width: 343px) 100vw, 343px" src="https://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques.jpg" srcset="http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques.jpg 800w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques-300x177.jpg 300w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques-146x85.jpg 146w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques-205x120.jpg 205w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/canete-en-los-toros-mientras-arden-los-bosques-50x29.jpg 50w" style="border: 0px; float: right; margin: 5px 0px 3px 10px; padding: 0px;" width="343" />Cañete é cunhado por casamento do ganadeiro Juan Pedro Domecp (Ganadeiro de touro bravo para Lide e Cavalos). A sua ligação à tauromaquia manifesta-se ao longo da sua carreira política e governativa de forma clara. Em 2001, em defesa do interesse da nação (e seu e de sua mulher, filha dos marqueses de Valência e restante família tauromáquica), Cañete escusa-se do Conselho de Ministros que aprovava um decreto-lei preparado pelo seu ministério sobre apoios à raça bovina de lide (touros de arena). Nesse mesmo ano Rajoy delega-lhe a pasta de apoio ao sector taurino. Foi Cañete a forçar em Espanha a PAC (Política Agrícola Comum), que entre 2014 e 2020 pretende subsidiar com 47 mil milhões de euros o sector agro-pecuário, que em muito beneficiará a ganadaria. Sem surpresa, o seu nome apareceu relacionado com o branqueamento de capitais no mesmo sector (entre outras coisas, no fabrico de pensos para animais e criação de galinhas), estimado em 2 mil milhões de pesetas (cerca de 12 milhões de euros). É este o curriculum imaculado do actual Comissário do Ambiente e Energia da Comissão Europeia. Isto sim é uma tourada.</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Voltando o olhar para Portugal, estima-se que 16 milhões de euros são disponibilizados directamente no apoio à tauromaquia. Porquê? As touradas desde os anos 80 estão em decadência. Nos últimos 10 anos o número de touradas e espectadores tem vindo a diminuir consistentemente <a class="simple-footnote" href="http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/#note-7597-2" id="return-note-7597-2" style="color: #045f9f; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" title=" IGAC relatório da actividade tauromáquica Luís Rouxinol, Naturales – correio da tauromaquia ibérica, 2012."><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">2</sup></a> e sem o apoio de dinheiros públicos, não seriam as cerca de 60 praças permanentes – com uma média de 3 espectáculos por ano – que manteriam viva a tradição, ou que sustentariam a boa-vida das famílias destacadas da tauromaquia. Assim percebe-se melhor a necessidade de consolidar a tauromaquia, “um dos pilares da nação portuguesa”, como um valor cultural, património nacional e internacional, a ser preservado ou, dito de outra forma, subsidiado.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">“Neste momento, e mesmo para uma primeira figura, é difícil viver só de toiros… E quem disser o contrário, digo-lhe já que não é verdade!” <a class="simple-footnote" href="http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/#note-7597-3" id="return-note-7597-3" style="color: #045f9f; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" title=" Luís Rouxinol, Naturales – correio da tauromaquia ibérica, 2012."><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">3</sup></a></em></div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
À luz da crescente crise que vivemos, tendo em conta as dificuldades de agricultores e da população em geral em aceder a serviços essenciais como a saúde, com a falta de condições nas escolas, falta de apoio a cooperativas e grupos artísticos de teatro, dança, aos saberes tradicionais, a grupos e associações de apoio social, etc, o apoio à tauromaquia é de uma prepotência desumana.</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Para além dos apoios directos, a União Europeia e o Estado português oferecem dinheiro a ganadeiros de outras formas, dinheiro esse que é frequentemente investido em indústrias paralelas e rentáveis: a criação de bovinos para a indústria agro-alimentar e de curtumes, a produção de cereais usados na confecção de rações ou o turismo rural. Com a desculpa de que sem as touradas os touros entrariam em extinção, os ganadeiros, entre outros apoios, recebem através da Associação de Agricultores e da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide dinheiros abrangidos pela “Estratégia para a Conservação e melhoramento das Raças Autóctones“. Enquanto para se proteger águias, lobos, ou o lince Ibérico, para citar apenas alguns animais selvagens ameaçados, é tantas vezes necessário depender da indústria privada – muitas vezes directamente responsável pelos riscos e destruição de ecossistemas que ameaça esses animais – face ao parco financiamento público para a sua protecção, é a indústria de exploração tauromáquica que, ironicamente, recebe dinheiros públicos, para “manter os toiros vivos“.</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Em 2010, a então Ministra da Cultura de Portugal, Gabriela Canavilhas (PS), criou uma secção especial dedicada às touradas no Concelho Nacional de Cultura. No âmbito do trabalho da mesma, os Tauromáquicos além do dinheiro que recebem, passam a poder ir a escolas preparatórias promover junto de crianças a sua tradição sanguinária, com os intrínsecos danos nocivos para o crescimento equilibrado de qualquer ser humano e que, numa sociedade em crescente fragilização, contribuem certamente para a normalização da violência, de comportamentos agressivos, nomeadamente para com outro seres humanos. Não faltam indícios disso mesmo. Em 2012, o toureiro Marcelo Mendes, investiu com o seu cavalo sobre manifestantes anti-tourada, na localidade de Torreira. Em 2014, um carro com forcados atropelou manifestantes na praia de Mira. A violência não é novidade entre elementos da tauromaquia. Em 2003 durante uma largada de vacas no concelho de Montemor, os forcados de Montemor provocaram cenas de pancadaria. Segundo o presidente da junta de Lavre, localidade onde se realizava a largada: “Foram eles que provocaram tudo. São uns arruaceiros. Onde quer que vão armam violência e são protegidos por serem das famílias influentes da zona (…) Acho que já é tempo de serem punidos”. Em 2009, o mesmo grupo envolveu-se em cenas violentas com seguranças da discoteca “Praxis” em Évora. Em 2011, vários focados envolvem-se em pancadaria nas bancadas do Campo Pequeno e no ano seguinte, forcados envolvem-se em desacatos na discoteca “Kapital” na Terceira.</div>
<div align="left" class="western" lang="pt-PT" style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Em 2013 foi notícia uma rixa envolvendo forcados nas festas de Alcácer do Sal, que resultou numa agressão com arma branca. Ainda em 2013, o forcado Carlos Grave agrediu um socorrista da Cruz Vermelha no Campo Pequeno, por este ter fugido de um touro, enquanto socorria um outro forcado. Em 2013, em França, após quase dois anos sem manifestações, um grupo anti-touradas invadiu uma praça de touros em Rion-des-Landes. A reacção dos aficionados fez jus à violência cega da sua tradição e o resultado foram oito feridos. Um deles, em estado grave devido à brutalidade das agressões, teve de ser induzido a um estado de coma artificial. Já em 2011 uma acção com o mesmo objectivo tinha acabado em violência extrema. As imagens que correram as redes sociais são disso exemplo. Os aplausos que se ouvem quando o touro é torturado, são os mesmos que se ouvem enquanto cavaleiros, ganadeiros e aficionados agridem os manifestantes, indefesos, no meio da arena. O modo como a população de Barrancos defende o “Touro de Morte“ e as agressões de que foram alvo alguns activistas, nas barbas da polícia, a facilidade com que se mudaram leis, para tornar legal a chacina que se repete em Barrancos todos os anos, deve preocupar qualquer pessoa vinculada com a ideia de uma sociedade justa. Depois de Barrancos, várias localidades exigem o mesmo direito a matar o Touro aos olhos do público. O caso das touradas em Viana do Castelo, município que se declarou anti-tourada, é um perfeito exemplo da arrogância dos tauromáquicos e do modo como encaram a vontade popular e seus representantes democráticos.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><img alt="touradas4" class=" wp-image-7612 alignright" height="207" sizes="(max-width: 318px) 100vw, 318px" src="https://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/touradas4.jpeg" srcset="http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/touradas4.jpeg 443w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/touradas4-300x195.jpeg 300w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/touradas4-50x33.jpeg 50w" style="border: 0px; float: right; margin: 5px 0px 3px 10px; padding: 0px;" width="318" />“O homem que mata animais hoje, é aquele que mata as pessoas que atrapalham o seu caminho amanhã”</em> – Dian Fossey</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
A tradição de que origina a tourada reflecte (e deriva de) alguns dos piores elementos da história humana: a exploração do outro e do meio natural, a glorificação da guerra e do militarismo, o autoritarismo e perversidade de modelos de organização social que pressupõe a superioridade de uns, sobre a maioria dos outros. Na sua génese podem estar práticas ancestrais, mais ou menos disseminadas, mas cuja antiguidade e ritualização não podem esconder ou justificar a sua violência e crueldade. Essas práticas, gradualmente despidas com o passar do tempo, do seu carácter “mágico” ou espiritual, cristalizam-se em “espectáculos”. Essa transição é visível através da história Europeia. Um elemento característico da vida da aristocracia europeia era o ócio, maligno, que os levava a buscar diversões: jogos e torneios vários, sendo um deles o “Torneio de Animais”. Os primeiros confrontos nestes torneios consistiam em lutas entre cães, animais selvagens e touros. O “bullfighting” da aristocracia inglesa do século XV, perdura até hoje, como comprovado pelas fotos publicadas na internet pelo cavaleiro João Moura em 2014, onde se pode ver 5 cães atiçados a um vitelo, com a intenção de os publicitar para posterior venda. No século XVIII (que tanta nostalgia traz aos ganadeiros e cavaleiros) os “pretos“ foram acrescentados aos animais que entravam na arena do “Circo de Animais”. Em dias de festa brava, o racismo era alimentado a touros e escravos, como confirmado por uma notícia no Diário do Governo nº 232, de 1844, sobre uma tourada na cidade da Nazaré, onde se pode ler: “…alguns homens pretos foram ali tratados com estrema barbaridade. (…) A maior parte dos membros da câmara sabia o que se praticava com estes infelizes nas praças de touros, onde eram tractados peior do que os animais”. Esta forma de torneio, a “Tourada”, enquadrava-se já nas vidas dos cavaleiros, permitindo o treino da equitação. Assim, a classe cavalheiresca começou ela própria a desafiar o touro sempre montada a cavalo, fazendo apresentações em celebrações e outros eventos. Casamentos reais, vitórias militares e acções religiosas eram assim “enobrecidos”.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
A história europeia fornece inúmeros exemplos destas práticas, como por exemplo durante a coroação de Afonso VII de Castela e Leão no contexto da qual muitos animais terão morrido, ao ponto de se começar a registar o número de touros mortos como medida da grandiosidade do evento. Mais tarde, já no século XVIII, este tipo de torneios ganha um novo âmbito, tornando-se também uma diversão para os trabalhadores das quintas dos senhores. Foi neste momento que se consolida a tourada a pé (Forcados). Segundo José Rodriguez (Pepete), toureiro do século XIX, “grande parte destes novos participantes trabalham nos matadouros ou nas criações de gado dos senhores”. A Tourada também conheceu resistência, tendo sido proibida por Papas e monarcas, mas quando Ferdinando VII ascende ao trono de Espanha, a actividade volta a crescer em popularidade.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Voltando ao presente, Viana do Castelo, depois de ser a primeira cidade do país a declarar-se anti-tourada, enfrenta uma guerra aberta, antidemocrática, por parte do “lobby” para forçar as touradas na cidade. A câmara local comprou a praça existente para a tornar, como centro de Ciência Viva, num espaço de real cultura. Os aficionados querem a praça de volta, e têm realizado touradas na periferia da cidade, utilizando uma praça móvel, montada em terrenos privados. Desta mesma prepotência – voltando também à questão dos apoios – existem dezenas de exemplos. Um pouco por todo o país, onde existem praças fixas, os tauromáquicos exigem dinheiros públicos para as renovar e museus para “iluminar” a sua cultura.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Cavaleiros e ganadeiros parecem desejar recuperar o lema do coliseu Romano: “Pão, (Deus) e Jogos”. Hoje convertido em “Touros, (Fado) e Futebol”, é sob esse lema, que a família tauromáquica se reúne e projecta planos para renovar a tradição. Foi num desses encontros que os aficionados das Caldas da Rainha divulgaram a intenção de reabrir o Museu Joaquim Alves. A Câmara Municipal guarda o espólio do museu, esperando por um local para o reabrir. Pedidos de museus tauromáquicos com dinheiros públicos ou apoios para os já existentes repetem-se por dezenas de cidades.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Esta atitude tem antecedentes que ajudam percebê-la. A arrogância de um grupo que se julga e sente melhor, a aristocracia, tem na classe tauromáquica um repositório e manifesta-se em atitudes e práticas. Muitos dos membros dessa classe, frequentemente oriundos de famílias “antigas” e mais ou menos endinheiradas, têm posições destacadas na comunidade que integram e consequente acesso ao poder político local, nacional e mesmo internacional. Isto ajuda a perceber a desproporcionalidade de representação dos interesses do que é efectivamente uma diminuta minoria. Isto por sua vez reflecte-se na acção de Juntas, Autarquias e do Estado.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Portugal, representado pela Liga portuguesa de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida, que desde 2014 é membro da European & Mediterranean Horse Racing Federation, organiza várias corridas e promove sistemas de apostas online. Em 2004, o Ministério da Agricultura apresentou em Concelho de Ministros um diploma para facilitar a introdução do sistema de apostas em corridas de cavalos. A intenção era legalizar duas pistas no País, uma no Norte – a Maia rapidamente se colocou na linha da frente – outra no Sul, grande parte pago com dinheiros públicos.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><img alt="outdoor-0051" class=" wp-image-7618 alignright" height="255" sizes="(max-width: 340px) 100vw, 340px" src="https://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/outdoor-0051.jpg" srcset="http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/outdoor-0051.jpg 400w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/outdoor-0051-300x225.jpg 300w, http://www.jornalmapa.pt/wp-content/uploads/2015/07/outdoor-0051-50x38.jpg 50w" style="border: 0px; float: right; margin: 5px 0px 3px 10px; padding: 0px;" width="340" />O Estado, ao serviço das elites, como criador de animais para lide?</strong></div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Em 1908 a Ganadaria Real portuguesa enviou touros para lide na Cidade Real, em Espanha. Este foi o relato da ganadaria: “Seis catedrais! Nunca algum toureiro ou algum aficionado vira touros mais monstruosos. Deixaram 16 cavalos no chão”. A ganadaria criou touros a partir de vacas da família Vitorino Avelar Fróis, cobertas por animais de Infante da Câmara e outros criadores. Cem anos mais tarde as proclamações são menos bombásticas, mas o Estado português é criador de cavalos, muitos dos quais são vendidos, para procriação, para os desportos equestres ou para fins militares através da Coudelaria de Alter. Hoje integrada na Companhia das Lezírias SA, nos seus 800 hectares murados coexistem com o espólio equino da Coudelaria Nacional, do Alter e das Lezírias. Tem como missão expressa, em regime de serviço público, “a preservação do património genético animal da raça lusitana, quer na linha genética da Coudelaria Nacional, quer na linha Alter Real”. Curiosamente, em 2004, a Companhia das Lezírias (a maior exploração florestal e agro-pecuária do país),esteve para ser privatizada por Durão Barroso. Em 2014, a Ministra Assunção Cristas recusou a privatização da companhia e acrescentou: “Vamos potencializar o turismo equestre que é uma área de elevado potencial de desenvolvimento no nosso país”. Nesse âmbito, insere-se ainda a EPAE (Escola Portuguesa de Arte Equestre), que trabalha em estreita ligação com a Coudelaria do Alter. Fundada em 1979 e desde 2012 gerida pela Parques de Sintra-Monte da Lua SA, uma empresa pública fundada em 2000 para gerir a paisagem cultural de Sintra. A EPAE tem como função expressa “o ensino, a prática e a divulgação da Arte Equestre tradicional portuguesa” dando sequência ao “ensinamento e tradição” da academia equestre da Corte do século XVIII, a Real Picaria. Então como agora, o “ensinamento e tradição” estão intimamente ligados ao toureio equestre.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Assim, a preservação da “nobre” arte equestre, com o toureio no seu cerne, passou das mãos da Coroa para as do Estado. As rédeas, essas, estiveram sempre nas mesmas mãos, as da “Corte” montada em torno do que não deixa de ser uma indústria, que, bem subsidiada, mantém e gere vastas propriedades e negócios decorrentes. Basta ver que da Corte de então à de agora, muitos apelidos se mantêm para perceber que, despidos de títulos, muitos encontraram na “tradição” um veículo e sustentáculo de poder e influência.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
A Quinta do Castilho por exemplo, pertence à família Infante da Câmara, que tem orgulhosamente como antepassado Nuno Tristão, um explorador e pioneiro, em meados do século XV, da venda de escravos pelos portugueses. Mais tarde, D. Emílio Ornelas Infante da Câmara, o então patriarca da família, foi uma das figuras proeminentes da agricultura ribatejana oitocentista, onde o Liberalismo assistiu à criação de uma burguesia agrária, naturalmente ligada à prática equestre. A quinta construída em 1914 durante a 1ª República tem hoje, entre outros serviços, espaços para eventos sociais. Uma das actividades de dinâmica de grupo é uma praça de touros onde se “pode assistir a uma demonstração do que é uma verdadeira corrida de toiros ou de cavalos puros Lusitanos”. Foi a família Infante da Câmara que inaugurou a praça de touros do Campo Pequeno, estando presente no seu Centenário em 1992.</div>
<div style="color: #474747; font-family: Georgia, sans-serif; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Neste esboço, é possível começar a perceber que, ofuscadas pelo discurso simplista acerca de tradição, estão tensões antigas e relações de poder que em grande medida se mantêm. Está também um historial de exploração humana e animal. Esse discurso é usado pelas elites que dele beneficiam para justificar a instrumentalização de recurso e dinheiro público para beneficiar o que é na realidade um negócio. Frequentemente, os nobres de ontem são os defensores da tradição de hoje. Um pouco por toda a Europa do sul e em Inglaterra há “Cañetes” que em cargos mais ou menos elevados, favorecem os interesses da minoria a que pertencem. A “nobreza” das lides viveu e vive da pobreza das gentes, tanto quanto do sofrimento dos animais e portanto quando falamos de tauromaquia, não falamos apenas do triste espectáculo da arena, mas de toda uma realidade social, com raízes no latifúndio, na exploração e opressão. E ao combatê-la lutamos não só pelos animais, mas pelas gentes e em geral por um mundo um pouco mais justo e um pouco menos cruel.</div>
</div>
<div class="simple-footnotes" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="notes" style="color: #474747; font-family: georgia, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; margin: 0px 0px 16px; padding: 0px;">
Notes:</div>
<ol style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; margin: -4px 0px 18px 35px; padding: 0px;">
<li id="note-7597-1" style="border-bottom: 1px solid rgb(238, 238, 238); margin: 0px; padding: 3px 0px 4px;">Understanding the Link between Violence to Animals and People: A Guidebook for Criminal Justice Professionals. NDAA (National District Attorneys Association) (2014)<em style="margin: 0px; padding: 0px;">. <a href="http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/#return-note-7597-1" style="color: #045f9f; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="↩" class="emoji" draggable="false" src="https://s.w.org/images/core/emoji/11/svg/21a9.svg" style="background: none !important; border: none !important; box-shadow: none !important; display: inline !important; height: 1em !important; margin: 0px 0.07em !important; padding: 0px !important; vertical-align: -0.1em !important; width: 1em !important;" /></a></em></li>
<li id="note-7597-2" style="border-bottom: 1px solid rgb(238, 238, 238); margin: 0px; padding: 3px 0px 4px;"><em style="margin: 0px; padding: 0px;"> IGAC relatório da actividade tauromáquica Luís Rouxinol, Naturales – correio da tauromaquia ibérica, 2012. <a href="http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/#return-note-7597-2" style="color: #045f9f; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="↩" class="emoji" draggable="false" src="https://s.w.org/images/core/emoji/11/svg/21a9.svg" style="background: none !important; border: none !important; box-shadow: none !important; display: inline !important; height: 1em !important; margin: 0px 0.07em !important; padding: 0px !important; vertical-align: -0.1em !important; width: 1em !important;" /></a></em></li>
<li id="note-7597-3" style="border-bottom: 1px solid rgb(238, 238, 238); margin: 0px; padding: 3px 0px 4px;"><em style="margin: 0px; padding: 0px;"> Luís Rouxinol, Naturales – correio da tauromaquia ibérica, 2012. <a href="http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/#return-note-7597-3" style="color: #045f9f; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="↩" class="emoji" draggable="false" src="https://s.w.org/images/core/emoji/11/svg/21a9.svg" style="background: none !important; border: none !important; box-shadow: none !important; display: inline !important; height: 1em !important; margin: 0px 0.07em !important; padding: 0px !important; vertical-align: -0.1em !important; width: 1em !important;" /></a></em></li>
</ol>
<div style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal;">
Por Granado da Silva</div>
<div style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="color: #090909; font-family: georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal;">
Fonte: </div>
<div>
<span style="color: #090909; font-family: "georgia" , "times new roman" , "times" , serif;">http://www.jornalmapa.pt/2015/07/05/o-fim-das-touradas-uma-semente-para-a-revolucao/</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"></em></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"></em></div>
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"></em></div>
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"></em></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-67826412955166425882016-08-27T23:05:00.002-07:002016-08-27T23:05:51.669-07:00Quando a corrida acaba.... <b><span style="font-size: large;">... a TORTURA continua ... e os carrascos saem impunes!!!</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Campo Pequeno, 3/6/2011, 01:12 da madrugada.
</span></b><br />
<br />
"A SIC exibiu um documentário sobre o que se passa na retaguarda das touradas.<br />
Quando chegou à fase final do <b>arranque das farpas</b> o funcionário da praça não permitiu a filmagem por a considerar <b>demasiado impressionante</b>. Mas pudemos ouvir os <b>horrendos uivos de dor</b> que o animal emitia do seu caixote exíguo e que eram de fazer gelar o sangue dos telespectadores."<br />
<a href="http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/p/etica-e-touradas.html" target="_blank"> in "Ética e touradas"</a><br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/FtSmZJL5eL4" width="560"></iframe><br />Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-23774660392231683142016-08-02T19:03:00.000-07:002016-08-02T19:03:46.713-07:00E a tourada continua…<span style="font-size: large;"><span style="background-color: black; color: white;">Um senhor chamado <a href="https://www.facebook.com/accaodirectapelalibertacaoanimal/posts/1132749520124662" target="_blank"><span style="color: white;">Francisco d’Orey, na página do facebook da Acção Directa</span></a>, respondeu a uma convocatória para um protesto anti-tourada realizado no dia 28 de Julho com, entre várias outras, as seguintes preciosidades:
</span><span style="color: #666666; font-family: inherit;"></span></span><br />
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit; font-size: large;">“Cambada de ignorantes comecem a contar as vacas galinhas e porcos que comem e são torturados a vida toda e acabam na vossa barriga. Depois vão ver como vivem os touros e os cavalos. No fim vejam como fica um touro que volta ao campo depois duma corrida e quando ainda não perceberem o lixo que vos vai na cabeça vai investigar sobre o que passam os anjmais uma vida inteira no zoo onde se passeiam com os vossos filhos etc. já agora como andam os vossos caezinhos lulus em casa deprimidos por estarem sozinhos horas à espera do dono”</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #666666; font-size: large;">
</span></span>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #666666; font-size: large;">“Tauromaquia: a indústria responsável pela vida feliz dum dos animais mais protegidos em Portugal”</span></span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="color: #666666;">“De acordo com os estudos científicos mais recentes sobre o touro bravo, sabemos que este tem reações hormonais únicas no reino animal. Sabemos, por exemplo, que este tem um hipotálamo (parte do cérebro que sintetiza as neurohormonas encarregues, nomeadamente, da regulação das funções de stress ou de defesa), 20% superior ao de todos os outros bovinos, e que, por isso, tem uma capacidade superior de segregação de beta-endorfinas (hormona e anestesiaste natural encarregada de bloquear os receptores da dor) o que faz com que o touro perante a colocação de uma bandarilha redobre as suas investidas em vez de fugir, que é a reação natural de qualquer animal à dor. O touro é selecionado tendo em conta a sua combatividade, sendo um animal que tem evoluído, ao longo dos séculos, estando fisiologicamente adaptado para a lide”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Achei por bem responder ao último trecho, resposta que aqui transcrevo:</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Excelentíssimo Senhor,</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Passei aqui pela página da Acção Directa e, com perplexidade, li os seus comentários.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Devo dizer-lhe que hesitei bastante em responder-lhe, e hesitei por três razões:</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">1. O senhor é ordinário e mal educado; estes traços de personalidade impossibilitam qualquer debate sério e honesto; claro que será certamente um problema da sua história de vida, provavelmente de alguém que durante a sua ontogenia foi acossado e mal-tratado, eventualmente fruto de um meio descompensado mas, enfim, esses problemas hoje em dia têm tratamento e aconselho-o a procurá-lo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">2. O senhor é arrogante e utiliza argumentos ad hominem, o que é epistemologicamente inaceitável no debate científico.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">3. O senhor é intelectualmente desonesto e cientificamente ignorante; passo a explicar. É intelectualmente desonesto porque refere dados cientificamente inconsistentes; ou consegue dizer-me, em que publicação avalizada pela <i>Web of Knowledge</i> submetida a <i>peer review</i> por um conjunto fidedigno de <i>referees </i>(única forma aceite pela comunidade científica de homologação de resultados e, mesmo assim, sujeitos a contraditório) encontrou esses resultados? Diga-me porque o saber não ocupa lugar e eu estou sempre disposto a aprender.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Claro que sei que o texto que o senhor tem o desplante de assinar não é seu.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">De qualquer forma, porque pode alguém acreditar em si, cá vai resposta:</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">(se não compreender algum vocábulo diga, terei muito gosto em explicar)</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Como é que o senhor actuou?</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Depois do seu comentário ordinário e de explícita falta de educação, vai à página "</span><span style="background-color: black; color: #444444;">O TOURO - Tudo o que precisa saber sobre o Touro Bravo</span><span style="background-color: black; color: white;">", de onde, de forma acrítica porque apenas serve os seus interesses, e de forma desonesta porque não cita a fonte, faz um copy-paste do texto como se fosse seu. Aliás a sua cópia é de tal maneira acrítica que nem sequer se apercebeu dos erros de ortografia no original.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Portanto, a partir daqui, a minha conversa passa a ser com a douta fonte que o senhor desonestamente copiou sem citar.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Tanto quanto sei, nunca nenhuma revista científica credível aceitou publicar o manuscrito dos indivíduos do <i>Departmento de Fisiologia da Faculdade de Ciência Veterinária da Universidade Complutense de Madrid</i>, manuscrito no qual se baseia o texto que o senhor copiou.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">O texto que o senhor copiou começa por referir uma hipertelia intracefálica ao nível do infundíbulo do terceiro ventrículo.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Pergunte aos autores onde leram tal coisa? Qual a base amostral? Fundamenta-se num nível alfa inferior a 0,05? Esclareça-me.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Mais, eles que demonstrem que as hipertelias estruturais têm consequências metabólicas. Se mo demonstrarem proporei à <i>Academia de Estocolmo</i> que lhes seja atribuído o <i>Prémio Nobel</i>.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Continuando.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">A beta-endorfina que é um polipéptido de cadeia curta (31 aminoácidos) é produzida não só ao nível hipotalâmico, mas também ao nível hipofisário e noutras zonas. Aliás ela foi descoberta em 1976 ao nível hipofisário e não ao nível hipotalâmico. Os autores da descoberta foram <i>Choh Hao Li</i> e <i>David Chung</i>. O seu a seu dono!</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Um dos erros formais do texto que o senhor copiou é a afirmação de que algo no organismo está encarregue de alguma coisa. É um raciocínio teleológico aceite em religião mas inaceitável no discurso científico. Não está “encarregue” mas “tem por consequência”, o que é totalmente diferente. A teleologia demonstra uma ignorância avassaladora sobre os processos evolutivos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Uma das principais inconsistências do manuscrito no qual se baseia o texto que o senhor copiou e que leva ao seu “chumbo” pela comunidade científica, é afirmar que o touro, uma vez lidado (ou seja, já cadáver) apresenta níveis de cortisol (hormona do stress) inferiores aos que apresenta um touro transportado num camião, deduzindo os autores que o touro sofre mais no camião do que durante a tourada. Erro crasso. Falam de touros durante a tourada, mas a maior parte dos touros estavam mortos durante a extracção do sangue. Um estudo que se realiza no cadáver de um animal não nos diz rigorosamente nada sobre o que se passava quando o animal estava vivo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Outro disparate vem logo na frase seguinte: “o touro perante a colocação de uma bandarilha redobre as suas investidas em vez de fugir, que é a reação natural de qualquer animal à dor”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Não, meu caro, em qualquer animal a reacção é a fuga se tiver condições para isso.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Se estiver encurralado como o touro na arena, portanto se não tiver condições de fuga, só tem duas alternativas: ou luta ou fica estático.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Nesta situação o animal avalia o inimigo. Se considera que tem condições para vencer, luta. Se considera que não tem, inibe a acção e fica estático.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">O que é que o leva a lutar? É activado um conjunto de feixes nervosos denominado “sistema periventricular” que o leva a lutar.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">O sistema periventricular é constituído por vias eferentes hipotalâmicas (na parede do terceiro ventrículo) que atingem principalmente os núcleos supra-ópticos posterior e tuberal e confinam com a substância cinzenta periventricular.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Uma das consequências da activação do sistema periventricular (atenção, só há estudos em humanos) é a produção do neuropéptido-y que, ao que tudo indica, pode estar associado à resiliência em relação ao stress pós-traumático e à resposta de medo, permitindo aos indivíduos uma melhor resposta sob stress extremo (<i>Julie Steenhuysen, 2009</i>).</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">E o que é que leva a inibir a acção?</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Os poucos estudos conhecidos levados a cabo pela equipa de <i>Laborit </i>(<i>1974, 1977</i>) foram realizados em ratos. Em situações em que não pode lutar nem fugir é activado um conjunto de feixes nervosos denominado “sistema inibidor de acção” (área septal média, hipocampus, amígdala lateral e hipotálamo ventromediano).</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Tanto quanto sei são desconhecidos os mecanismos neuroquímicos envolvidos, apesar de existirem algumas conjecturas sobre isso.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Bom, e vamos discutir um pouquinho o valor de sobrevivência da inibição dos centros de dor.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Antes de mais a dor tem um imenso valor de sobrevivência. Se não houvesse dor o animal não se aperceberia da gravidade dos seus ferimentos e morreria.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Assim, ao longo do processo evolutivo, foi seleccionada a capacidade de produção de endorfinas. Esta anestesia endógena é de curta duração e é uma atenuação e não uma eliminação da dor (não existe um único estudo que refira “eliminação”).</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Os neuropeptídos que constituem as endorfinas são neuropéptidos de vida curta (<i>short-term</i>). Permitem ao animal, num curto período após o trauma, a serenidade necessária à organização de uma resposta adequada à situação.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Dou-lhe um exemplo humano. O senhor está a cortar pão e a faca resvala cortando-lhe um dedo. É muito doloroso. Mas, após algumas fracções de segundo, o seu sistema nervoso responde com a produção de endorfinas. A sua dor é significativamente atenuada. Pensa, vai desinfectar a ferida, decide ir ao hospital para a suturar, etc..</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Se tivesse uma dor insuportável não teria a serenidade necessária para encontrar uma solução. As endorfinas permitem-lhe essa serenidade por um curto período mas, passado pouco tempo, vai sentir imensa dor. Contudo o problema está resolvido e sobreviveu. Mas as endorfinas são de vida curta. Apenas lhe dão tempo para resolver o problema, e muito pouco tempo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Quando uma gazela é caçada por uma leoa, o seu sistema neuro-endócrino produz endorfinas. A dor diminui à espera de uma solução para o problema. Diz-se que a gazela sofre pouco. Mas isso será porque a morte é suficientemente rápida, mais rápida que o tempo de vida das endorfinas produzidas.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;"><b>O período de lide de um touro na arena é demasiado longo. Não há endorfina que persista durante todo o tempo da lide.</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">E vamos agora ao resto, à lide.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">As bandarilhas? Em Portugal espetadas ou a cavalo, ou a pé.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Para quem não sabe, são varas de madeira com uma ponta de aço de 6 cm que se prendem à área dorsal do touro e que aí se mantêm pelo facto de, na sua ponta, possuirem um arpão de 16 mm.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Existem ainda o matador e os forcados. O matador faz uma série de passes com a capa e também espeta bandarilhas no animal.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Os forcados desafiam o touro e, em grupo, agarram-no toldando-lhe a visão e tentando imobilizá-lo.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Nesta parte poderá não ser causada dor física ao animal, embora lhe seja imposto um enorme esforço físico e psicológico.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">As bandarilhas, pela força da gravidade e do movimento do touro, causam danos aos nervos, músculos e vasos sanguíneos.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">No caso dos danos causados nos vasos sanguínios, é significativamente reduzida a irrigação sanguínea dos músculos importantes para o movimento.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">Além do mais, as bandarilhas podem ferir os ramos nervosos dorsais da medula espinal, o que causa claudicação temporária e leva à inibição reflexa do plexo braquial (o centro nervoso que inerva as extremidades anteriores). Podem ainda causar hemorragias no canal medular e ferir a parte superior das costelas.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;"><b>Portanto, o sistema nervoso do touro sofre danos significativos durante a tourada, tornando uma resposta normal impossível em termos de libertação de <i>ACTH</i> e cortisol.</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">O estudo no qual se baseia o texto que o senhor copiou conclui, entre outras coisas sem qualquer fundamento científico credível, que os touros que só tenham sido transportados ou que estão na arena sem ser toreados, portanto sem danos físicos, produzem mais cortisol do que aqueles que sofreram danos. Portanto é maior o stress de não ser toureado do que o de ser toureado. Fantasticamente ilógico!!!</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">O que se passa na realidade é que o seu sistema nervoso está intacto, o que é essencial para a resposta hormonal.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;"><b>José Laguía</b>, membro do<b> Colégio Oficial de Veterinários de Espanha</b> refere que em pessoas envolvidas em acidentes com grandes lesões na coluna vertebral, a resposta hormonal que resultaria na liberação de cortisol é reduzida ou mesmo ausente? Pode haver alguma situação mais stressante para alguém do que pensar que poderá passar o resto da vida numa cadeira de rodas?</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;">É que o que se passa na realidade é que o sistema nervoso está de tal modo danificado que se torna impossível a resposta adequada.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">A outra parte do estudo dos indivíduos do <i>Departmento de Fisiologia da Faculdade de Ciência Veterinária da Universidade Complutense de Madrid</i> refere-se à produção de beta-endorfina que, como referi atrás, é produzida em situações de dor.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Segundo esses senhores, durante a tourada, o animal, aparentemente, liberta uma enorme quantidade de beta-endorfina. Então os ditos senhores concluem que neste caso a beta-endorfina seria capaz de evitar a dor do touro.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Dizem esses senhores que o touro liberta dez vezes a quantidade de beta-endorfina do que um ser humano. Fantástico!</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Para o mínimo de credibilidade científica desta afirmação, os ditos seres humanos, para que o estudo comparativo fosse fidedigno, teriam que estar sujeitos rigorosamente às mesmas condições que o touro. É o controlo de variáveis – chama-se método científico.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Portanto o ser humano teria que ser toureado, bandarilhado, pegado, etc..</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Tanto quanto sabemos isso não foi feito e portanto as conclusões não têm qualquer validade.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Ainda por cima, como já referi, os níveis hormonais foram medidos no sangue recolhido em touros mortos, por isso é impossível saber em que altura da tourada a beta-endorfina foi libertada.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Numa crítica ao manuscrito dos senhores da<i> Universidade Complutense de Madrid</i>, o atrás referido <b>José Laguía </b>defende que a resposta hormonal depende da “integridade das estruturas nervosas, pois sabe-se que, quando há um dano neurológico, a beta-endorfina pode ser libertada no local da dor, devido a determinados mecanismos celulares, sem o envolvimento do sistema nervoso. (…) quando a agressão é repetida frequentemente ou tem lugar durante um período prolongado de tempo, e quando os recursos do animal para alcançar o nível de adaptação são inadequados (…) as respostas hormonais à dor, ou seja, a liberação de grandes quantidades de beta-endorfina tais como são encontradas no sangue de touros após uma tourada, são a resposta normal do organismo a grande dor e stress, e têm muito pouco a ver com capacidade para os neutralizar; Na verdade, ao contrário, os níveis de hormona indicam o grau de dor experimentada e não a capacidade do animal para a neutralizar”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="background-color: black; color: white;">Quanto à incongruência da fase final do texto que o senhor copiou: </span><span style="background-color: black; color: #999999;">“O touro é selecionado tendo em conta a sua combatividade, sendo um animal que tem evoluído, ao longo dos séculos, estando fisiologicamente adaptado para a lide”</span><span style="background-color: black; color: white;"> talvez noutro dia a desmonte, mas este meu comentário já vai longo e a paciência já me vai faltando.</span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white;">Cumprimentos.</span><br />
<br />
<br />
Texto da autoria do Professor Luis Vicente<br />
<a href="https://www.facebook.com/luis.vicente.5602/posts/10153752257533837" target="_blank">(link da publicação)</a></div>
</span>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-85981055566078750292016-07-26T19:33:00.003-07:002016-07-26T19:33:37.016-07:00O Negócio das praças de TourosA realidade da tauromaquia na região num périplo pelas praças de touros, onde há mais prejuízo do que lucro. A rentabilidade das corridas está longe dos seus tempos áureos, também por culpa da crise.
<br />
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/pra-a-de-salvaterra-vai-receber-nome-de-topo-mundial_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
</div>
</div>
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">Sílvia Agostinho</span><em style="position: relative;">25-07-2016 às 20:06</em></span></div>
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">O empresário Rafael Vilhais pegou na praça de Touros de Salvaterra de Magos há escassos meses. Natural de Samora Correia diz que foi quase obrigado a ficar com a praça de Salvaterra, propriedade da Santa Casa da Misericórdia local. Muitas direções e empresários têm passado pelo espaço, mas sem sucesso, e com muita polémica à mistura. A praça de Salvaterra não é das mais fáceis. Chama algum público mas não tem o estatuto do Campo Pequeno ou da Palha Blanco em Vila Franca de Xira. Rafael Vilhais quer contrariar essa tese, e por isso vai apostar forte na vinda de um dos toureiros sensação em todo o mundo na corrida de 29 de julho, o peruano Andrés Roca Rey.</span><br /><br /><span style="font-size: small;">Centenária, esta praça é já de si icónica por ter sido realizada ali a última corrida real. O seu estado de conservação é aceitável para os anos que tem, contudo o empresário salienta que quando chegou teve de fazer obras, principalmente algumas pinturas.</span><br /><br /><span style="font-size: small;">Também gestor das praças de Beja e das Caldas da Rainha, refere que não estava nos seus planos o equipamento salvaterrense. “A Misericórdia é que me empurrou para este projeto porque esta praça teve uma má gestão, e outros que por cá passaram não fizeram um bom trabalho sem dúvida nenhuma”, atira. A praça de Salvaterra já cumpre o decreto - lei de 89/2014 que obriga este tipo de equipamentos a adaptarem-se a uma legislação ainda mais apertada, nomeadamente, com a instalação de curros devidamente adaptados. “Essas obras foram realizadas pela Santa Casa, sou apenas inquilino”, refere salientando ainda “a relação salutar com a entidade proprietária”.</span><br /><br /><span style="font-size: small;">“Uma das coisas que me pedem é que honre os meus compromissos com os artistas, com os toureiros, e até bombeiros e coletividades, que foi algo que nem sempre se teve em linha de conta”, aponta para se referir ao facto de no passado alguns dos artistas terem ficado sem receber o </span><em style="position: relative;">cachet </em><span style="font-size: small;">acordado. “As várias administrações, que não a Santa Casa, queimaram a praça de touros”, alude. Para Rafael Vilhais, o equipamento tem boas condições “temos é de atrair bons artistas para trazer pessoas à praça”. A praça de Salvaterra tem uma lotação para 3400 pessoas, “o desejável seriam 4 mil lugares”. Com as novas exigências legais o equipamento teve de sofrer obras e reduzir o número de lugares. Nesta praça, e com uma lotação esgotada o empresário acredita que consiga faturar cerca de 75 a 80 mil euros por corrida, sendo que o lucro é sempre relativo. No caso da corrida de 29 de julho, e tendo como cabeça de cartaz um dos nomes do momento, uma fatia considerável do que se angariar será para pagar ao novo fenómeno do toureio apeado. </span><br /><br /><span style="font-size: small;">Tal como em outras localidades ribatejanas, a </span><em style="position: relative;">afición</em><span style="font-size: small;"> de Salvaterra pede para que os artistas da terra também sejam incluídos nos cartéis das corridas que se vão organizando. Ana Baptista é o nome mais sonante da terra, e Rafael Vilhais acha que com todo o direito – “Uma é coisa é pedirem para que pessoas que não têm qualidade sejam convidadas; outra coisa é a Ana Baptista que anda bastante bem e que merece integrar o cartel”, e por isso é um dos nomes destacados para a corrida de 29 de julho. “Estou muito confiante que a praça vai esgotar nesse dia, principalmente devido ao Roca Rey. Disso não tenho dúvidas”.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #868686;">
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/rafael-vilhais-1_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
<span style="font-family: inherit;">Rafael Vilhais aposta forte no sucesso da corrida de 29 de julho</span></div>
</div>
</div>
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">As cunhas e as ditas “trocas” de artistas entre os empresários do mundo taurino é o que na opinião de alguns críticos ouvidos pelo Valor Local tem prejudicado o crescimento da arte no país e na região. São sempre os mesmos a aparecerem. Poucos artistas novos conseguem singrar. E se quisermos ir mais além e de uma forma mais perversa há também quem pague para andar na ribalta porque as famílias têm dinheiro. Rafael Vilhais assume que parte do quadro descrito acontece e até usa a expressão “colmeia” para se referir às ditas trocas. “Isso não é bom, mas acontece. Eu sou apoderado, e coloco os meus artistas em determinada corrida, e outro empresário faz o mesmo”, assume, mas defende-se: “Pode haver quem não tenha talento para figurar em determinados cartéis mas o que se passa efetivamente é que ainda não apareceu aquela figura que se destaca acima de todas outras. Quando isso acontecer vai triunfar. Andam aí filhos de toureiros que ainda não provaram que são melhores do que os pais. De uma forma ou de outra todos os que conheço tiveram oportunidades mas uns souberam agarrar e outros não”. E conclui – “Pode haver trocas e baldrocas mas certo é que se vive uma crise de novos toureiros”.<br /><br />A praça de touros de Salvaterra que tem passado, de acordo com os seus responsáveis, por gestões difíceis procura agora uma nova fase da sua existência. A aposta forte no espetáculo agendado para o fim do mês será uma prova de fogo para o empresário. A Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra, através do seu diretor José António Luís também está confiante no futuro e não esconde que as expetativas neste momento “são enormes” quanto ao que se espera venha a ser uma gestão de sucesso do equipamento. A venda deste património nunca esteve em cima da mesa. Quer a entidade proprietária quer o empresário recusaram-se a dar, ao nosso jornal, o valor da renda que Rafael Vilhais tem de pagar mensal ou anualmente à Santa Casa. Esta entidade limita-se a dizer que está satisfeita com o acordo obtido.<br /><br />Nos seus planos para esta praça, Rafael Vilhais conta que espera realizar duas grandes corridas por ano, e mais uma novilhada, apostando na qualidade, em detrimento da quantidade, “até porque o momento económico do país ainda não permite que se possa ir mais além”. Atualmente, o empresário cobra no mínimo 15 euros de entrada na praça de Salvaterra, e ao contrário de alguns críticos tauromáquicos e empresários do ramo, não defende uma baixa de preços, “porque estamos a falar de um espetáculo que ainda custa o seu dinheiro, e se formos a ver não temos aquele acréscimo de público tão espetacular como se pensa se colocarmos o bilhete a cinco euros”. “Dessa forma estaríamos a retirar categoria ao espetáculo. Quanto muito podemos ter um setor com bilhetes mais baratos”, opina.<br /><br />Natural do concelho vizinho, Rafael Vilhais diz ter o sonho de um dia ainda se poder construir uma praça em alvenaria na localidade de Samora Correia, onde a afición é muita, “com um bairrismo parecido com o de Azambuja”. “Esteve para avançar, mas como entretanto deixou de haver ajudas comunitárias, perdeu-se essa ideia, mas ainda não perdi a esperança”.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #868686;">
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: right;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/palha-blanco-foto-helder-dias_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
<span style="font-family: inherit;">foto Hélder Dias</span></div>
</div>
</div>
<span class="imgPusher" style="background-color: white; color: #868686; display: block; float: left; height: 214px; overflow: hidden;"></span><span style="background-color: white; clear: left; color: #868686; display: table; float: left; margin-top: 20px; max-width: 100%; position: relative; width: 389px;"><a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" class="galleryImageBorder wsite-image" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/paulo-pessoa-carvalho-3.jpg?371" style="background-color: transparent; border: 1px solid rgba(0, 0, 0, 0.129412); margin: 5px 10px 10px 0px; max-width: 100%; padding: 3px; position: relative; vertical-align: middle;" /></span></a><span class="wsite-caption" style="caption-side: bottom; display: table-caption; margin-bottom: 10px; margin-top: -10px; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">O empresário fala de uma afición difícil</span></span></span><br />
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"> <strong>Empresário da Palha Blanco:</strong><br /><strong>“Público de Vila Franca é o mais exigente do país”</strong><br /><br /><span style="font-size: small;">O empresário Paulo Pessoa de Carvalho gere a praça de Vila Franca de Xira desde 2015. Sendo possível que se mantenha até 2017 se for vontade do empresário e da entidade proprietária- a Santa Casa da Misericórdia local. “Esta é uma relação que tem estado a correr bem. Sabemos que não podemos entrar em loucuras porque em termos económicos as pessoas já não aderem tanto à tourada. Tentam conter-se o mais possível”.</span><br /><br />E<span style="font-size: small;">ste empresário não poupa nos elogios ao profissionalismo da entidade proprietária, nomeadamente, “no brio que tem” no que concerne às condições do equipamento, cuja cereja no topo do bolo é a enfermaria que tem à frente o cirurgião Luís Ramos, “um dos melhores médicos da Península Ibérica”, dotada de “condições excelentes”. “A praça de touros é cuidada de forma exímia pela Santa Casa” que naturalmente já se encontra adaptada à nova lei. O empresário que também gere as praças de Almeirim e da Chamusca, igualmente detidas pelas santas casas locais, não tem dúvidas em salientar que prefere gerir equipamentos desta natureza não pertencentes a Câmaras, “onde por vezes se anda ao sabor dos diferentes partidos, e dos seus interesses”. “Nas instituições como as santas casas, mesmo que a direção mude, a filosofia de gestão não se altera muito, é mais institucional, e as regras não mudam. A gestão é mais pura e dura”.<br /><br />No que se refere aos lucros, “não são os desejáveis nem para mim nem para a Santa Casa. Estamos sempre aquém. Mas posso dizer que as coisas não estão a correr mal face às minhas expetativas”. O empresário, a par do de Azambuja, foi o único neste trabalho que não teve problemas em avançar com o valor da renda que todos os anos entrega à Santa Casa: 17 mil euros mais Iva.<br /><br />O empresário das Caldas da Rainha refere que encontrou um público difícil em Vila Franca, muito opinativo e crítico, que nem sempre vai às corridas. “Percebemos que as pessoas escolhem muito bem as praças onde querem ir. Por outro lado, a conjuntura nacional também nos afeta”. Vender os preços dos bilhetes a preços mais económicos, na ordem dos cinco euros, como alguns defendem não é visto como solução, “visto não se traduzir como mais compensatório”. O valor mínimo cobrado em Vila Franca é de 12,5 euros. Com praça esgotada, consegue no máximo chegar a uma faturação a rondar os 90 mil euros.<br /><br />Para Paulo Pessoa de Carvalho, a praça de Vila Franca é um desafio, “porque foi sempre uma praça séria. A empresa que esteve antes de mim fez ali um bom trabalho”. Por outro lado, o desafio é também a <em style="position: relative;">afición</em> que lhe é inerente: “a mais exigente de Portugal, e isso nem sempre se traduz em público”. Nestas duas temporadas que leva de Palha Blanco, o empresário desabafa- “Ali já tive alegrias, sofri e transpirei. Já me trataram mal, e dirigiram-me impropérios. E algumas vezes tive que me calar, encolher os ombros, e ouvir com a maior das descontrações”. As críticas normalmente vão desde “a má apresentação do touro até ao desempenho dos artistas”. “Em Vila Franca qualquer coisa serve para ralharem connosco, quando tudo corre bem, e não nos dizem nada, então é sinal que correu mesmo tudo bem”.</span></span></div>
<hr style="background-color: white; clear: both; color: #868686; visibility: hidden; width: 900px;" />
<div style="background-color: white; color: #868686;">
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: right;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/img-0005a-r-caetano-maio2007_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
<span style="font-family: inherit;">foto Ricardo Caetano</span></div>
</div>
</div>
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">A Palha Blanco tem uma lotação de 3500 lugares, com quatro corridas principais por ano, duas no Colete Encarnado e duas na Feira de Outubro. Um dos itens do caderno de encargos do contrato com a Santa Casa constam as corridas com toureio a pé em que a cidade tem tradição. “Por vezes não é fácil encontrar nomes, mas faz parte e isso significa defender as raízes da terra”. Neste aspeto há que contratar fora do país: “Comercialmente o toureio a pé não funciona. Apenas com nomes espanhóis. O toureio ficou órfão de Pedrito de Portugal que de facto tinha uma mística, mas ainda assim não tinha o toureio profundo dos espanhóis”.<br /><br />Questionado sobre a dificuldade de se ser empresário neste meio, garante que já pensou muitas vezes em desistir, até porque o setor é pouco unido. “Cada vez que nós trabalhamos, e nos pomos empenhadamente a fazer as coisas, esperamos o mínimo de retorno financeiro, mas muitas vezes no final temos de ir inventar dinheiro onde ele não há. Só mesmo um maluco é que paga para trabalhar”. Por outro lado, “há empresários que estão neste meio, porque acham piada, por brincadeira, e este é mundo muito difícil”.<br /><br />A rentabilidade das praças de touros também pode passar por outro género de espetáculos, nomeadamente, musicais. Esta foi uma vertente que explorou enquanto esteve à frente da praça das Caldas. No caso da Palha Blanco vai receber em breve um espetáculo de José Cid.<br /><br />Já no que às ditas “trocas”, refere que há cavaleiros melhores e piores, “mas nas bilheteiras valem todos o mesmo”. “Um cavaleiro tem todo o direito de pedir sete ou mil euros, mas a verdade é que esse toureiro, normalmente, vale quase tanto como um que vá lá por mil”. Como não há um nome sonante, “isso torna tudo mais difícil”. As “trocas” são algo “que limita bastante o trabalho. “Esta moda dos empresários apoderados tem sido algo complicado, em que essa pessoa só compra o meu toureiro se eu comprar o dele”. “Trata-se de uma grande promiscuidade, que é difícil para o empresário”, não tem dúvidas. No seu caso não é apoderado atualmente de nenhum toureiro. Paulo Pessoa de Carvalho não considera que esta forma de estar nos bastidores das touradas seja limitativa do aparecimento de novos valores, “porque quem tem de romper, rompe!”, mas não deixa de ser verdade “que muitas jovens figuras vão aparecendo não tanto pelo seu talento, mas por circunstâncias económicas que geram essas oportunidades”. E ilustra o quadro – “Por vezes esse toureiro não é grande coisa e anda-se ali numa grande mentira, com o apoderado a tecer elogios que não têm nada a ver”. “Antes as pessoas apareciam claramente por mérito, mas hoje desvirtuou-se essa realidade, que no fim de contas descredibiliza a festa”. Por outro lado, alguns toureiros “recusam-se a pegar touros mais imprevisíveis como os da ganadaria Palha”, ilustra para definir a crise de talento e empenho.<br /><br />A nova lei que regula a atividade taurina no entender do empresário enferma de um grave problema tendo em conta que na sua feitura, o anterior Governo decidiu ouvir os movimentos antitaurinos, “o que não faz sentido”. “Não quer dizer que quem não goste da atividade taurina não possa opinar sobre a regulamentação da atividade, pois pode ter uma palavra a dizer pela sua experiência, o que não pode acontecer é que que quem queira matar a atividade tenha o direito de vir dizer alguma coisa”.</span><br /> </span></div>
<div style="background-color: white; color: #868686;">
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/praca-azb_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
</div>
</div>
</div>
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><strong></strong><strong>Azambuja: A praça Maldita</strong><br /><span style="font-size: small;"><br />Inaugurada em 2011, a nova praça de touros de Azambuja ainda hoje dá que falar. Fruto de uma opção política do anterior presidente da Câmara contestada politicamente e pela população tendo em conta que foi preterida a remodelação das piscinas a favor da construção da praça, que apenas recebe uma corrida por ano, e que apesar de ter uma lotação modesta para 2000 lugares não chega a encher.<br /><br />O empresário que se encontra a gerir a praça de Azambuja desde há dois anos, José Luís Zambujeiro não esconde que se encontra desolado com a forma como está a correr esta experiência. Apesar de apenas pagar uma renda anual de dois mil euros à Câmara, que por sua vez a canaliza para a Poisada do Campino que funciona como intermediário nesta gestão, o empresário diz que tal verba já faz mossa tendo em conta a fraca rentabilidade do equipamento.<br /><br />“Tenho montado uns cartéis fortes com touros a sério, mas que não se traduz nas bilheteiras. Azambuja tem muita <em style="position: relative;">afición </em>mas de boca”. O empresário não nega que acabou por ser um pouco iludido pelo clima vibrante que se vive nas largadas da Feira de Maio em que a adesão da população enche o olho, mas “essa afición não é transportada para o interior da praça de touros”.<br /><br />No primeiro ano em Azambuja, José Luís Zambujeiro fez uma corrida e uma novilhada no final da época, “sem conseguir esgotar a praça” e diz mesmo que se conseguisse pelo menos encher três quartos da praça na Feira de Maio já ficava contente. O máximo que se consegue vender nesta praça são mil bilhetes. Na Feira de Maio de 2016, “a bilheteira continuou a revelar-se como escassa”, e como tal “é complicado pagarmos as despesas inerentes à corrida”. “Houve prejuízo”, desabafa.<br /><br />Em Azambuja, o público considera que um bilhete de 15 euros, “é demasiado caro, quando no fundo é aceitável e normal para uma corrida de touros”. “Tenho pena que assim seja”. Refere que a estratégia não pode passar por preços mais baratos, porque os lugares na praça são poucos, e montar uma corrida em Azambuja custa à volta de 30 mil euros. “Com cinco euros podíamos esgotar duas praças em Azambuja que não dava para pagarmos os custos”.<br /><br />Ano após ano vem à baila o facto de a corrida da Feira de Maio não incluir as figuras da terra, pedidas pela população, nomeadamente o nome de Ana Rita, mas neste aspeto o empresário reforça que a cavaleira toureia muito pouco, e principalmente em Espanha.<br /><br />Muito falada tem sido a questão de se rentabilizar esta praça com outro género de espetáculos. Já aconteceram alguns concertos mas levados a efeito pela Poisada do Campino “que no fundo gere a praça”. Esta é uma área que o empresário não domina. Zambujeiro que já foi forcado lamenta a fraca rentabilidade da praça de Azambuja, “apesar de ter uma relação belíssima com todos os intervenientes desde a Câmara à Poisada do Campino”.<br /><br />Por tudo isto, ainda se encontra a ponderar se quer ficar ou não com a praça para o ano. “O grande problema é que durante muitos anos a Câmara ofereceu bilhetes às pessoas e essa cultura de se ir ver touradas a custo zero ainda se encontra instalada”. Como os tempos hoje são outros e a autarquia não pode assumir esse custo, a festa em Azambuja é uma sombra do que foi.<br /><br />Também outros empresários ouvidos nesta reportagem que estiveram à frente da gestão das corridas da praça de Azambuja falam da dificuldade em obter boas bilheteiras neste equipamento. Paulo Pessoa de Carvalho refere que as condições físicas da praça são simpáticas, mas prejuízo rima mesmo com Azambuja. “A experiência não foi motivadora, o público não aderiu, apesar de o caderno de encargos da Câmara ser acessível”. Já a relação com a Poisada do Campino “não foi boa nem má, foi só uma relação”, refere o empresário sem querer entrar em mais detalhes.<br /><br />Ouvido pela nossa reportagem, o presidente da Câmara, Luís de Sousa, refere que está preocupado com a fraca rentabilidade e aproveitamento, alegando mesmo que quando alguma coletividade lhe pede um espaço para fazer determinado evento, oferece como primeira sugestão a praça de touros. “Contudo não tem havido muita recetividade”.<br />Luís de Sousa não hesita em dizer que o empresário “já se lamentou bastante”, até porque “perdeu ali bastante dinheiro”, simplesmente “porque as pessoas não aderem”.<br /><br />A gestão da Poisada do Campino tem sido questionada ao longo dos anos, e por vezes imbuída de alguma polémica. Neste aspeto, o presidente da Câmara refere que a atividade da associação “é monitorizada”. “Têm de nos apresentar relatórios e só a partir daí é que lhes atribuímos os subsídios”.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #868686;">
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/eng-jorge-carvalho_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
<span style="font-family: inherit;">Empresário de Arruda também fala da crise de novos valores</span></div>
</div>
</div>
<span class="imgPusher" style="background-color: white; color: #868686; display: block; float: left; height: 268px; overflow: hidden;"></span><span style="background-color: white; clear: left; color: #868686; display: table; float: left; margin-top: 20px; max-width: 100%; position: relative; width: 555px;"><a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" class="galleryImageBorder wsite-image" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/dsc-0581.jpg?537" style="background-color: transparent; border: 1px solid rgba(0, 0, 0, 0.129412); margin: 5px 10px 10px 0px; max-width: 100%; padding: 3px; position: relative; vertical-align: middle;" /></span></a><span class="wsite-caption" style="caption-side: bottom; display: table-caption; margin-bottom: 10px; margin-top: -10px; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Obras exteriores em curso</span></span></span><br />
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><strong>Praça de Arruda grita urgentemente por obras</strong><br /><br /><span style="font-size: small;">O ganadero e empresário Jorge de Carvalho tem explorado a praça de touros de Arruda nos últimos anos através do Clube Tauromáquico Arrudense do qual é presidente. O contrato com a Câmara que é a proprietária termina em 2017. Neste momento, a praça está em obras exteriores e segundo o empresário não necessita de se adequar ao novo regulamento do espetáculo tauromáquico por se enquadrar como praça de terceira.<br /><br />Contudo Jorge de Carvalho não tem dúvidas de que necessitaria de “uma grande remodelação interior”. A praça leva duas mil pessoas. “Não é muito confortável e os curros estão a necessitar de uma completa transformação”. Segundo o empresário seria possível aumentar a lotação para quatro mil lugares, contudo não esconde que a Câmara não tem meios para o fazer atualmente e a <em style="position: relative;">afición</em> de Arruda também não justifica. “Só com quatro mil lugares é que consegue esgotar uma praça. Só nestes casos é que é possível trazer um Ventura ou um Hermoso, atraindo público dos vários concelhos”. Com dois mil lugares apenas se vai lá com cartéis mais modestos, “e sem viabilidade”.<br /><br />Em tempos mais favoráveis houve um projeto para ampliação da praça, “mas com a implantação do quartel da GNR que era para ser só provisório mesmo encostado ao equipamento” esse sonho acabou por ficar pelo caminho. “Queríamos que aí ficasse um apoio à tertúlia e à praça mas isso foi comprometido”.<br /><br />Para o empresário de Arruda dos Vinhos, o futuro da praça de Arruda passará também pela realização de pequenos espetáculos tauromáquicos. Estando agendada uma parceria com a Câmara de Arruda para algumas iniciativas durante as festas. O empresário já fez seis corridas na praça por ano, mas este ano fará apenas uma corrida e uma novilhada. Jorge de Carvalho prefere não adiantar qual o valor máximo de bilheteira, mas no mínimo os seus bilhetes rondam os 15 a 20 euros. Apesar das poucas condições da praça, gosta de apostar em nomes mais sonantes, “porque se formos por toureiros de pouca monta as pessoas não aderem”.<br /><br />Quando se fala em crise de valores no mundo da tauromaquia a nível dos cartéis, o empresário tem uma opinião muito vincada – “O problema é que certos cavaleiros se recusam a tourear os animais na sua plenitude. Primeiro metem lá os seus bandarilheiros que vão deixando o animal cada vez mais cansado, facilitando a lide dos toureiros, e isso vai fazendo com que as pessoas se desliguem das touradas e com razão”.<br /><br />O presidente da Câmara Municipal, André Rijo, está consciente das dificuldades desta praça, e como tal o empresário não tem de pagar qualquer renda ao município, questão sobre a qual o mesmo não se quis comprometer aquando da nossa reportagem. Em 2014/2015 a renda foi de 500 euros. “Já tive muitos prejuízos com esta praça”, alega o empresário.<br />O equipamento não tem algumas condições básicas como casas de banho, recorrendo-se a casas de banho móveis em altura de corridas. Sendo certo que a praça de Arruda grita urgentemente por obras, a Câmara operou algumas intervenções nos curros e nas enfermarias, a par do embelezamento exterior de que está a ser alvo.</span></span></div>
<hr style="background-color: white; clear: both; color: #868686; visibility: hidden; width: 900px;" />
<div style="background-color: white; color: #868686;">
<div class="wsite-image wsite-image-border-none " style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; padding-bottom: 10px; padding-top: 10px; position: relative; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="color: #6ca9d5;"><span style="font-family: inherit;"><img alt="Imagem" src="http://valorlocal.weebly.com/uploads/2/0/0/9/20099981/praca-ctx_orig.jpg" style="border: 0px !important; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></span></a><br />
<div>
</div>
</div>
</div>
<div class="paragraph" style="background-color: white; color: rgb(42, 42, 42) !important; line-height: 20px !important; margin: 0px; padding: 0.5em 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><strong>Muita prata da casa na gestão da Praça do Cartaxo</strong><br /><br /><span style="font-size: small;">A Câmara Municipal do Cartaxo entregou a gestão da praça de touros local, este ano, ao Grupo de Forcados do Cartaxo, depois de o equipamento ter estado nas mãos de outra coletividade do concelho, “As Gentes do Cartaxo” que por opção não quis ficar com a praça. O vice-presidente dos forcados, Fábio Beijinho, refere que o grupo tem apostado em diversos espetáculos que incluem não só as típicas corridas mas outros eventos que de alguma forma tentam ir ao encontro dos gostos da <em style="position: relative;">afición, </em>como convívios taurinos.<br /><br />A praça do Cartaxo também se encontra em fase de adaptação à nova lei cujo prazo termina em agosto. No total são quatro mil euros que o município se prepara para investir no local, e que face aos constrangimentos financeiros da autarquia se trata mais uma vez de um investimento que não deixará de ser difícil para o município. A jaula de embolação vai ter de ser substituída. A Câmara estará a tentar embaratecer custos recorrendo a mão-de-obra da própria autarquia.<br /><br />O grupo de forcados do Cartaxo possui uma parceria com um empresário que ajuda na colocação dos cartéis na praça cartaxeira, e não esconde que a tarefa de gestão do equipamento não deixa de ser um desafio para os mesmos. Desde pinturas a pequenos arranjos que a praça tem necessitado, é o grupo de forcados que deita mãos à obra com recurso à prata da casa com a ajuda de um ou outro patrocinador que vai aparecendo. “Pintámos a trincheira toda, substituímos as madeiras, entre outros trabalhos”. Este ano também foram efetuadas obras nas galerias que se encontravam interditas. Em abril foi feita uma vistoria que recebeu aprovação. “Temos orgulho em que a praça fique vistosa”, realça Fábio Beijinho.<br /><br />A praça vai receber uma corrida em novembro, estando a ser equacionada outra na altura das vindimas. “Vamos fazer também mais algumas brincadeiras abertas ao público”, ao estilo de garraiadas. Este mês de julho foi levada a efeito uma picaria noturna. No que toca aos cartéis, a praça do Cartaxo não tem atualmente condições para trazer grandes nomes da tauromaquia, mas Fábio Beijinho refere que por agora “há que ir com tempo e com calma”. “Gerir uma praça dá muitas dores de cabeça, mas somos novos e com gosto vamos conseguindo”.<br /><br />Para Pedro Ribeiro, presidente da Câmara, a parceria com o grupo de forcados está a correr bem. Foi transmitido pela anterior gestão que não havia vontade nem interesse em continuar, mas o autarca prefere não escalpelizar outros motivos. O presidente da Camara está consciente da dificuldade do grupo de forcados, que por comparação pode não ter o mesmo poderio de determinados empresários para trazer nomes mais sonantes, mas ainda assim considera que o grupo tem trazido cartéis dignificantes. “A nossa associação tem feito um trabalho extraordinário, e está sempre empenhada em angariar verbas para conseguirem sustentar a sua atividade”.<br /><br />O presidente da Câmara recusa a falar em eventuais prejuízos neste equipamento que segundo o que apurámos tem despesas a rondar os 30 mil euros por cada corrida. “Estamos a falar de um equipamento público. Obviamente que este tipo de espaços dificilmente pode dar lucro tal como as piscinas e o centro cultural. Se o nosso objetivo fosse o lucro, então só trabalhávamos as coisas para os ricos”. No caso da praça de touros, “tentamos que a sua gestão seja o mais sustentável possível”.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
Fonte: <a href="http://valorlocal.weebly.com/o-negoacutecio-das-praccedilas-de-touros.html" target="_blank">Valor Local</a></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-84715010187743238172016-07-15T08:49:00.000-07:002016-07-15T08:58:33.074-07:00Touros de Morte!<img height="427" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisZS1uiiQsZQQo2lxxGTFzQD020yVTClpSH47h1qx3KMWSzepgCs6hVRAwaGGwzgNmhH6cCCCbtNbeC9U2WanONLm1czou8b4sRcc9InPUOWnDXT9KxuqpYpPFyUlNdXoX4zJd95cQI7yh/s640/tourada-tile.jpg" width="640" /><br />
<i>Este texto do professor Luís Vicente foi eliminado da sua cronologia devido a uma denúncia.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Segue o texto: <a href="https://www.facebook.com/luis.vicente.5602/posts/10153710769873837?pnref=story" target="_blank">[link]</a></i><br />
<b><br /></b>
<b>Hoje um post de uma senhora de Alcochete em defesa das touradas irritou-me o suficiente para lhe responder com o que abaixo transcrevo:</b><br />
<b><br /></b>
<b>Cara Senhora Mestre em Psicologia Inês Pinto Tavares,</b><br />
<b><br /></b>
<b>Sabe o que é racismo? Racismo é a senhora ser caucasiana e considerar negros, judeus, palestinianos, asiáticos, etc, seres inferiores. Sendo seres inferiores considerava-se, não há muitos anos, que não tinham alma e, portanto, podiam ser mortos em campos de concentração ou noutros processos genocidas.</b><br />
<b>A isso chamou-se no século XX, NAZISMO.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Por generalização, o ESPECIÍSMO é uma extensão e um corolário do nazismo. É portanto uma forma de nazismo. É considerar que os outros animais, cães, gatos, porcos, touros, burros, etc. não têm alma e que, portanto, podem ser mortos. É rigorosamente a mesma coisa: NAZISMO, FASCISMO!!!!!</b><br />
<b><br /></b>
<b>Chamemos as coisas pelo nome!</b><br />
<b>Pessoas congratularem-se com a tortura pública de um outro animal é um sentimento baixo (no caso que a senhora tanto aprecia, um touro), reles, primitivo, repugnante, NAZI. Nem se trata de matar um ser vivo numa situação de fome para comer, trata-se de torturar e matar por puro prazer. Se a senhora tivesse vivido no século XVI, XVII ou XVIII, certamente que se divertiria com os Autos de Fé no Rossio em que pessoas eram queimadas na fogueira. Talvez tivesse um imenso prazer na matança dos cristãos-novos. Se tivesse vivido na antiga Roma, muito se divertiria com os cristãos lançados aos leões para gáudio da população.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Enfim, estudou Psicologia na universidade onde sou professor, fez um mestrado em Psicologia Comunitária e Protecção de Menores. Provavelmente não aprendeu nada. Foi uma perda de tempo.</b><br />
<b>Sabe o que são neurotransmissores? Sabe o que é cortisol? Sabe o que é oxitocina? Sabe o que é serotonina? Conhece a anatomia do encéfalo?</b><br />
<b><br /></b>
<b>Sabe que numa tomografia de emissão de positrões as áreas do encéfalo afectadas pelo sofrimento num touro, num rato, num cão ou num humano são rigorosamente as mesmas?</b><br />
<b>Sabe que as variações químicas no encéfalo são rigorosamente as mesmas em situações de prazer ou de dor em qualquer dos animais referidos, incluindo os humanos?</b><br />
<b><br /></b>
<b>Se a senhora aprendeu alguma coisa sobre ciência e método científico o que é que deduz sobre o sofrimento do touro na arena?</b><br />
<b>Não vale a pena explicar-lhe, pois não?</b><br />
<b><br /></b>
<b>Também deve pensar que Deus colocou o homem no centro do universo à sua imagem e semelhança logo abaixo dos anjos.
Sabe, o meu Deus não é o seu. O meu Deus é infinitamente bondoso e misericordioso. Não pactua com os crimes que tanto prazer lhe dão a si. Não se compadece com pessoas que, da mesma forma que o louva-a-deus, rezam antes de matar.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Quer que eu tenha mais pena de um assassino do que de um touro que é torturado até à morte com requintes de malvadez? Lamento mas não tenho. Entre o assassino e o touro, de caras que escolho o touro.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Divirta-se nas suas touradas, divirta-se nos autos de fé no Rossio, divirta-se na praça da revolução em Paris enquanto cabeças dos guilhotinados rolam para um cesto de serradura, divirta-se nos circos romanos, divirta-se nos fornos crematórios de Auschwitz, divirta-se com a morte e o sofrimento dos outros, seja cúmplice!!!</b><br />
<b>Tenho a certeza absoluta que a senhora é incapaz, pelas suas limitações cognitivas, de compreender aquilo que estou a escrever. Não é certamente. Por isso perco o meu tempo.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Enfim, só lhe envio esta mensagem porque a senhora me tirou o sono.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Faça o favor de ser feliz com as suas mãos conspurcadas de sangue alheio!"</b><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
- <a href="https://www.facebook.com/luis.vicente.5602" target="_blank">Luís Vicente</a> </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-89782815194283382852015-08-31T18:38:00.000-07:002018-07-08T08:42:55.352-07:00O papel do Médico Veterinário na Tourada à Portuguesa<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">Cinco anos passados, trago à luz um artigo, publicado em 2010 na </span><i style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">Veterinária Atual</i><span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">, onde exponho a minha visão sobre o papel da classe médica veterinária na Tourada à Portuguesa. À excepção da legislação (o Decreto Regulamentar n.º 62/91 de 29 de Novembro deu lugar ao Decreto-Lei n.º 89/2014 de 11 de Junho) o artigo é uma cópia fiel do orginal.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG8psNMBKWqgEEC265TB5I6xjlvhN5a7s5xSvcRbyVWr3lYLhyphenhyphenvkvFU5jD2x7ccwId-OmPg9OJi2OfjSRP5_FxpJQzM0bbTaWe_VkMPUjG1TO4W4vejhkXQxIpM9MhX991PNRbM8VktGIH/s1600-h/Picasso_La+Muerte+del+Torero.jpg" style="background-color: #141414; color: #ffe599; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px; text-decoration: none;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5332034447671669010" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG8psNMBKWqgEEC265TB5I6xjlvhN5a7s5xSvcRbyVWr3lYLhyphenhyphenvkvFU5jD2x7ccwId-OmPg9OJi2OfjSRP5_FxpJQzM0bbTaWe_VkMPUjG1TO4W4vejhkXQxIpM9MhX991PNRbM8VktGIH/s400/Picasso_La+Muerte+del+Torero.jpg" style="background: rgb(34, 34, 34); border-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; display: block; height: 308px; margin: 0px auto 10px; padding: 8px; position: relative; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
<div style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px; text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;">Pablo Picasso</span> (1881-1973)<br />
<span style="font-style: italic;">Corrida de Toiros: A Morte do Toureiro</span> (1933)<br />
Óleo sobre madeira, 31,2 x 40,3 cm<br />
Musée Picasso, Paris</div>
<div style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px; text-align: center;">
Ver descrição <a href="http://queridobestiario.blogspot.pt/2010/02/corrida-de-toiros-pablo-picasso.html?q=picasso" style="color: #ffe599; text-decoration: none;">aqui</a>.</div>
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">Resumo</b><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">A corrida de touros tem surgido, nos últimos anos, como um tema fracturante na sociedade portuguesa. Se os activistas dos direitos dos animais defendem que o touro deve ser poupado ao sofrimento da lide, os aficionados contestam que é essa mesma lide que permite a sobrevivência do touro bravo (ou seja, da sua raça). A classe médico-veterinária está, por inerência das suas responsabilidades, envolvida na actividade tauromáquica e nunca tomou - que seja do meu conhecimento - nenhuma posição concertada na mediação deste confito. No entanto, se permanecermos alheados da discussão pública, arriscamo-nos a ser ultrapassados pelos acontecimentos e a ver o papel da nossa classe diminuido ou mesmo descredibilizado. Este artigo pretende enquadrar o papel do Médico Veterinário na Tourada à Portuguesa e dessa forma contribuir para uma reflexão mais aprofundada sobre esta matéria.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">Introdução</b><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">A questão da legitimidade moral do espectáculo tauromático (vulgo corrida de touros ou tourada) não é nova. Ela remonta às origens da própria actividade (ERCS 2008) e corresponde a um choque sociológico enraizado onde colidem duas formas distintas de entender a ética animal. E se a visão dos activistas é, por vezes, reducionista pois concentra toda a actividade tauromáquica no sofrimento do touro na arena, a verdade é que defender o status quo porque a tourada é uma tradição secular (ou porque evita a extinção do touro bravo) corresponde a uma igual simplificação de raciocínio. Certo é que, na defesa do touro bravo, não basta esgrimir argumentos de um e doutro lado da barricada na esperança que o adversário soçobre. Enquanto a discussão sobre as touradas estiver tão polarizada em grupos de interesse – e manipulada pelos media - não é crível que o principal interessado na contenda, o touro, saia beneficiado. É, pois, necessário procurar um debate sério capaz de reunir consensos, e aqui deixo uma primeira contribuição.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">A tourada contextualizada</b><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">Desde o mediático caso de Barrancos no virar do século (Capucha 2002), que o movimento anti-touradas tem merecido especial notoriedade entre a opinião pública nacional sem que isso signifique necessariamente que a corrida de touros esteja a perder popularidade. As estatísticas são, neste sentido, contraditórias (Público 2009). No entanto, não podem os aficionados ignorar o fenómeno social do activismo pró-animal como o fizeram no passado. Uma sociedade democrática assenta as suas premissas básicas num pluralismo de opiniões que é preciso compreender. A profissão veterinária é ela própria um bom exemplo: de masculina e rural passou em duas décadas para tendencialmente feminina e urbana, o que traz consigo uma riqueza de opiniões que importa ouvir. O pequeno, mas significativo, número de autarquias que proíbe os espectáculos tauromáquicos nos espaços por si tutelados, é bem a imagem de que a festa brava se encontra numa encruzilhada: ou continua surda aos gritos de revolta e assiste imóvel ao crescente mediatismo dos argumentos das organizações zoófilas (mesmo que, por vezes, desprovidos de profundidade) ou oferece o dorso ao ferro e promove a reformulação de algumas das práticas que constituem a lide.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">Todos nós sabemos que a actividade tauromáquica é muito mais do que a lide. É um modo de vida que, dentro do mesmo raciocínio plural, merece ser respeitado. Mas, mesmo que tenhamos em consideração os anos de vida livre de que o touro goza, a defesa da tourada torna-se frágil quando analisada em termos de bem-estar animal. Embora a tourada goze de protecção jurídica (Decreto-Lei n.º 89/2014 de 11 de Junho), o “óbvio sofrimento dos touros” (Pereira 2003) não pode ser ignorado. O regime de excepção previsto pela lei nacional (artigo 1.º, n.º 3, alínea b), da Lei 92/95 de 2 de Setembro) legaliza o uso de instrumentos perfurantes nas touradas mas não legitima todo o tipo de asserções. Afirmar, em directo na televisão nacional, que o touro na arena não sofre (João Palha Ribeiro Telles, SIC, Aqui & Agora, 23 de Abril de 2009) é uma forma pouco séria de discutir a dimensão ética da corrida. O sofrimento existe, faz parte da faena e só assumindo este facto inelutável pode a indústria tauromáquica encarar de frente aqueles que tão agressivamente a acometem.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">Apesar do bem-estar do touro ser comprometido desde a sua selecção para a lide até até ao abate, isso não significa que não possam ser introduzidas melhorias. Tendo em conta que a tourada não visa torturar o animal, é do interesse dos próprios aficionados que seja dado um primeiro passo no sentido de minorar a ansiedade e a dor a que o touro é sujeito no dia da lide. O problema é que, no momento presente, os detractores da indústria tauromáquica actuam como agentes agressores mais interessados em extinguir o seu modo de vida do que em discutir o que pode ser feito em matéria de consensos. Neste aspecto em particular, deve a classe medico-veterinária tomar a liderança na prossução de medidas concretas e pró-activas que beneficiem todos os intervenientes na corrida, particularmente o touro.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">O papel do Médico Veterinário</b><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">O Médico Veterinário constitui o único interveniente nas actividades tauromáquicas que, gozando de absoluta independência de actuação e obedecendo a códigos de conduta moral, procura conciliar o respeito pelos interesses humanos com a defesa da saúde e bem-estar animais. Esta posição, de uma aparente ambivalência, expõe mais facilmente o Médico Veterinário ao criticismo público. Por isso é que, quer sejamos aficionados ou apologistas dos direitos dos animais - ou mesmo na ausência de opinião formada - não podemos ignorar o fenómeno social das touradas. Como profissionais de saúde animal devemos actuar à margem da polémica, procurando reunir a melhor evidência científica e assim contribuir para a construção de uma opinião pública informada e uma prática tauromáquica mais coerente com os valores da sociedade em geral. E por onde começar? Seguem-se algumas sugestões, que não pretendem ser mais do que pontos de reflexão para uma posterior discussão:</span><br />
<ol style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"> <u>Promover uma maior transparência da Corrida</u>:O Médico Veterinário assume um papel central nos espectáculos tauromáquicos, onde lhe compete assessorar o director da corrida, conforme o previsto pelo supracitado Decreto-Lei n.º 89/2014. O seu juízo é soberano e não podem restar dúvidas nem sobre a sua conduta nem sobre a motivação das suas decisões. Como muitos dos ataques sofridos pela tourada são fruto da ignorância sobre os métodos utilizados nos bastidores da arena, urge promover uma maior transparência das práticas que fazem parte da corrida como o transporte, a desponta e a embolação. Adicionalmente, o Médico Veterinário pode contribuir para a introdução de medidas que permitam minorar o desconforto das reses (ver adiante).</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><u></u><u><span lang="PT">Investir em projectos de investigação em touros de lide:</span></u> Os colegas investigadores – em especial nas áreas do comportamento e do bem-estar animal - têm nas corridas de touros um manancial de informação enorme e que está ainda por explorar. Aliás, muito está para fazer em quase todas as áreas das ciências veterinárias no que diz respeito ao touro bravo. Para se avançar neste sentido é necessário abrir a tourada a estudos científicos rigorosos e daí ser fundamental a colaboração com os colegas responsáveis pelas corridas. Existe, por exemplo, a crença, comum entre os aficionados, de que o touro tem de sentir dor para investir. Não será que o touro investe apesar de sentir dor e que aí reside a suposta bravura que os ganadeiros procuram alcançar?</li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><u>Introduzir o conceito de 3 R’s nas Corridas: </u>O conceito dos 3’Rs (<i>Reduction, Refinement, Replacement</i>). foi introduzido no uso de animais de laboratório em investigação biomédica há mais de 50 anos (Russell & Burch 1959) e pode ser adaptado para o contexto da tourada. Estudos que visem refinar (<i>Refinement</i>) os métodos de desponta e embolação; de recolha, transporte e alojamento; do tempo que dista entre a lide e o abate. A procura de alternativas (<i>Replacement</i>) menos traumáticas às tradicionais bandarilhas e à prova da tenta. E a redução (<i>Reduction</i>) do número de animais lidados, do tempo da lide ou do número de ferros a que cada touro é sujeito. </li>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><u>Reforçar o papel dos Médicos Veterinários Taurinos</u>: Aos colegas especialistas em touros de lide cabe a importante missão de comunicar a ciência à indústria ganadeira. Eles são a linha da frente no diálogo entre o conhecimento científico e a tradição popular e devem assumir um papel activo na educação dos ganadeiros e participar na desmistificação de algumas das crenças comuns entre os aficionados. Como confessa o colega e aficionado Joaquim Grave (2000), “o mundo dos touros é bastante fechado e enferma de alguns tabus”. A missão complica-se porque o jargão tauromáquico é pródigo em termos, como “humilhar do touro” ou “entrega ao sacrifício”, que podem suscitar interpretações erróneas ou desfasadas da ecologia do animal.</li>
<u></u>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><u> Promover a educação para os valores no ensino da Medicina Veterinária:</u> O ensino pré-graduado em Medicina Veterinária deve previligiar não só a componente deontológica (códigos normativos) mas também o ensino da ética e do profissionalismo. É necessário fornecer aos alunos as ferramentas decisionais que lhes permitam compreender o pluralismo de opiniões da sociedade contemporânea e defender as suas próprias opções éticas. A abordagem a questões como qual deve ser o papel do Médico Veterinário na tourada ou qual a justificação moral para defender a sua atitude em relação aos touros de lide devem fazer parte da sua formação base.</li>
<u></u>
<li style="margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px;"><u> Criar-se uma plataforma de discussão dentro da classe: </u> Este artigo constitui uma reflexão introdutória sobre os passos que a classe veterinária pode dar no sentido de se envolver de forma responsável na problemática social e ética das corridas de touros. Estou ciente que algumas das sugestões deixadas não colherão fácil aceitação, nem serão porventura as mais adequadas. Por isso seria útil que se criasse, no futuro próximo, uma plataforma de discussão no seio da nossa classe - em congressos, publicações escritas ou usando as tecnologias de informação - onde o papel do Médico Veterinário na tourada à Portuguesa seja debatido.</li>
</ol>
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;"><br /></b>
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;"><br /></b>
<b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">Consideraçõe</b><b style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;">s finais</b><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; line-height: 18.2px;">As competências e responsabilidades inerentes à nossa profissão fazem do Médico Veterinário um interlocutor privilegiado na procura de soluções práticas para o conflito social dos espectáculos tauromáquicos. Não devemos assistir de braços cruzados ao desenrolar dos acontecimentos, esperando que sejam outros a decidir por nós. Se nada fizermos, seremos avaliados pela nossa inércia. A actividade tauromáquica faz parte da paisagem cultural (rural e urbana) do nosso país e cabe à sociedade a última palavra, decidindo se de medidas como as que aqui foram propostas resulta uma festa mais humana - e que merece ser defendida - ou, pelo contrário, menos autêntica - e talvez inaceitável. Só discutindo pontos discordantes podemos, em concreto, ir ao encontro do único ponto que todos parecem defender: os interesses do touro de lide.</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;"><b>Referências</b></span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">Capucha, Luís (2002) “Barrancos na ribalta, ou a metáfora de um país em mudança”, Sociologia - Problemas e Práticas, n.º 39, pp. 9-38</span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">ERCS (2008) “Deliberação 13/CONT-TV/2008”, Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Lisboa, 3 de Setembro de 2008</span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">Grave, Joaquim (2000) Bravo! Lisboa: Oficina do Livro</span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">Pereira, António Maria (2006) “Ética e Touradas”, Crítica: Revista de Filosofia, Acesso por: http://criticanarede.com/html/ed130.html, em 11 Nov. 2009</span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">Público (2009) “Destaque – Tauromaquia”, Jornal Público, nº 6975, 08/05/2009, pp. 2-3</span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">Russell, W.M.S. & Burch, R.L. (1959) The principles of humane experimental technique. London: Methuen</span><br />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<br style="background-color: #141414; color: white; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; line-height: 18.2px;" />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;">Este texto foi publicado originalmente como:<br /><br style="font-weight: bold;" /><span style="font-weight: bold;">M. Magalhães-Sant’Ana</span> (2010) “Haverá lugar a consensos na Tourada à Portuguesa? O papel do Médico Veterinário”. <span style="font-style: italic;">Veterinária Atual – Revista Profissional de Medicina Veterinária</span>, 25: 32-33.</span><br />
<span style="background-color: #141414; color: white; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: black; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: 14px;"><span style="color: white;">30 de agosto de 2015</span></span>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-33671266862695095572015-08-25T22:51:00.000-07:002016-06-04T17:42:53.720-07:00Corrida com anões reacendeu debate sobre touradas<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhomS51gv-WVjaP2LLSwn40NIrk3t7UXPNFga-mPOLy6EYvoBgl2TMZoP_-g5F_3J4icn7ZMfNbO7echWB8SnfAI9197jPL3BwAX5ERxj9WPebsGHZx2jY5rDD-PSe-PN3f5I4TQVwr0hs/s1600/TOURO_SANGUE_2.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhomS51gv-WVjaP2LLSwn40NIrk3t7UXPNFga-mPOLy6EYvoBgl2TMZoP_-g5F_3J4icn7ZMfNbO7echWB8SnfAI9197jPL3BwAX5ERxj9WPebsGHZx2jY5rDD-PSe-PN3f5I4TQVwr0hs/s400/TOURO_SANGUE_2.gif" width="400" /></a></div>
<br />
"Partidos contornam o assunto nos programas eleitorais, apenas Bloco de Esquerda e o PAN se referem publicamente às touradas.<br />
<br />
Na semana passada um movimento pró-tourada de Viana do Castelo cancelou uma corrida com anões por o tribunal ainda não ter decidido a providência cautelar que interpôs para contestar o indeferimento municipal à instalação de uma praça amovível na cidade. Um tribunal de Braga acabaria, também, por não autorizar a construção da praça.<br />
<br />
Esta notícia trouxe de volta a polémica em torno da tauromaquia, com algumas vozes a apelarem ao fim da <b>“barbárie da tortura dos animais para gáudio do sadismo público”</b>, como o caso de Vital Moreira.<br />
<br />
<b>“Decididamente quando é que, perante a cobarde omissão do legislador, um tribunal tem a coragem de proibir estes espetáculos de degradação humana em nome da proteção constitucional da dignidade humana?”,</b> indagou o ex-eurodeputado do PS, através do blogue Causa Nossa.<br />
<br />
<b><span style="color: red;">Gabriela Canavilhas, ex-ministra da Cultura, adiantou ao jornal i que o PS não tem uma posição oficial sobre o assunto mas deixou claro que, a título pessoal, é contra as touradas.</span></b><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/N0d4BmlR2kA" width="420"></iframe>
<br />
<a href="http://arquipelagodosanimais.blogspot.pt/2012/03/carta-aberta-gabriela-canavilhas.html" target="_blank">Carta Aberta a Gabriela Canavilhas</a>(***)<br />
<br />
No entanto recorda que “80% dos portugueses não é a favor da extinção” desta prática e que, portanto, como a “esmagadora maioria dos portugueses está de acordo, não há razão para que seja posta em causa”.<br />
<br />
Recorde-se que só o Bloco de Esquerda e o PAN se referem às touradas no programa eleitoral para as legislativas de 4 de outubro. Os outros partidos evitam a polémica."<br />
<br />
<a href="http://www.noticiasaominuto.com/pais/439916/corrida-com-anoes-reacendeu-debate-sobre-touradas">http://www.noticiasaominuto.com/pais/439916/corrida-com-anoes-reacendeu-debate-sobre-touradas</a><br />
<div>
<br /></div>
<br />
<br />
<a href="http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1501774&opiniao=Manuel%20Ant%EF%BF%BDnio%20Pina" target="_blank"><span style="color: black; font-size: large;"><b style="background-color: white;">"Viva la muerte" </b></span></a><br />
<a href="http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1501774&opiniao=Manuel%20Ant%EF%BF%BDnio%20Pina" style="background-color: white;" target="_blank"><span style="color: black;">Manuel António Pina</span></a><br />
<br />
Só nos faltava esta: uma ministra da Cultura para quem divertir-se com o sofrimento e morte de animais é... cultura. Anote-se o seu nome, porque ele ficará nos anais das costas largas que a "cultura" tinha no século XXI em Portugal: Gabriela Canavilhas. É esse o nome que assina o ominoso despacho publicado ontem no DR criando uma "Secção de Tauromaquia" no Conselho Nacional de Cultura. Ninguém se espante se, a seguir, vier uma "Secção de Lutas de Cães" ou mesmo, quem sabe?, uma de "Mutilação Genital Feminina", outras respeitáveis tradições culturais que, como a tauromaquia, há que "dignificar". O património arquitectónico cai aos bocados? A ministra foi ali ao lado "dignificar" as touradas. O património arqueológico degrada-se? Chove nos museus, não há pessoal, visitantes ainda menos? O teatro, o cinema, a dança, morrem à míngua? Os jovens não lêem? As artes estiolam? A ministra foi aos touros e grita "olés" e pede orelhas e sangue no Campo Pequeno. Diz-se que Canavilhas toca piano. Provavelmente também fala Francês. E houve quem tenha julgado que isso basta para se ser ministro da Cultura...<br />
<br />
(***)<b>Carta Aberta a Gabriela Canavilhas</b><br />
<br />
MOVIMENTO INTERNACIONAL ANTI-TOURADAS<br />
INTERNATIONAL MOVEMENT AGAINST BULLFIGHTS<br />
MOVIMIENTO INTERNACIONAL ANTITAURINO<br />
MOUVEMENT INTERNATIONAL ANTI CORRIDAS<br />
www.iwab.org<br />
IMAB@iwab.org<br />
<br />
Exma. Senhora Deputada,<br />
<br />
<b>Aquando das suas declarações, em representação do grupo parlamentar do PS, relativamente à discussão da petição pela Abolição das Corridas deTouros em Portugal, foi proferida por si uma frase que consideramos espantosa. Se a memória não nos engana, a senhora afirmou e passamos a citar: "As touradas não foram instituídas nem por decreto nem por despacho e não devem ser abolidas nem por decreto nem por despacho". Astouradas não foram instituídas por decreto ou por despacho assim comomuitas outras actividades não o foram, no entanto a crer nos historiadores deste país, as touradas mesmo não tendo sido instituídas por decreto ou por despacho foram proíbidas por decretono reinado de D. Maria II.</b><br />
<b>O decreto do Governo de Passos Manuel (de 19/IX/1836) proibiu "em todo o reino as corridas de touros considerando que são um <span style="color: red;">divertimento bárbaro e impróprio de nações civilizadas,</span> e bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade".</b><br />
<b><br /></b>
<b>A história está cheia de costumes/tradições (direito consuetudinário) que não foram instituídos por decretos, mas que foram proíbidos pordecreto/despacho. O que ontem era aceitável mesmo sem lei, hoje não o é e por isso temque ser proíbido ou regulado por lei.</b><br />
<b>É comum a afirmação que as mulheres são seres mais sensíveis aocontrário dos homens. Não vamos discutir se tal afirmação é ou não veraz, no entanto podemos afirmar que no que a si respeita, a senhora <span style="color: red;">não demonstra qualquer sensibilidade ou empatia quando se trata de outros seres que sofrem tal como nós. A sua frieza e o seu comportamento provam que a senhora não sente o mínimo de compaixão por ninguém. Não se sinta orgulhosa do seu discurso no parlamento porque se os taurófilos o consideram brilhante e já agora nas palavras deles leal, todas as outras pessoas sensíveis e empáticas consideram-no patético e desprezível. </span>A senhora não foi eleita para defender os interesses de uma minoria, neste caso os taurófilos, mas sim para defender os interesses da maioria dos seus eleitores. Será que aqueles que a elegeram defendem touradas? Uma minoria talvez. Mas teria a senhora sido eleita se fosse isso que tivesse para lhes oferecer? Temos a certeza que ninguém a elegiria se soubesse que a senhora iria defender o indefensável.</b><br />
<b><br /></b>
<b>As suas declarações são falaciosas quando afirma que a tauromaquia não recebe subsídios e é totalmente independente do Estado e são vergonhosas quando fala em liberdade e tolerância. A indústria tauromáquica recebe milhões de subsídios dos organismos públicos destepaís e da UE e não adianta negar. Como exemplo o Governo Regional dos Açores entregou entre 2004 e 2010 mais de 2.700.000,00 milhões de euros a essa mesma indústria. É algo que a senhora deverá saber uma vez que foi entre 2008 e 2009 directora geral da cultura do Governo Regional dos Açores. Quanto à liberdade e tolerância que liberdade minha senhora? A liberdade de uns quantos se regozijarem com a torturade um ser senciente? A tolerância de continuar a permitir um espectáculo que permite a tortura de animais? Minha senhora a sua liberdade e tolerância terminam no momento em que outro ser é impedidode ter a liberdade de não ser torturado.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Todos os animais à face deste planeta, não são objectos dos quais podemos dispôr a nosso beloprazer. Com eles compartilhamos este espaço e para com eles temos deveres e sim eles têm direitos por mais que seres supostamente iluminados como a senhora continuem a negá-los. Têm o direito decoexistir connosco e têm o direito a não ser torturados eposteriormente mortos num espectáculo público degradante.</b><br />
<b><br /></b>
<span style="color: red;"><b>O seu discurso é de facto leal ao lobby tauromáquico mas é imoral e totalmente desprovido de ética .Nunca é tarde para mudar mas algumas pessoas, como a senhora, persistem em viver no obscurantismo.</b></span><br />
<br />
Maria Lopes (Coordenadora)<br />
Movimento Internacional Anti-Touradas<br />
www.iwab.org<br />
<br />Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-65356880364477122482015-08-25T21:11:00.000-07:002018-07-07T13:05:19.971-07:00Testemunho Real!<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjobWpBjpMkK4yLcvbGwVT7ATpRt_5AwwB-_9YR_NxFRYsboKbkeJk_Axfp_SduUAub1j51WqDxmodmXzxQBM7N_2eDHRfb_nhg4JNmur6sqfk6O97jsJhGXgE3qtIRkBDkxnzgAeM70pg/s1600/Sepulveda.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjobWpBjpMkK4yLcvbGwVT7ATpRt_5AwwB-_9YR_NxFRYsboKbkeJk_Axfp_SduUAub1j51WqDxmodmXzxQBM7N_2eDHRfb_nhg4JNmur6sqfk6O97jsJhGXgE3qtIRkBDkxnzgAeM70pg/s640/Sepulveda.png" width="540" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="color: white; font-size: large;"><a href="https://www.facebook.com/JoseSepul/posts/10206674022801052?pnref=story" style="background-color: black;" target="_blank"> Palabras de un técnico de sonido de televisión que hacía las retransmisiones de toros...</a></span><br />
<br />
"<b>En mi caso, que me ha tocado llevar el sonido en alguna retransmisión, siempre he comentado, que si en lugar de la mezcla de sonido de la banda de música, aplausos, bravos, olessss y demás... el sonido fuera el que capta el Sennheiser 816 (micrófono que capta a gran distancia y buena calidad) a pie de ruedo, donde se escucha perfectamente el sonido de la banderillas al entrar en la piel, los mugidos de dolor que da el animal a cada tortura a la que se somete... y además lo acompañáramos de primeros planos de las heridas que lleva, de los coágulos como la palma de una mano, de la sangre que le brota acompasada al latir del corazón o la mirada que pone en animal antes de que le den la estocada final, creo que el 90% apagaría el televisor al presenciar semejante carnicería a ritmo de pasodoble.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Yo, personalmente pedí el dejar de hacer ese tipo de trabajo, precisamente un día que en Castellón me tocó estar en el callejón y me cabreé mucho al escuchar a un toro, al cual el torero falló cuatro veces con el estoque y harto de escuchar al pobre animal me quité los auriculares... No tuve bastante, que mientras agonizaba, escupía, se ahogaba en su sangre, se vino a morir justo pegado a mi, apoyado sobre las maderas mientras daba pasmos y su mirada ensangrentada y con lágrimas, sí lágrimas, sean o no sean de dolor, se cruzó con la mía y no nos la perdimos hasta que un inútil .... falló dos veces con el descabello, al que le dije de todo.</b><br />
<b><br /></b>
<b><span style="color: red;">Ahí acabó mi temporada torera de por vida.</span></b><br />
<b><br /></b>
<b>Son sentimientos personales y lo mas probable es que a un amante de "la fiesta" le parezca ridículo, pero para mi, más ridículo es cuando después de semejante carnicería, giras la vista al público y los ves allí aplaudiendo, comiendo su bocata sin inmutarse, ni habiendo visto y oído lo que yo.</b>"<br />
<br />
<i><b><a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206660456381900&set=a.1143225352645.22267.1587826132&type=1&hc_location=ufi" target="_blank"> Jose Sepúlveda Sepul</a></b></i><br />
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXbN5OnW-FjGaMPYosvwGEOi7z102vhM7jJyh30xnfjnj6kvDjmFLN5fuLh_BkGoKfcHaIM8E-CRwVYDRF9dWQCLn-T_UFJOQIWy_9xRqVPRhb5VARgyx8AxRBMbKlZsaZbQ6IvYQSIkM/s1600/2018-07-07+21.03.09.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1156" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXbN5OnW-FjGaMPYosvwGEOi7z102vhM7jJyh30xnfjnj6kvDjmFLN5fuLh_BkGoKfcHaIM8E-CRwVYDRF9dWQCLn-T_UFJOQIWy_9xRqVPRhb5VARgyx8AxRBMbKlZsaZbQ6IvYQSIkM/s640/2018-07-07+21.03.09.png" width="398" /></a></div>
<br />
<br />
<br /></div>
<a href="https://www.facebook.com/AnonymousDefensaAnimalEspana/photos/a.242758735870573.1073741828.242520985894348/722362801243495/?type=1&theater" target="_blank"><b><span style="background-color: black; color: white;">"Anonymous Defensa Animal España"</span></b></a><br />
<b><a href="http://www.huffingtonpost.es/2015/08/24/tecnico-sonido-toros-sangre_n_8031224.html" target="_blank"><span style="background-color: black; color: white;">"El técnico de sonido del viral antitaurino: "Es una bestialidad, que lo soporte el que pueda" - El Huffington Post"</span></a></b><br />
<b><a href="http://www.huffingtonpost.es/2015/08/24/toros-tecnico-sonido_n_8030068.html?utm_hp_ref=spain" target="_blank"><span style="background-color: black; color: white;"> "El viral testimonio de un técnico de sonido sobre las corridas de toros - El Huffington Post"</span></a></b><br />
<b><a href="http://www.lavozdegalicia.es/noticia/sociedad/2015/08/24/carta-tecnico-sonido-corridas-toro-hizo-viral/00031440436336394134657.htm" target="_blank"><span style="background-color: black; color: white;">"LA VOZ DE GALICIA"</span></a></b><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="color: white; font-size: large;"><a href="http://elpais.com/diario/2010/03/05/cultura/1267743603_850215.html" target="_blank"><b style="background-color: black;"> "La memoria del llanto, un artículo contra los toros del periodista y escritor Francesc González Ledesma, publicado en el diario El País en marzo de 2010."</b></a></span><br />
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white;">«<span style="font-size: large;"><a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206660456381900&set=a.1143225352645.22267.1587826132&type=1&hc_location=ufi" target="_blank">Testemunho de um Técnico de Som sobre a Barbárie Tauromáquica</a></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: black; color: white;"><a href="https://www.facebook.com/JoseSepul" target="_blank"><b>Jose Sepúlveda</b></a>,</span> técnico de som do Canal Nou e que durante algum tempo trabalhou na transmissão de touradas decidiu relatar aquilo que viu e ouviu durante estas emissões. A imagem inserida no texto é apenas para ilustração do artigo.<br />
<br />
”<b>Sempre que trabalhei na parte sonora das transmissões frequentemente comentava que se em lugar da banda de música, dos aplausos, dos bravos, dos olés e etc o som fosse captado pelo Sennheiser 816 (microfone que capta a grande distância e com muita qualidade) perto da arena onde se escuta perfeitamente o som das bandarilhas a entrar na pele, os mugidos de dor do animal a cada tortura que é submetido e além disso as pessoas acompanhassem os primeiros planos das feridas, dos coágulos tão grandes com a palma da mão, do sangue que jorra, do bater do coração ou o olhar do animal antes da estocada final 90% desligaria a televisão ao presenciar tamanha chacina ao ritmo de pasodoble.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Eu pessoalmente pedi para deixar de fazer esse tipo de trabalho, porque um dia em Castellón, tocou-me estar entre barreiras e fiquei muito incomodado ao escutar um touro depois do toureiro ter falhado por quatro vezes a estocada e tive que tirar os auscultadores e o animal agonizava, cuspia, afogava-se no seu sangue vindo morrer mesmo ao pé de mim apoiado na madeira e o seu olhar ensanguentado e com lágrimas, sim lágrimas, sejam ou não sejam de dor cruzou-se com o meu até que um inútil falhou duas vezes o descabelo e eu disse-lhe tudo e mais alguma coisa.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Foi aí que terminou o meu trabalho em praças de touros para toda a vida.</b><br />
<b><br /></b>
<b>São sentimentos pessoais e o mais provável é que um amante da “fiesta” ache ridículo, mas para mim ridículo é quando depois de semelhante carnificina olhas para o público e vês que aplaude, come sandes sem qualquer preocupação não tendo visto nem ouvido o que eu testemunhei</b>”.<br />
<br />
Excelente testemunho que retrata a verdade sobre um espectáculo que é brutalmente bárbaro e cruel e que tem que ser erradicado.<br />
<br />
Prótouro<br />
Pelos touros em liberdadeMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-63038657766076869542015-08-24T09:23:00.002-07:002016-08-28T21:31:51.639-07:00... Para mim acabou!<img height="371" src="https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/11904646_1026558860701510_5349119543042893956_n.jpg?oh=f81da2b92f97b39e2040f536d20bbe43&oe=58441D07" width="400" /><br />
"<b>A TVE PARA MIM ACABOU</b><br />
<br />
A minha família nāo desgostava de touradas. Não que se babassem por ir ver o Tito Capristano à Moita ou o Nelo Cagarras a Santarém, mas lá em casa, se passava uma Corrida, a malta ficava a ver. Nas férias andaluzes, chegados ao apartamento com sal mediterrânico, o meu Pai punha na TVE e até ao jantar sorvíamos a cantilena espanhola dos comentadores especialistas e 8 ou 10 toiros de morte.<br />
<br />
Não éramos aficionados mas gostávamos de ver. Do espectáculo. Da arte do matador. Da faena. Da orquestra. Do tribalismo. Só não podíamos ver os cavaleiros. Gajos de jaqueta brilhante montados num cavalo a espetar farpas que se transformavam em bandeirinhas que acenavam ao público. Degradante. O cavaleiro é o cobarde da tourada, é o puto que insulta e depois foge. Tínhamos, eu e o meu Pai, um sonho: unir a Ibéria numa só tourada: matadores espanhóis, forcados portugueses. Os cavaleiros passariam a alisar a areia, a limpar os estábulos e a dar água aos toiros.<br />
<br />
Olho a televisão com o canal público a dar tourada. Aquelas mesmas caras de sempre de olhar bovino. Caras de gente laranja, de bigodes falsamente aristocráticos, as famílias da "tradição", os betos e os que querem passar por betos, as calças caqui, os penteados, as patilhas, uma portugalidade meio bizarra que parece advir de promíscuas relações entre primos e irmãos. Esta gente que ali está atrás das tábuas funde-se com as vacas em noites de Inverno: por isso aquele bovino olhar, a mansidão das carecas reluzentes, a lhaneza.<br />
<br />
Pai, eu já não posso continuar a ver isto. Não é fácil questionarmos as coisas que enquanto crescemos eram naturais. Mais difícil quando as víamos junto aos que amamos. O meu Pai gostava de ver e eu via e também gostava porque gostava dele. Vamos continuar a ir aos nossos sítios a que íamos sempre juntos. Vamos a Moledo, a Ceuta, a Sevilha, a Mijas, ao Forte de Peniche, às Caldas do Luiz Pacheco, a Vilarelho ouvir o Maestro Coca-Cola Killer ensinar Bach às gentes do campo, vamos continuar a ir ao Estádio da Luz e a abraçarmo-nos dentro dos golos do Benfica, mas, Pai, a TVE para mim acabou.<br />
<br />
Há qualquer coisa de profundamente degradante nas touradas. Não é só o sofrimento do animal, é o espanto com que ele observa os animais da bancada. A incredulidade de estar perante a maldade do mundo. O toiro leva nos olhos uma tristeza de estar assistindo à vileza do humano. Porte imponente, músculos fortes, cornos pontiagudos, nobreza de carácter, mas os olhos. É nos olhos do toiro que nós vemos a sua ingenuidade. Uma criança perdida no meio da multidão.<br />
<br />
O animal sorve a vida de forma natural. Passa anos a comer ervinhas, a ver pores-do-sol, a esfocinhar amorosamente com outros animais. Vive a vida em liberdade, em campos abertos de luz, por onde pode correr, parar, dormitar, ficar só a ver. Ficar só a viver. Recebe arco-íris com uma chuvinha que lhe molha a língua e as dentolas, afasta borboletas e mosquitos com um espirro, ressona e acorda os pássaros da árvore onde está encostado. O animal não reflecte sobre o mundo, mas vive-o. Sobretudo, sente-o. Os elementos da natureza são-lhe prazenteiros. É-lhe natural ir beberricar aquela água, comer este molhe de ervas, cagar ou mijar onde lhe apetecer. O céu é-lhe natural, as nuvens e o Sol, os caminhos de terra, as plantas, os passarinhos. Aquela brisa que vem em Agosto com cheiro a cereais. Ele levanta a cabeça, fecha os olhos e sente-a. Não pensa sobre ela, mas sabe-a.<br />
<br />
De repente, uma arena! Um cubículo de areia com milhares de pessoas e vozes e urros! De repente, o horror. Chamam-no, assustam-no, dão-lhe palmadas na cabeça, espetam-lhe ferros frios no lombo. Encosta-se às tábuas, sente a madeira, procura um caminho para voltar para o campo. Está cercado. Cornetas, luzes, gritos. Rios de sangue escorrem-lhe pelo corpo. O peso das bandarilhas coloridas enquanto corre. Não entende aquilo, não sabe o porquê. Cansado, ofegante, em pânico, investe contra o carrossel de homens e cavalos que o rodeiam.<br />
<br />
Baixa a cabeça, com as patas tenta furar o chão como se pudesse abrir um alçapão que o fizesse cair da arena para um prado onde corresse e lambuzasse as bochechas de outro toiro. Um campo aberto a céu aberto. Sem cornetas, sem pessoas, sem gritos, sem bandarilhas coloridas, sem bigodes quase aristocráticos, sem ferros frios no lombo, sem rios de sangue pelo corpo, sem maldade.<br />
<b>O último sonho do toiro antes de morrer."</b><br />
<br />
<img src="https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/11902508_1026558914034838_8603889004898980169_n.jpg?oh=16bc69082ec8653037c0066de6cf63e5&oe=58498AC0" /><br />
<br />
<img src="https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-1/p100x100/11987191_1041504929206903_4858724973505706751_n.jpg?oh=56248ba7c728641100a8c98b400e40ad&oe=5858334E" /><b><span style="font-size: large;">por <a href="https://www.facebook.com/ricardo.silveirinha/posts/1026559054034824" target="_blank">Ricardo Silveirinha </a></span></b><br />
<br />
<br />
<br />Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-91907970400540467942015-07-28T21:31:00.000-07:002015-08-23T20:18:51.660-07:00ESPANHA: CINCO CIDADES CANCELAM TOURADAS E OUTRAS SEGUIRÃO ESTE CAMINHO<br />
<b>Os municípios de Corunha, Gandía, Mancor de la Vall, Pinto e Azira decidiram suspender corridas e outros eventos ligados à tauromaquia previstos para esta época, mesmo que eles tivesse já sido contratualizados há dias ou meses.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Segundo o site 20 Minutos, muitos destes eventos tinham sido acordados entre os empresários e as autarquias antes das eleições de Maio. No entanto, muitos dos programas eleitorais previam o cancelamento destes eventos, pelo que os autarcas eleitos estão a cumprir as promessas.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Para além destes cinco municípios, outros dois ponderam seguir o mesmo caminho: Huesca e Alicante. A nova autarca de Madrid, Manuela Carmena, também já avisou que não irá destinar “nem um euro público” para eventos que exploram os animais. Veja a opinião de várias regiões espanholas sobre o tema, </b><br />
<br />
<b>Galiza</b><br />
<br />
O município da Corunha decidiu na semana passada suspender a Feira Taurina, apesar do pré-contrato assinado com um empresário. O presidente da câmara, Xulio Ferreiro (Marea Atlántica), prometeu durante a campanha eleitoral “não financiar a exploração de touros, nem outros espetáculos de maltrato animal”. A plataforma abolicionista Galicia, Mellor Sen Touradas aplaudiu a medida e destacou que esta decisão pode abrir o debate sobre a possibilidade de impulsionar uma iniciativa legislativa popular sobre a abolição das corridas de touros.<br />
<br />
<b>Comunidade Valenciana</b><br />
<br />
É a região onde mais tem aparecido novos municípios anti-touradas. Em Gandía – localidade da Comunidade Valenciana onde não foram realizadas corridas de touros durante 24 anos, até 2012 – as coligações políticas que actualmente governam a região, PSOE e Mes Gandía, decidiram eliminar as festividades taurinas sob os argumentos de que “Gandía é contra o maltrato animal” e porque “é uma despesa que não pode ser assumida actualmente”.<br />
<br />
Em Alzira, onde os chamados “bous al carrer” começaram a ser celebrados há sete anos com o apoio do PP (Partido Popular), tais celebrações foram também canceladas pelos novos governantes (Compromís), com o argumento de que a maioria da população não aprova estas práticas na localidade. Além desses, outros municípios valencianos, como L’Horta, Xàtiva e Aldaia planejam realizar referendos sobre a organização de eventos que exploram touros. Em Alicante, por sua vez, o tripartido PSOE, Guanyar e Compromís prevê retirar o apoio financeiro e ajudas públicas à praça de touros, e em 2017 acabarão definitivamente as festividades.<br />
<br />
<b>Ilhas Baleares</b><br />
<br />
Mancor del Vall (Maiorca) é, desde o dia 1 de Julho, o povo balear número 18 na lista dos declarados “municípios anti-touradas”, a pedido do novo prefeito, de Mes per Mancor. A capital, Palma de Maiorca, poderá também integrar a lista, debate previsto para o próximo dia 30 de Julho, o primeiro da legislatura. Com o propósito de pressionar as autoridades, a associação “Mallorca sin sangre” (Maiorca sem sangue) convocou uma manifestação para o sábado dia 25 de Julho. A lista de municípios anti-touradas na Espanha abriga actualmente um total de 101 localidades. A primeira a encabeçar a lista foi Tossa del Mar (1989) e a última a juntar-se Ariany (Maiorca), em Janeiro de 2015.<br />
<br />
<b>Aragão</b><br />
<br />
O município de Huesca também está susceptível a questionar os seus cidadãos sobre a celebração destas festividades. O presidente da câmara, Luis Felipe (PSOE), disse recentemente que “não proibirá nada”, mas abrirá uma via de diálogo para que as pessoas decidam o modelo de festas que querem para a Feira de São Lourenço. “Se houvesse o não como proposta para o espetáculo de touradas, seriam os cidadãos que decidiriam, pois haveria um referendo para isso”, garantiu.<br />
<br />
<b>Comunidade de Madrid</b><br />
<br />
Em Madrid, os vencedores do município de Pinto, Ganemos Pinto, também decidiram deixar de financiar as largadas e corridas de touros. O último plenário municipal foi celebrado no final de Junho. Por sua vez, a presidenta da câmara de Madrid, Manuela Carmena, também planeava, no seu programa de governo, deixar de financiar as touradas. O grupo governamental “Ahora Madrid” renunciou ao seu espaço na plateia da Praça de Touros Las Ventas e não financiará a escola de toureiros. Somos Alcalá optou por sair da comissão de festividades para evitar ter que colocar touros na programação habitual.<br />
<br />
Os abolicionistas vêem estes tímidos primeiros passos como um “avanço positivo porque demonstra que os partidos perceberam que há uma necessidade da população de acabar com o drama que vivem os animais nessas festividades”, nas palavras de Amanda Luis, do Pacma. Ela considera que o não financiamento destes eventos ainda não é o suficiente. “Se o que queremos é construir uma sociedade mais justa e ética, os eventos taurinos não só devem deixar de ser subsidiados, como também devem ser proibidos. Ou a tortura deixa de ser humilhante quando é paga com o dinheiro privado?”, disse. A sua proposta passa por uma “proibição, gradual, mas proibição¨, sem deixar de lado outros “maus-tratos a animais como a caça e o abandono de cães”, acrescenta.<br />
<br />
greensavers.sapo.pt<br />
via ANDAMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-89642462555310302782015-07-09T18:21:00.003-07:002015-07-09T18:21:57.515-07:00Ai os ANTI, esses vândalos! Ou as aldrabices da prótótó?!<img src="https://scontent.xx.fbcdn.net/hphotos-xfp1/v/t1.0-9/11009910_1188324437860035_8740327184918307536_n.jpg?oh=91efa615a1cdd0d10dab0cab5308726e&oe=56593AA8" /><br />
<br />
<img src="https://scontent.xx.fbcdn.net/hphotos-xpt1/v/t1.0-9/11692563_1188324434526702_7529882924051660820_n.jpg?oh=9c14fd6cd0647122a81e57447fbcf509&oe=562A74ED" /><br />
<br />
<img src="https://scontent.xx.fbcdn.net/hphotos-xta1/v/t1.0-9/11667547_1188324441193368_1690994313325657539_n.jpg?oh=8e5ad0c235dc2de13eba1431347abd03&oe=562C89C7" /><br />
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Os Aficionados Emprenham Pelos Ouvidos
</span></b><br />
<b>A “Prótoiro” como de costume mente com quantos dentes tem na boca. A propósito das declarações do Vereador da Câmara Municipal de Évora, João Rodrigues, sobre a tauromaquia, de imediato se apressaram a emitir uma espécie de comunicado onde afirmam que as autarquias não têm poderes para proibir touradas.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Já por várias o dissemos mas voltamos a repetir, as autarquias têm poderes para proibir touradas, porque são as autarquias que têm competência para licenciar ou não espectáculos tauromáquicos em praças ambulantes. Além disso, se uma atarquia for proprietária de uma praça de touros fixa, também tem poderes para não autorizar tais espectáculos, como é o caso de Viana do Castelo que tendo comprado a praça de touros proibiu a realização de touradas.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Mas as aldrabices da “Prótoiro” não se ficam por aqui e no referido comunicado afirmam e citamos:</b><br />
<br />
<i>“Recorde-se que o município de Évora, no final de 2012, integrado na Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, declarou a Tauromaquia como Património Cultural Imaterial, de acordo com os critérios da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Imaterial, estando, assim, obrigado a preservar e difundir este património no seu concelho”.</i><br />
<br />
<b>Pura mentira, a Câmara Municipal de Évora chumbou em 2012 a declaração da tauromaquia como património cultural imaterial, mais a proposta redigida pela Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, apresentada ao Conselho Intermunicipal da CIMAC no dia 4 de Setembro de 2012, não foi aprovada por unanimidade, como consta da acta de 18 de Outubro do mesmo ano.</b><br />
<b>Votaram contra e/ou abstiveram-se os municípios de Évora, Montemor-o-Novo e Arraiolos.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Os aficionados emprenham pelos ouvidos e cada vez que a “Prótoiro” mente eles ficam grávidos!</b><br />
<br />
<a href="https://protouro.wordpress.com/2015/07/10/os-aficionados-emprenham-pelos-ouvidos/" target="_blank">Prótouro</a><br />
<a href="https://protouro.wordpress.com/2015/07/10/os-aficionados-emprenham-pelos-ouvidos/" target="_blank">Pelos touros em liberdade</a><br />
<br />
<br />
<br />
<b><span style="color: red; font-size: large;"> DIZEM ELES!</span></b><br />
<br />
Évora: cartazes taurinos vandalizados<br />
<br />
Évora acordou esta manhã com vários cartazes taurinos alusivos a corridas que se vão realizar nos próximos dias vandalizados com tarjas (escritas à mão) onde se pode ler "violência", "tortura", "sangue", "crueldade", etc.<br />
Estas fotos foram tiradas pelo cronista taurino (retirado) Miguel Ortega Cláudio e publicadas na sua página do "Facebook" - e demonstram os actos de vandalismo praticados esta noite por anti-taurinos na cidade-museu, depois da polémica que ontem estalou nas redes sociais, onde se chegou a pôr em causa a realização de corridas de toiros em Évora, depois de já terem sido proibidos os circos com animais.<br />
Haja calma, meus senhores: como a Prótoiro bem explicou, nenhuma lei autárquica se pode sobrepor à lei do país. O que aconteceu em Viana do Castelo foi simplesmente uma Câmara Municipal que era proprietária de uma praça de toiros e decretou que não se realizariam mais espectáculos no seu imóvel. Mas já não pôde impedir a realização de corridas de toiros noutros recintos - como tem ocorrido e este ano voltará a ocorrer em Agosto - porque o espectáculo tauromáquico é legal e está consagrado na nossa Constituição.<br />
De qualquer forma e mesmo que não acreditemos em bruxas, a realidade é que elas... existem. E portanto, todo o cuidado é pouco. Vamos responder aos anti-taurinos eborenses enchendo amanhã a praça de toiros de Évora (cartaz ao lado). Seremos capazes de o fazer ou vamos encolher os ombros e deixar andar?...<br />
~<br />
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~<br />
Empresa apela: todos a Évora para defender a liberdade!<br />
"Perante os ataques contra as Corridas de Toiros, vindas de forças radicais e desrespeitadoras das liberdades e direitos dos outros cidadãos, temos todos a obrigação de na próxima sexta-feira, dia 10, ir à Corrida a Évora, mostrando a força da aficion e a defesa dos direitos e liberdades dos eborenses e dos portugueses. Vamos aos toiros a Évora, vamos defender a cultura portuguesa, vamos defender a liberdade!" - é o apelo da empresa "Toiros & Tauromaquia", depois das declarações à Rádio Campanário de um vereador do município eborense, que coloca em perigo as corridas de toiros na cidade-museu.<br />
A empresa apela a que marquemos presença, em força, na corrida nocturna desta sexta-feira em Évora (cartaz ao lado), por forma a mostrarmos a nossa força e a defender a nossa cultura e a nossa tradição.<br />
<br />
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~<br />
Prótoiro desdramatiza perigo em Évora: autarquias não podem proibir corridas de toiros<br />
Através do comunicado que a seguir se transcreve, a Federação Prótoiro veio hoje a público - como se impunha - tranquilizar os aficionados e explicar que as autarquias não têm poder para proibir o que está permitido na lei do país, neste caso, as corridas de toiros. Tudo a propósito de polémicas declarações de um vereador da Câmara de Évora em entrevista à Rádio Campanário, onde admite a possibilidade de, a seguir a terem sido proibidos os circos com a animais, possam também vir a estar em perigo os espectáculos taurinos na cidade-museu:<br />
<br />
É impossível a uma autarquia proibir a realização de Corridas de Toiros<br />
Tendo vindo a público uma declaração infeliz de um vereador da Câmara Municipal de Évora, sobre uma hipotética possibilidade de o município poder vir a estudar uma proibição de Corridas de Toiros, a Prótoiro, Federação Portuguesa de Tauromaquia, vem esclarecer o seguinte:<br />
De acordo com as leis de Portugal, é impossível a uma autarquia proibir a realização de Corridas de Toiros, uma vez que as autarquias não têm poderes legais sobre as mesmas. Esta é uma matéria que depende exclusivamente do Estado Central. Esta é uma informação que todos têm de ter muito clara, nesta e em qualquer outra situação similar. Declarações deste género são puras falsidades e declarações de ignorância sobre este tema.<br />
Mesmo que algum município se declare antitaurino, essa declaração não tem nenhum valor ou efeito legal.<br />
Se dúvidas houvesse, basta ver o caso de Viana do Castelo, o único município português que se declarou antitaurino, e onde o autarca usa de todas as estratégias e falsidades para tentar impedir a realização de corridas de toiros, mas foi totalmente incapaz de o fazer, porque não tem poderes legais para tal. Foram, aliás, já várias as decisões judiciais que o confirmaram desde 2011.<br />
Recorde-se que o município de Évora, no final de 2012, integrado na Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, declarou a Tauromaquia como Património Cultural Imaterial, de acordo com os critérios da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Imaterial, estando, assim, obrigado a preservar e difundir este património no seu concelho.<br />
A muito aficionada população do Concelho de Évora, com grandes pergaminhos taurinos, deve fazer o seu protesto junto da autarquia, exigindo respeito pela liberdade cultural e pela legalidade. Quanto à Protoiro, já estávamos a acompanhar este tema, e estamos no terreno a agir sobre o mesmo, na defesa das liberdades e direitos dos cidadãos.<br />
<br />
Prótoiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia<br />
https://www.facebook.com/PROTOIRO/photos/a.152331808134547.29215.118555858178809/1011408198893566/?type=1&theater<br />
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~<br />
<br />
Alerta: corridas em perigo em Évora<br />
Depois de terem sido proibidos os circos com animais na cidade de Évora,<br />
a medida pode alastrar ao espectáculo tauromáquico - e ninguém se mexe?...<br />
<br />
Depois de terem sido proibidos em Évora os circos com animais, podem agora estar também em perigo as corridas de toiros na cidade-museu - e ninguém faz nada? A Prótoiro cala-se?...<br />
Os circos com animais vão deixar de poder instalar-se em Évora depois de a Assembleia Municipal ter aprovado uma recomendação apresentada pelo Partido Socialista (e querem estes tipos ser governo!...) e que a gestão CDU acatou.<br />
Agora, em declarações à Rádio Campanário, o vereador João Rodrigues (foto ao lado) admitiu que a medida se pode também vir a aplicar aos espectáculos tauromáquicos. "Esta medida poderá alastrar a outros espectáculos com animais, nomeadamente os espectáculos taurinos, é uma questão que ainda não se colocou, sobre a qual a Câmara ainda não tomou nenhuma posição, apenas se pretende cumprir a legislação em vigor".<br />
Recordamos ao vereador de Évora que a legislação em vigor estabelece como perfeitamente legal a realização de corridas de toiros em Portugal. Todavia e como homem prevenido vale por dois, talvez não seja má ideia a Prótoiro e afins começarem a mexer-se, não?<br />
in farpas blogMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-43942668222589793042015-04-23T17:47:00.001-07:002015-04-23T17:57:33.707-07:00Enterrartouradas.org <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><b><img src="http://enterrartouradas.org/images/logo.png" height="610" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="525" /></b></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://enterrartouradas.org/index.html"><span style="color: white; font-size: large;"><b style="background-color: black;">http://enterrartouradas.org/index.html</b></span></a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://www.facebook.com/enterrartouradas" style="font-size: x-large;" target="_blank"><span style="color: white;"><b style="background-color: black;">https://www.facebook.com/enterrartouradas</b></span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="background-color: black;"><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>ASSINE E DIVULGUE:</b></span></div>
<h1 class="pettitle" style="font-stretch: normal; margin: 0px auto; text-align: center;">
<span style="background-color: black; color: orange; font-family: inherit; font-size: large;">Proibição de subsídios públicos a actividades tauromáquicas
</span></h1>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><a href="http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72071" style="background-color: white;" target="_blank">http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72070</a></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: black; color: orange; font-size: large;">Proibição da assistência e trabalho de menores em espectáculos tauromáquicos
</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72071" target="_blank"><b style="background-color: white;">http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72071</b></a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-26166237023080604732014-08-07T15:31:00.000-07:002014-08-07T15:31:22.507-07:00As crianças e a tourada: o dever de proteção social<div class="hupso-share-buttons" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 20px 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="hupso_c" id="hupso_counters_0" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<img alt="tourada portugal tauromaquia" class="alignleft size-large wp-image-2442" height="275" src="http://basta.pt/wp-content/uploads/tourada-portugal-tauromaquia-596x276.png" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; float: left; margin: 0px 1.4em 0.4em 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="595" /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">O Comité dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, no seu documento CRC/C/PRT/CO/3-4 de 31 de janeiro de 2014, a par de outras problemáticas sociais da realidade portuguesa, expressa, claramente, a sua preocupação com a integridade das crianças envolvidas nos espetáculos tauromáquicos, quer como participantes quer como espectadores.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Reconhecendo o caráter violento da atividade tauromáquica, o Comité incentiva Portugal a tomar as necessárias medidas legislativas e administrativas para proteger a integridade física e psicológica das crianças. Deixa ainda em aberto uma eventual recomendação futura no sentido da proibição total da participação de crianças em touradas. No referido documento, é expressamente recomendado o aumento da idade mínima para participação e assistência a espetáculos tauromáquicos, à altura da elaboração do documento nos 12 e 6 anos, respetivamente. Foi aliás neste seguimento que o governo português aprovou no artigo 27º do Decreto-lei nº 23/2014, de 14 de fevereiro, a subida da idade mínima para assistir a touradas para os 12 anos.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">A recomendação do Comité dos Direitos da Criança, bem como a consequente legislação do governo português, vem finalmente atestar inequivocamente que a tourada constitui um espetáculo violento e, como tal, deve estar sujeita às mesmas restrições etárias que outros espetáculos de natureza artística e divertimentos públicos considerados violentos.</span></div>
<h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div class="simplePullQuote" style="-webkit-box-shadow: rgb(129, 129, 129) 0px 0px 0px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: url(http://basta.pt/wp-content/plugins/simple-pull-quote/images/quote.png); background-origin: initial; background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat; background-size: initial; border-bottom-color: rgb(134, 134, 134); border-bottom-style: solid; border-top-color: rgb(134, 134, 134); border-top-style: solid; border-width: 3px 0px; float: right; margin: 10px 0px 10px 20px; outline: 0px; padding: 6px; text-indent: 18px; vertical-align: baseline; width: 250px;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Deste modo, torna-se evidente que a recente recomendação do Comité dos Direitos da Criança a Portugal encontra-se solidamente ancorada em evidências científicas.</span></div>
</div>
</span></h3>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Enquanto os riscos para a integridade física das crianças que participam ativamente nos espetáculos tauromáquicos são óbvios e inquestionáveis, tendo em conta a estatura e força dos animais envolvidos e a natureza da interação dos mesmos com as crianças intervenientes, os riscos para a sua integridade psíquica, moral e social são menos óbvios, porém não menos negligenciáveis.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Diversos estudos comprovam que a exposição a violência explícita nos media provoca efeitos significativos a curto-prazo, aumentando a probabilidade de originar comportamentos agressivos ou de medo. Este efeito é particularmente preponderante nas crianças mais novas, e em especial, do sexo masculino (para uma revisão, ver Browne & Hamilton, 2005). Ocorre também um efeito de dessensibilização face à violência, podendo esta ser aceite como forma de solução de problemas violentos (Bartholow, Sestir & Davis, 2005) o que, por seu turno, pode contribuir para o aparecimento de comportamentos desviantes (Fitzpatrick, C., Barnett, T. & Pagani, 2012).</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Especificamente no respeitante à tourada, um estudo realizado em Madrid com 240 crianças dos 8 aos 12 anos de idade (Graña et. al., 2004)., demonstrou que a maioria das crianças apresentava naturalmente uma atitude negativa face à mesma, expressando reações emocionais negativas quando a ela expostas. O mesmo estudo atesta, ainda, que o facto de a tourada ser apresentada aos menores como um espetáculo cultural, chega a aumentar os efeitos nefastos que tem nos mesmos: as crianças que assistem a touradas sendo sugestionadas para as ver como um espetáculo festivo obtém resultados significativamente mais elevados em escalas de ansiedade e agressividade do que crianças que assistem a uma tourada sem qualquer sugestão.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<img alt="francisco 10a bencatel 001" class="alignleft size-full wp-image-2444" height="210" src="http://basta.pt/wp-content/uploads/francisco-10a-bencatel-001.jpg" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; float: left; margin: 0px 10px 0.4em 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" width="290" /><span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Os estudos sobre empatia revelam uma correlação positiva entre a capacidade de empatizar com seres humanos e a capacidade de empatizar com animais não-humanos (Signal & Taylor, 2007). Assim, é pertinente pensar que ao ensinar as crianças a ignorar o sofrimento do touro, estamos a potenciar um défice na sua capacidade de empatizar com seres humanos, o que acarreta, necessariamente, consequências psíquicas, morais e sociais. Importa salientar que a empatia não só sustenta a maioria das decisões morais que tomamos (Miller, Hannikainen.& Cushman, 2014) mas também se encontra na base dos comportamentos cooperativos, imprescindíveis para a vida em sociedade (para uma revisão sobre a evolução e papel da empatia ver Castro, Gaspar & Vicente, 2010). Comprovando tal fato, tem sido demonstrado que a promoção de atitudes de respeito e afeto para com os animais não-humanos é benéfica para o bom desenvolvimento das crianças a vários níveis (para uma revisão ver, por exemplo, Endenburg. & van Lith, 2011).</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Deste modo, torna-se evidente que a recente recomendação do Comité dos Direitos da Criança a Portugal encontra-se solidamente ancorada em evidências científicas. Como tal, e muito além de quaisquer considerações acerca da legitimidade das atividades tauromáquicas, deve ser claro para todos os seus intervenientes que, no supremo interesse da criança, devem ser célere e claramente transpostas para a legislação portuguesa medidas que a protejam dos possíveis riscos desta atividade.</span></div>
<div align="right" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Dr.ª Constança Carvalho</span></strong></div>
<div align="right" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; margin-bottom: 1em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;">Psicóloga Clínica, especialista em desenvolvimento infantil</span></em></div>
<h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Referências Bibliográficas</span></b></h6>
<ul style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; line-height: 22.399999618530273px; list-style-image: initial; list-style-position: initial; margin: 0px 0px 1em 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Bartholow, B., Sestir, M. & Davis,E. (2005) Correlates and consequences of exposure to video game violence: hostile personality, empathy, and aggressive behavior. <i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pers Soc Psychol Bull. 31(11), pp.1573-86.</i></span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Browne, K.D. & Hamilton-Giachritsis, C. (2005). The influence of violent media on children and adolescents:a public-health approach. <i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Lancet; 365(9460),</i> pp. 702-10.</span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Castro, R., Gaspar, A., Vicente, L. (2010). The Evolving Empathy: hardwired bases of human and non-human primate empathy. <i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Psicologia, XXIV(2), pp.131-152</i></span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Endenburg, N. & van Lith, H.A. (2011). The influence of animals on the development of children. <i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Vet J., 190(2), pp.208-14</i></span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Fitzpatrick, C., Barnett, T. & Pagani L.S. (2012) Early exposure to media violence and later child adjustment. <i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">J Dev Behav Pediatr.,33(4), pp. 291-7.</i></span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Graña, J., Cruzado, J., Andreu, J., Muñoz-Rivas, M., Peña, M. & Brain, P. (2004). Effects of viewing videos of bullfights on Spanish children. Aggressive Behavior, 30 (1), pp. 16–28.</span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Miller, R., Hannikainen, I.& Cushman, F. (2014). Bad Actions or Bad Outcomes? Differentiating Affective Contributions to the Moral Condemnation of Harm. Emotion. 2014 Feb 10. [Epub ahead of print]</span></h6>
</li>
<li style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><h6 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; font-weight: normal; letter-spacing: 0em; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 0.5em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; font-size: small;">Signal, T & Taylor, N (2007). Attitude to Animals and Empathy: Comparing Animal Protection and General Community Samples. <i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Anthrozoos, 20(2), pp. 125-130.</i></span></h6>
</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span style="line-height: 11.792000770568848px;"><i><br /></i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span style="line-height: 11.792000770568848px;"><i><br /></i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span style="background-color: black; line-height: 11.792000770568848px;"><i><br /></i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;"><span style="background-color: black; line-height: 11.792000770568848px;"><i>Fonte: Basta.pt</i></span></span></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-83605994831237747392014-08-04T11:38:00.000-07:002018-07-09T11:58:05.007-07:00O arrancar das farpas na "corrida à portuguesa" na RTP.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifkf54m8EOiFGSqg_ATy0ZkkZZAVVoz_qM56lAXGBkmstZWg7CERcPUW9zyP-GMee-pIevUVyFNbbJGahiOlpvk9j1giGtcT6vO-Vbud2d_NDNuAbazTUhxtszEoF8ttdueqoCW8Ox_jk/s1600/arrancar-de-farpas-depois-de-tourada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="393" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifkf54m8EOiFGSqg_ATy0ZkkZZAVVoz_qM56lAXGBkmstZWg7CERcPUW9zyP-GMee-pIevUVyFNbbJGahiOlpvk9j1giGtcT6vO-Vbud2d_NDNuAbazTUhxtszEoF8ttdueqoCW8Ox_jk/s640/arrancar-de-farpas-depois-de-tourada.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
- Imagem de arquivo da RTP, extraída dum segmento do programa "Voz do Cidadão" emitido em 18 de Janeiro (<a href="http://www.rtp.pt/play/p1300/e141093/voz-do-cidadao">http://www.rtp.pt/play/p1300/e141093/voz-do-cidadao</a>).<br />
Omitiram o som dos gritos que os touros dão nessa parte da tourada que poucos vêem.<br />
<br />
É um dos actos ocultos das cruéis torturas feitas aos bovinos nas touradas. Um novo corte, feito à navalhada, com total indiferença à dor provocada, sem anestesiantes ou curativos. A seguir os animais esperam, são encaminhados numa viagem para a morte num matadouro, viagem e espera que podem tardar vários dias e longas distâncias.<br />
<br />
Não, claro que não preferimos que o touro seja morto na arena, muito pelo contrário: os touros não devem de ir às arenas. E não deve continuar a excepcional tolerância legal a que sejam espetados com farpas ou com quaisquer outros instrumentos ou humilhações para divertimento de público. Não há motivo para que tais absurdos sejam tolerados, muito menos promovidos a actividade decente, quando está à vista que não o é.<br />
<br />
<b><span style="background-color: black; color: white;"><a href="https://www.facebook.com/abolicao.tauromaquia?ref=bookmarks" target="_blank">Abolição Tauromaquia</a> <a href="https://www.facebook.com/Basta.pt" target="_blank">Basta de Touradas</a></span></b><br />
<br />
Até quando vamos continuar a permitir que a estação de televisão de todos/as nós continue ao serviço da tauromaquia? Se nunca demonstrou a sua indignação, pode fazê-lo em:<br />
<a href="http://www.rtp.pt/wportal/grupo/provedor_tv/enviarmensagem.php">http://www.rtp.pt/wportal/grupo/provedor_tv/enviarmensagem.php</a><br />
<br />
<b>#LosTorosTieneDerechoAVivir #tauromaquia #corrida#portuguesa #tourada #JuegoSucioTaurino #festabrava#tauromafia #Portugal #RTP #Provedor#NoAlMaltratoAnimal #ElToroSíSufre #marcaEspaña#TorosLibres #CaballosLibres #Antitauromaquia#Activismo #Taurino #Torero #Toros #Touros #Toiros#Toiro #FueraLaMAFIA #Anticorrida</b><br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/JuventudeAntiTouradaPortugalMundo/photos/a.375919462483743.89580.373933776015645/592923337450020/?type=1&theater" target="_blank"> Juventude anti-tourada Portugal & Mundo</a>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-23442344901116273962014-06-30T08:52:00.000-07:002016-07-15T08:55:48.466-07:00Regulamentar a tortura é legitimá-la<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">Parece inacreditável mas é mesmo verdade: existe um regulamento da tauromaquia, aprovado na AR e publicado em Diário da República, que determina como devem ser torturados os touros nos vários espetáculos feitos a partir do seu sofrimento.
</span></span><br />
<div class="region region-content" style="line-height: 21px;">
<div class="block block-system" id="block-system-main">
<div class="content" style="margin-top: 10px;">
<div class="ds-1col node node-opiniao node-promoted node-full view-mode-full clearfix" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: none; padding: 0px;">
<div class="group-campo-data field-group-fieldset" id="node_opiniao_full_group_campo_data" style="border-bottom-color: rgb(119, 119, 119); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; margin: 10px 0px 35px;">
<span style="color: white; font-family: inherit;"><div class="field field-name-post-date" style="display: inline;">
<span style="background-color: black;">26 de Junho, 2014 - 13:41h</span></div>
<div class="field field-name-field-op-author" style="display: inline;">
<a href="http://www.esquerda.net/autor/ricardo-coelho" style="background-color: black; text-decoration: none;"><span style="color: white;">Ricardo Coelho</span></a></div>
</span><div class="field field-name-service-links-displays-twitter-widget" style="display: inline; float: right; margin-left: 10px; width: 95px;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><iframe allowtransparency="true" class="twitter-share-button twitter-share-button-rendered twitter-tweet-button" data-url="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167" frameborder="0" id="twitter-widget-i1440568215309352856" scrolling="no" src="http://platform.twitter.com/widgets/tweet_button.77d41fbc5fa275535329b16ae6381b57.en.html#_=1440568295173&count=horizontal&dnt=false&id=twitter-widget-i1440568215309352856&lang=en&original_referer=http%3A%2F%2Fwww.esquerda.net%2Fopiniao%2Fregulamentar-tortura-e-legitima-la%2F33167&size=m&text=Regulamentar%20a%20tortura%20%C3%A9%20legitim%C3%A1-la&type=share&url=http%3A%2F%2Fwww.esquerda.net%2Fopiniao%2Fregulamentar-tortura-e-legitima-la%2F33167" style="height: 20px; position: static; visibility: visible; width: 78px;"></iframe></span></span></div>
<div class="field field-name-service-links-displays-facebook-share" style="display: inline; float: right; margin: -2px 0px;">
<fb:share-button class=" fb_iframe_widget" fb-iframe-plugin-query="app_id=150123828484431&container_width=0&href=http%3A%2F%2Fwww.esquerda.net%2Fopiniao%2Fregulamentar-tortura-e-legitima-la%2F33167&locale=en_US&sdk=joey&type=button_count" fb-xfbml-state="rendered" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167" style="display: inline-block; position: relative;" type="button_count"><span style="background-color: black; color: white; display: inline-block; font-family: inherit; height: 20px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: bottom; width: 84px;"><iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" class="" frameborder="0" height="1000px" name="f3a052f768" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/share_button.php?app_id=150123828484431&channel=http%3A%2F%2Fstatic.ak.facebook.com%2Fconnect%2Fxd_arbiter%2F44OwK74u0Ie.js%3Fversion%3D41%23cb%3Df10f12523%26domain%3Dwww.esquerda.net%26origin%3Dhttp%253A%252F%252Fwww.esquerda.net%252Ff3eaa9d154%26relation%3Dparent.parent&container_width=0&href=http%3A%2F%2Fwww.esquerda.net%2Fopiniao%2Fregulamentar-tortura-e-legitima-la%2F33167&locale=en_US&sdk=joey&type=button_count" style="border-style: none; border-width: initial; height: 20px; position: absolute; visibility: visible; width: 84px;" title="fb:share_button Facebook Social Plugin" width="1000px"></iframe></span></fb:share-button></div>
</div>
<div class="field field-name-body">
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">Foi recentemente aprovado, a pedido do lóbi tauromáquico e com forte apoio do CDS-PP, um novo Regulamento do Espetáculo Tauromáquico (RET). Parece inacreditável mas é mesmo verdade: existe um regulamento da tauromaquia, aprovado em Assembleia da República e publicado em Diário da República, que determina como devem ser torturados os touros nos vários espetáculos feitos a partir do seu sofrimento.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">Desde que a ex-Ministra da Cultura Gabriela Canavilhas introduziu uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura que a tortura de touros é considerada uma forma de expressão cultural. Mas é uma forma de cultura especial, porque precisa de um regulamento. Não há um regulamento para o teatro, ou para a música ou para o cinema. Alguém imagina o absurdo de um inspetor da Inspeção Geral de Atividades Culturais interromper um concerto porque as notas tocadas não estão de acordo com um regulamento do espetáculo musical?</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">O RET existe porque os empresários tauromáquicos sabem que o seu negócio depende do seu enquadramento enquanto expressão cultural e património nacional para sobreviver. Sem este enquadramento, a tourada aparece imediatamente como o que é: um espetáculo baseado no sofrimento de um animal. Por isso os representantes da tourada têm lugar reservado no Conselho Nacional de Cultura, por isso tantas autarquias declararam a tourada património imaterial do município e por isso um novo regulamento é publicado em Diário da República.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">Mas há outra novidade na aprovação deste regulamento. Na sua elaboração participaram, ao lado de representantes do negócio tauromáquico, representantes da Plataforma Basta de Touradas, um movimento criado no seguimento da reunião conseguida com Passos Coelho aquando da iniciativa governamental “O meu movimento”. Esta plataforma, que diz representar várias entidades de defesa dos animais sem nunca especificar quais, deu o seu aval a um regulamento que apresenta a tauromaquia como “parte integrante do património da cultura popular portuguesa”,<a class="sdfootnoteanc" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167#sdfootnote1sym" style="text-decoration: none;">1</a> conseguindo em troca uma alínea no regulamento que determina a obrigatoriedade de matar o touro num prazo máximo de cinco horas após a tourada.<a class="sdfootnoteanc" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167#sdfootnote2sym" style="text-decoration: none;">2</a></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">Como é evidente, a estratégia da plataforma foi polémica entre ativistas anti-touradas, tal como foi polémica a sua participação no programa “Prós e Contras” dedicado à tourada, no qual se definiram como “reformistas” e expressaram a sua vontade de colaborar com o lóbi das touradas para “melhorar o bem-estar dos touros”. Curiosamente, a plataforma parece não compreender que a sua estratégia colaboracionista está em profunda contradição com o abolicionismo que dizem defender.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">Quem quiser defender a aprovação do novo regulamento da tauromaquia pela plataforma poderá sempre argumentar que a luta se faz passo a passo e que não podemos ser extremistas e defender o “tudo ou nada”. Claro que sim, mas há que distinguir passos na direção certa e passos na direção errada. Acabar com os subsídios públicos às touradas com uma campanha baseada na defesa dos direitos dos animais, enfrentando o poder dos empresários tauromáquicos, seria um passo na direção certa. Colaborar com os empresários tauromáquicos para aprovar um regulamento que legitima a tauromaquia como património nacional é um passo na direção errada, porque enfraquece a causa anti-tourada e fortalece o lóbi da tauromaquia.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;">A aprovação de um regulamento que determina, com uma precisão própria de um psicopata, como se pode torturar um touro numa tourada, foi mais um momento negro para a causa anti-touradas. Que os empresários tauromáquicos se congratulem com o novo RET, dizendo que vai de encontro às suas “preocupações e necessidades”, mostra bem o que está em causa.<a class="sdfootnoteanc" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167#sdfootnote3sym" style="text-decoration: none;">3</a></span></span></div>
<hr style="border-color: gray; border-style: solid; height: 1px;" />
<div class="sdfootnote" style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167#sdfootnote1anc" style="text-decoration: none;">1</a> Decreto-Lei n.º 89/2014, em <a class="ext" href="http://www.legislacao.org/primeira-serie/reses-espetaculo-tauromaquicos-espetaculos-305857" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://www.legislacao.org/primeira-serie/reses-espetaculo-tauromaquicos-espetaculos-305857</a><span class="ext" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: url("http://www.esquerda.net/sites/all/modules/extlink/extlink.png"); background-origin: initial; background-position: 100% 50%; background-repeat: no-repeat; background-size: initial; padding-right: 12px;"></span></span></span></div>
<div>
<div class="sdfootnote" style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167#sdfootnote2anc" style="text-decoration: none;">2</a> Conforme o seu comunicado, em <a class="ext" href="http://basta.pt/publicacao-do-novo-regulamento-tauromaquico/" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://basta.pt/publicacao-do-novo-regulamento-tauromaquico/</a><span class="ext" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: url("http://www.esquerda.net/sites/all/modules/extlink/extlink.png"); background-origin: initial; background-position: 100% 50%; background-repeat: no-repeat; background-size: initial; padding-right: 12px;"></span></span></span></div>
</div>
<div>
<div class="sdfootnote" style="margin-bottom: 1.1em;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167#sdfootnote3anc" style="text-decoration: none;">3</a> “Novo Regulamento do Espetáculo Tauromáquico satisfaz setor”, em <a class="ext" href="http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/tourada-regulamento-ultimas-noticias-touro-tvi24/1559665-4071.html" style="text-decoration: none;" target="_blank">http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/tourada-regulamento-ultimas-noticias-touro-tvi24/1559665-4071.html</a></span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><br /></span></span>
<a href="http://www.esquerda.net/opiniao/regulamentar-tortura-e-legitima-la/33167" style="background-color: black;" target="_blank"><span style="color: white; font-family: inherit;">Fonte: Esquerda.net</span></a><br />
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: inherit;"><br /></span></span>
<h1 class="entry-title" itemprop="name" style="line-height: 46px; margin: 0px 0px 8px;">
<span style="color: white; font-family: inherit; font-size: small;"><a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-tauromaquia-existe-e-tem-que-ser-regulada-diz-a-ministra-da-cultura-1426481" style="background-color: black;" target="_blank">“A tauromaquia existe e tem que ser regulada”, diz a ministra da Cultura</a></span></h1>
<div>
<br /></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-55359814229455796002014-06-17T14:49:00.000-07:002014-06-17T14:49:02.343-07:00Cavaleiro acusado de abalroar manifestantes antitourada não vai a julgamento<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSSXwXxSDKOFHy0W538ayoryAgibzlGsFB-DqE_F5_P7fSgzbYHR8eDsOyB4RyK2uht3mIoY5cx0BHRtov0d517_1EUjUXAaVV95IKaJ3v4HfLWc9RcmkCz0HK-9VBf0Var4XTb6ReXfc/s1600/A+'coragem'+do+cavaleiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSSXwXxSDKOFHy0W538ayoryAgibzlGsFB-DqE_F5_P7fSgzbYHR8eDsOyB4RyK2uht3mIoY5cx0BHRtov0d517_1EUjUXAaVV95IKaJ3v4HfLWc9RcmkCz0HK-9VBf0Var4XTb6ReXfc/s1600/A+'coragem'+do+cavaleiro.jpg" height="400" width="287" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 12.288000106811523px; text-align: left;"><b><span style="font-size: small;">A 'coragem' do cavaleiro</span></b></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 12.288000106811523px; text-align: left;"><a href="http://henricartoon.blogs.sapo.pt/555502.html" target="_blank">Por Henrique Monteiro</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
O Juízo de Instrução Criminal (JIC) de Aveiro decidiu não levar a julgamento o cavaleiro tauromáquico Marcelo Mendes, que terá investido com o cavalo contra vários manifestantes antitourada na Murtosa, em Setembro de 2012, informou hoje fonte judicial.<br />
<br />
O cavaleiro estava acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de um crime de coacção na forma tentada, mas o juiz de instrução decidiu não pronunciar o arguido, por falta de provas.<br />
<br />
"Em julgamento o arguido seria certamente absolvido ou, pelo menos, a absolvição seria muito mais certa que a condenação", lê-se no despacho de não pronuncia, a que a Lusa teve hoje acesso.<br />
<br />
Depois de ouvir o cavaleiro acusado e as várias testemunhas, durante a fase de instrução, o juiz concluiu que se viveram momentos de "muita tensão", com "apupos, injurias e arremesso de vários objectos".<br />
<br />
Nestas condições, o magistrado considerou "verosímil" a tese do arguido, que alegou que a investida aconteceu não por sua vontade, mas apenas porque o cavalo se assustou.<br />
<br />
"Apesar de se tratar de um animal altamente treinado e habituado a situações de stress, não deixamos de estar perante um animal irracional, pelo que admitimos como possível que, no caso concreto, o cavalo se tenha assustado com as palavras de ordem gritadas pelos manifestantes e com os objetos arremessados e, por esse motivo, tenha investido contra as pessoas presentes sem que o arguido o tenha conseguido controlar", referiu o juiz.<br />
<br />
O caso ocorreu em Setembro de 2012, quando o cavaleiro, de 29 anos, alegadamente investiu com o cavalo sobre um grupo de manifestantes que protestava no exterior da praça de touros improvisada, contra a realização de uma tourada na praia da Torreira.<br />
<br />
Na sequência dos acontecimentos, a Associação Animal, que tinha dois elementos da direcção no local, apresentou queixa na GNR da Murtosa contra o cavaleiro, afirmando que se viveram "momentos de pânico".<br />
<br />
"As pessoas tiveram que fugir para não serem feridas pelo animal que era conduzido para cima delas", relatou a associação, acrescentando, contudo, que "não houve nenhum dano físico de maior".<br />
<br />
Marcelo Mendes alegou que os participantes na manifestação "projectaram pedras e peças de fruta contra o cavalo", facto que o deixou "nervoso e difícil de controlar", uma versão contrariada pelos manifestantes que afirmaram que o cavaleiro investiu contra eles "de forma deliberada".<br />
<br />
A tourada, que se realizou numa praça de touros improvisada junto ao parque de campismo, contou com os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Brito Paes e Marcelo Mendes, estando as pegas a cargo dos forcados Amadores de Cascais e de Coimbra.<br />
<br />
O evento gerou na altura uma onda de contestação na internet com mais de 300 pessoas a assinar uma petição a condenar a realização deste tipo de iniciativas na Murtosa, alegando que o concelho "não tem, nem nunca teve, tradição de touradas".<br />
<br />
Fonte <a href="http://www.publico.pt/sociedade/noticia/cavaleiro-acusado-de-abalroar-manifestantes-antitourada-nao-vai-a-julgamento-1659097" target="_blank">Publico</a><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/Zivm1tk-LFU" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
O pior acabou por acontecer, durante a manifestação pacífica, contra a corrida de touros, na Torreira, no dia 2 de Setembro. Um grupo de manifestantes, que protestava contra a realização da tourada, foi atacado por Marcelo Mendes, um dos cavaleiros convidados pela organização para esta corrida de touros. O insólito aconteceu quando o Ribeirinhas estava a entrevistar Mariana Pinho, uma das responsáveis da manifestação. Ao fim de alguns segundos, Marcelo Mendes investe com o seu cavalo sobre os manifestantes.
</div>
<br />
<br />
<b>"Mas por vezes as pessoas argumentam que os touros sofrem… quer dizer… não sei se os touros sofrem,… o que é um facto é que os touros começam a ser lidados e nós cravámos dois, três ferros compridos e os touros investem sempre sobre o castigo.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Portanto, se um touro… se nós dermos um pontapé a um cão, o cão a seguir vai fugir e não vai voltar a levar outro, não é? Portanto, está provado, que o castigo que os touros sofrem, não… quer dizer, sofrem… ou que os touros estão sujeitos, não os faz sofrer, assim tanto como as pessoas pensam apesar de ver o sangue a correr… eu creio que é isto… que é que eu posso acrescentar mais?"</b><br />
<a href="http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2012/09/eis-um-case-study.html">http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2012/09/eis-um-case-study.html</a><br />
<br />
<br />
<a href="http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=583988&tm=8&layout=122&visual=61">http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=583988&tm=8&layout=122&visual=61</a><br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/events/410098062379896/414302955292740/" target="_blank">https://www.facebook.com/events/410098062379896/414302955292740/</a>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-52403004651627189152014-06-10T17:52:00.000-07:002014-06-11T09:52:28.188-07:00Ganadeiro Arrasa Tauricidas e Aficionados<b style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Numa entrevista dada ao blogue tauromafioso “Naturales”, o ganadeiro José Luis de Vasconcellos e Sousa d’Andrade fez acusações demolidoras contra tudo e todos que vivem à conta da tortura de seres sencientes.</b><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>São entrevistas como esta que mostram a realidade do asqueroso mundinho tauromáquico.</b></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><a href="http://protouro.wordpress.com/" target="_blank">Prótouro</a></b></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><a href="http://protouro.wordpress.com/" target="_blank">Pelos touros em liberdade</a></b></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKTxF0O2ts545S2KxAGxB2sN-2MgrAb049PJChNYofIDcNjjdfhpPtaW6QLnKY94tcnnW33tbbIs-BOxQ7HpJ0_ycAuk5Fw4nrXXyxQ-Ki1ykLFC-B48Yi1k7I4gmnwaOkUfzDR4UKg9OK/s1600/ganadeiro-sousa-dandrade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKTxF0O2ts545S2KxAGxB2sN-2MgrAb049PJChNYofIDcNjjdfhpPtaW6QLnKY94tcnnW33tbbIs-BOxQ7HpJ0_ycAuk5Fw4nrXXyxQ-Ki1ykLFC-B48Yi1k7I4gmnwaOkUfzDR4UKg9OK/s1600/ganadeiro-sousa-dandrade.jpg" height="320" width="268" /></a></span></div>
<span style="color: red; font-size: large;"><b>IMPERDÍVEL:</b></span><br />
<span style="color: white; font-family: inherit;">Entrevista a José Luis de Vasconcellos e Souza d' Andrade </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: black; color: white;">O Naturales foi falar com </span><span style="line-height: 20px;"><span style="background-color: black; color: white;">José Luis de Vasconcellos e Souza d' Andrade e o resultado foi uma conversa directa e sincera. O Cavaleiro e </span><b><span style="color: red;">G</span></b><b><span style="color: red;">anadero falou sem papas na língua.</span></b></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;">O toiro, o toureio a cavalo, o púbico e a festa em geral foram temas abordados. A não perder!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<strong><em><span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 20px;">"Repare os nossos empresário são uns parvos, eu nem sei para que compram toiros aos ganaderos. Deviam mandar fazer um toiro de corda que lhes dava para a temporada inteira."</span></em></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Foi e é cavaleiro de Alternativa, mas também é ganadero?</strong><br />É verdade comprei a antiga ganadaria Coimbra já lá vão um par de anos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>E porquê a ganadaria Coimbra?</strong><br />Porque sempre foram toiros que me encantaram. Esta ganadaria de encaste Tamaron, Conde de la Corte estava para ir para o matadouro. Toiros encastados, bravos e sem serem parvos. Não gosto de toiros de corda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Toiros de corda?</strong><br />Repare os nossos empresário são uns parvos eu nem sei para que compram toiros aos ganaderos. Deviam mandar fazer um toiro de corda que lhes dava para a temporada inteira. Os senhores que se dizem cavaleiros na maior parte só querem toiros a modo. Ter lá um toiro de corda ou ter lá um "boi preto com cornos" é o mesmo. Quando lhes sai um toiro de verdade, com as complicações inerentes e características da raça brava não podem com eles, vetam, chamam todos os nomes ao ganadero, O problema deles nem é o toiro é a falta de oficio que tem e só sabem de artes de circo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Falou nas características inerente aos toiro de raça brava, quais são elas?</strong><br />A primeira obrigação de um toiro é colher e matar o toureiro. E o toureiro tem que saber "burlar" as suas investidas. Mas estes toureiros de agora como lhe disse se lhes sai um assim até se cagam todos. Um ganadero tem que procurar a bravura, não a comodidade, um toiro desses de agora da moda/corda não passam de uns bois mansos, descastados.<br /><strong>Pelo que diz os seus toiros não estão ao jeito de todos os toureiros, podemos considerar os seus toiros como "duros"?</strong><br />Duros!? Não sei se o são, não costumo comer a carne dos meus toiros. Mas agora fora de brincadeiras não sei o que é um toiro duro!! Sei o que é um toiro bravo ou manso. E os mansos também cá os tenho, mas sem serem da corda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #333333; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 20px;"><strong style="background-color: black;">"Quando vê ai certos números de circo nas praças, acha que o cavalo está no seu juízo perfeito!"</strong></span></em><br />
<em><span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 20px;"><strong style="background-color: black;"><br /></strong></span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong style="background-color: black;">Já falou várias vezes em toiros de corda, fala do encaste Murube especificamente?</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;">Não falo em encastes, cada um tem as suas características. Também há Murubes bravos. Eu falo é de seleção! Olhe a maior parte das pseudo figuras gosta muito de mandar em casa alheia! Tem estragado as ganadarias e acabado com encastes. E sabe porquê Miguel? São maus cavaleiros. Não tem noção se quer do cavalo quanto mais do toiro... Ele são martingalas e quando não as usam à vista usam de outra maneira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>De que maneira?</strong><br />Quando vê ai certos números de circo nas praças, acha que o cavalo está no seu juízo perfeito!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Na sua ganadaria já tentaram mandar?</strong><br />Vão logo porta fora... Aqui mando eu e quem eu quero que mande.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Vejo-o muito desgostoso com a festa, vai aos toiros em Portugal?</strong><br />Muito pouco, só quando lido e nem sempre. Acha que estou para dar dinheiro a artistas de circo. Acha que gosto de ver um boi no centro da praça com um cavalo cheio de martingalas à volta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 20px;"><strong>"Mas como os portugueses o que gostam é de ser enganados, participam na festa."</strong></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: #333333; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong><br /></strong></span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Pelo que diz como ganadero gosta de fereza na praça?</strong><br />Nada disso. Quem procura isso também é um louco, procuro nobreza, casta e bravura. Mas se confunda com a nobreza... Nobreza não é toiros parvos e estúpidos. A malta anda ai confundida com os conceitos de seleção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Andam confundidos?</strong><br />Sim andam, a falta de cultura desta gente e não é só da dos toiros. Mas estes são os piores. Alguns acham que são muito espertos mas não passam de patetas. Mas como os portugueses o que gostam é de ser enganados, participam na festa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Voltemos à ganadaria... Cria toiros em Portugal, teve grande cartel em Espanha e França.</strong><br />Tive e acho que tenho. Mas lá como cá uns touirecos acham que mandam nisto e só querem toiros de corda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Mas acha que lá as coisas se fazem mais a sério?</strong><br />Um bocadinho nas praças importantes tem que gramar com eles em pontas e isso assusta mais. Nas outras praças não lhe cortam mais os cornos porque não podem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Mas como cavaleiro gosta de ver tourear a cavalo?</strong><br />Gosto, mas ele é tão pouco... Tenho quase que ir às memórias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 20px;"><strong>90% não tem nem ideia do toiro nem do toureio. Pensam que entendem. São uns entendidos!</strong></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong style="background-color: black;"><br /></strong></span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>O que é para si tourear a cavalo?</strong><br />Olhe para se tourear a cavalo primeiro tem que se ser cavaleiro e saber o que isso é. Já perguntou a essas personagens que se dizem cavaleiros se sabe o que é ser cavaleiro? O toureio a cavalo está dentro de um quadro em que a equitação académica renascentista se adapta ao combate cavaleiro-toiro. Mas isso nem interessa estar para aqui a falar. Eles nem vestir se sabem como poderão saber do resto...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>E de quem é a culpa?</strong><br />Essa desgraçada morre sempre solteira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong style="background-color: black;">Acha que o público tem a culpa por não exigir?</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit;"><span style="line-height: 20px;"></span><span style="line-height: 20px;">E</span><span style="line-height: 20px;">xigir o quê!? Esses nem sabem o que vão ver, vão para ser vistos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Mas ninguém percebe de toiros em Portugal.</strong><br />90% não tem nem ideia do que é um toiro nem de toureio. Pensam que entendem. São uns entendidos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>E como vê a critica taurina em Portugal?</strong><br />Não vejo. Olhe está aqui a fazer esta entrevista porque me dizem que não faz parte da escumalha que anda ai a deitar palpites.<br />O Miguel acha, não é porque veja ou leia, que se pode triunfar sempre? Uns dos que escrevem se calhar até percebem qualquer coisa, mas como são umas "putas baratas", são logo comprados. Mas das finas também há ai muito...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Está a dizer que a crítica em Portugal é comprada? Isso é uma afirmação grave.</strong><br />Estou! Grave porquê? Mais grave é andarem a esconder os podres, dizerem mentiras e a maior partes das vezes barbaridades. Olhe todos mandam menos o toiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>E em relação ao toiro, pensa que se sabe avaliar o comportamento em praça? Estou a falar da crítica!</strong><br />Dizem quase todos o mesmo, é preto, tem cornos...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: red; font-family: inherit; font-size: large; line-height: 20px;"><strong>"Oh homem isso não são adaptações nenhumas, isso de morder, bater palmas, andar de lado, porque ladear é outra coisa são números de circo, não chame nunca a isso tourear."</strong></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="color: #333333; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong><br /></strong></span></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Agora está muito em voga o toiro cumpriu?</strong><br />Pois estão a falar de borregos. Esses que cumprem nem sabem para que tem os cornos na cabeça.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Onde se vão ver os Sommer em 2014?</strong><br />Onde os quiserem colocar... Não os deve ir ver com esses que se dizem figuras, esses não podem pensar neles. O medo é inerente ao toureio, mas o pavor é uma fraqueza. Nem é pavor é mais falta de conhecimento para os tourear.<br /><strong>Vejo que é pouco adepto destas novas aportações ao toureio a cavalo?</strong><br />Oh homem isso não são adaptações nenhumas, isso de morder, bater palmas, andar de lado, porque ladear é outra coisa são números de circo, não chame nunca a isso tourear.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Já vi que não gosta de circo?</strong><br />Gosto, gosto! Tenho muito respeito pelos palhaços... Mas nos toiros não gosto de ver palhaçadas!<br />Olhe acha que se um toiro investe a direito se pode andar com um cavalo de lado? Só com toiros de corda e carril.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>E um toiro bravo dá para fazer essas habilidades?</strong><br />Não! Mas esses não querem e fogem deles como diabo da cruz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>E como se deve então tourear a cavalo?</strong><br />De frente e ao estribo. Mas isso já não se usa, está fora de moda, é feio e díficil. Agora é só cambiadas e isso é uma mentira, parece que tem perigo, mas não o tem. Se não veja o que caiu em fora de moda? O difícil! Ponha lá esses dos números a deixar vir um toiro de poder a poder e a cravar de frente e ao estribo. Nem o tentam fazer os cavalos só sabem tourear toiros parados e quando aquilo arranca o cavalo e cavaleiro até se cagam. Isto hoje é tudo uma farsa do pior.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>O que me diz da aficion do Campo Pequeno?</strong><br />Das piores, vão lá como lhe disse para serem visto e outros para se verem depois nas fotografias. Vão a Lisboa, é diferente. As senhoras ver os fatos umas das outras e falar ao telefone e nós para vermos umas meninas bonitas nas barreiras. Muito pouca gente vai ver a corrida e esses vêm sempre de lá aborrecidos.<br /><strong>Bom mas onde vamos ver os seus toiros?</strong><br />Penso que vão a Santarém e digo penso porque cá nunca se sabe. Mas pergunte ao meu representante, Rui Piteira, que ele é que sabem bem isso. Eu já nem estou para aturar empresários, cavaleiros, bandarilheiros. Tenho a ganadaria só para me divertir aqui. Na praça como lhe disse a maior parte das vezes nem lá vou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><strong>Sorte para a temporada.</strong><br />Obrigado! Mas a sorte é relativa, acha que um toiro pode ter sorte com esta gente que tomou conta disto?!</span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: inherit; line-height: 20px;">Fonte da entrevista: <a href="http://www.naturales-tauromaquia.com/entrevistas-29/5432-entrevista-a-jose-luis-de-vasconcellos-e-souza-d-andrade" target="_blank"><span style="color: white;">naturales</span></a></span></div>
Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-78110826911914089832014-05-24T09:09:00.000-07:002014-08-04T09:15:15.674-07:00O Duplo Sofrimento dos Touros<br />
Depois do longo sofrimento que os touros padecem durante as touradas, outro tipo de sofrimento os espera até serem mortos num qualquer matadouro.<br />
<br />
Nos curros da praça, e longe dos aficionados que bateram palminhas e gritaram olés ao sofrimento animal e que se estão nas tintas para o que acontece depois, estes animais voltam a sofrer quando lhes são arrancadas as bandarilhas:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL1Qw3EZDZo_2EniuQ5WVGF3VpfhkMOxynney-HwWMffAklSQpFwqVl4EvepyfhsLjynKNbW9i53aq-wg0lDdrEC_gFdC6FFEnSCKdG30dMqkyQhbN15Fy2xE_VSSOJQV7XM5jRXASTgQ/s1600/arrancar-de-farpas-depois-de-tourada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL1Qw3EZDZo_2EniuQ5WVGF3VpfhkMOxynney-HwWMffAklSQpFwqVl4EvepyfhsLjynKNbW9i53aq-wg0lDdrEC_gFdC6FFEnSCKdG30dMqkyQhbN15Fy2xE_VSSOJQV7XM5jRXASTgQ/s1600/arrancar-de-farpas-depois-de-tourada.jpg" height="246" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Extremamente debilitados pela dose dupla de sofrimento, são encaminhados para o camião que os levará ao seu destino final, destino esse que eles pressentem.<br />
<br />
Atenção, o audio/vídeo que se segue, contém sons que podem ferir a sensibilidade de muitos dos nossos leitores:<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/FtSmZJL5eL4" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
E se mais provas fossem necessárias, o ex-presidente da câmara municipal da Azambuja, num comentário postado no facebook, comprova o atrás afirmado, mesmo tendo em conta que o mesmo foi feito porque é um defensor de touradas com a morte do animal na arena.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://protouro.files.wordpress.com/2014/05/comentario-ex-presidente-c-m-azambuja.jpg?w=750&h=467" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://protouro.files.wordpress.com/2014/05/comentario-ex-presidente-c-m-azambuja.jpg?w=750&h=467" height="248" width="400" /></a></div>
<br />
Por muito que a indústria tauromáquica continue a vomitar aberrações tais como os touros têm uma vida de rei, não sofrem assim tanto, etc., a verdade é que este negócio lhes enche os bolsos e lhes permite viver à tripa forra, comprar montados e criar mais e mais animais, porque sabem que à parte do lucrativo negócio da venda dos mesmos, ainda vão receber subsídios estatais, europeus e camarários.<br />
<br />
Tudo o que envolve tauromaquia é um asco, um vómito, um universo de gente atrofiada, que começa nos ganadeiros, passa pelos “artistas”, empresários tauromáquicos e aficionados para terminar nos políticos que se deixam corromper prometendo que jamais permitirão a abolição do espectáculo.<br />
<br />
Só erradicando este cancro que assola o país poderemos evoluir.<br />
<br />
Prótouro<br />
<a href="http://protouro.wordpress.com/2014/05/23/o-duplo-sofrimento-dos-touros/" target="_blank">Pelos touros em liberdade</a>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-7582000802069973432014-05-23T19:14:00.002-07:002014-05-23T19:18:29.531-07:00OPINIÕES E COMENTÁRIO (II) A PROPÓSITO DO PROGRAMA PRÓS & CONTRAS DE 12.05.2014 (II)<br />
FESTA BRAVA<br />
<br />
“Festa, só se for para tauromáquicos, pois que para touros, cavalos e abolicionistas trata-se exclusivamente de fonte de enorme stress e sofrimento. Para abolicionistas acresce ainda o facto de ser motivo para indignação e constante mágoa, o que temos a “agradecer” ao lobby tauromáquico e ao status quo em Portugal”.<br />
Entendo que para se combater a praga tauromáquica há que incidir na educação, a começar por crianças e jovens, a quem se deve revelar a virtude e o dever do respeito pelo bem estar dos animais e, pelo contrário, o mal e a iniquidade que a agressão aos animais implica.<br />
Assim se poderia interromper o ciclo vicioso da fixação tauromáquica para crianças e jovens que estão a ser influenciados pelo meio aficcionado representado por pais, professores, padres, escolas de toureio, touradas, etc, sem que lhes seja revelada a terrível fonte de stress e de sofrimento que a tauromaquia realmente representa.<br />
<br />
Muito reveladoras a este respeito são as intervenções de António Moreno, presidente do CACMA (Colectivo Andaluz Contra o Maltrato Animal) feitas no Parlamento da Catalunha. Estão gravadas em vídeo e disponíveis no You Tube. São de um enorme interesse, um exemplo vivo do que acontece nos meios aficcionados e de como se perpetua a aficcion.. Foi toureiro, caçador, pescador, formado pelo meio onde cresceu e seguindo o exemplo do pai e familiares. Fizeram-no crer durante o seu desenvolvimento que os toureiros eram bons, valentes, heróis e que os cavalos eram bons, que os aficcionados eram cultos e amigos, que a tourada era um espectáculo cultural, uma festa, um divertimento. Adorava o seu cão. Especismo perfeito! O touro era considerado a besta maligna, a fera que devia ser toureada, torturada e morta. O animais eram para serem caçados, talvez torturados e devorados, os peixes eram para serem pescados e comidos. Tudo lhe foi transmitido progressivamente, sem contraditório. Aos 35 anos teve um clic ao lidar um touro e reparar, finalmente, no seu olhar desesperado e no borbulhar do sangue que saía da boca às golfadas. Pela primeira vez reconhecera o que é um touro. Abandonou tudo, para sempre! Evoluiu naquele instante! Nunca mais caçou, pescou ou toureou. Deixou de se alimentar de animais.Tornou-se um dedicado protector. E tudo isso revelou a um Parlamento mudo a escutá-lo. Impressionante!<br />
<br />
(tenciono abordar a seguir as falaciosas, fantasiosas, quase incríveis intervenções e negações dos tauromáquicos, frequentemente eles comentando e interrompendo a argumentação dos abolicionistas de modo politiqueiro e demasido consentido, com destaque para o Helder Milheiro, um parlador e destabilizador bastante atrevido, sem ter dito algo de positivo).<br />
<br />
Vasco ReisMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-5454819524682701952014-05-23T19:13:00.000-07:002014-05-23T19:13:03.319-07:00OPINIÕES E COMENTÁRIO A PROPÓSITO DO PROGRAMA PRÓS & CONTRAS DE 12.05.2014<br />
FESTA BRAVA.<br />
<br />
Festa, só se for para tauromáquicos, pois que para touros, cavalos e abolicionistas trata-se exclusivamente de fonte de enorme stress e sofrimento. Para abolicionistas acresce ainda o facto de ser motivo para indignação e constante mágoa, o que temos a “agradecer” ao lobby tauromáquico e ao status quo em Portugal.<br />
<br />
Os tauromáquicos têm a seu favor uma tradição cruel, legislação de excepção permissiva, subsídios, falácias, negócios.<br />
Nós, abolicionistas, temos a consciência, a ciência, a compaixão e a ética como aliados, tudo para protecção de touros, cavalos, pessoas e prestígio do país.<br />
<br />
Enfrentaram-se duas equipas debatendo: uma CONTRA e a outra PRÓ TAUROMAQUIA.<br />
Falanges de apoio a cada uma das equipas numa proporção de cerca de 1 para 3 ?<br />
O tempo concedido foi mais extenso para a equipa PRÓ.<br />
A moderadora actuou a favor dos PRÓ. Foi recompensada no fim do programa com efusivos agradecimentos, beijos e abraços de adeptos da tauromaquia.<br />
Serviu a tauromaquia e ajudou a justificar a opção da RTP e do seu presidente, Alberto da Ponte, pela publicitação dos cruéis, vergonhosos, bárbaros espectáculos, à custa do sofrimento de touros e cavalos e da nossa indignação e da nossa contribuição forçada, ao contrário do que deveria ser um serviço público de qualidade e evoluído.<br />
Por essas e por outras não assisto aos programas da televisão pública desde há muito.<br />
Acho que devíamos ter abandonado a sala, quando percebemos o logro, assim como fez o Nuno Costa. Fica para a próxima?<br />
<br />
A intervenção de todas e de todos abolicionistas foi positiva, ou seja elucidativa, bem fundamentada. digna, educada, assim também a do grupo de apoio, em contraste com a facção PRÓ TAUROMAQUIA. A tarefa era difícil, até pelo ruído e pelas provocações dos PRÓS com pouca moderação da FCF.<br />
<br />
Mas não compartilho da afirmação de que os bovinos de lide usufruem de uma vida muito boa até serem arrancados daí e empurrados para o sacrifício da lide.<br />
Imagino, ao contrário, o sofrimento no marcar a fogo ou a frio e o que se passa em tentas e em treinos e festejos taurinos privados por esse país fora, em escolas de toureio, em acções de varas com aguilhões de campinos, etc.<br />
<br />
Não compartilho qualquer entendimento com tauromáquicos, quando se aborda a tauromaquia. Qualquer proeminente, intelectual, artista, escritor que defenda a coisa, deixa de ter o meu interesse, a minha consideração. Esqueço ou ignoro a sua prestação. Arrumo-o numa lista a não consultar. Quem defende tortura de animais, seja por que razão se invoque, para mim não tem interesse e não é boa pessoa, nem pode ser bom político.<br />
Não reconheço a tauromaquia como arte. Para mim é requintada malvadez e não merece qualquer admiração, aplauso e, muito menos, autorização e subsídio.<br />
Embora não seja só isso, é sempre a continuação de uma série de tradições bárbaras, para satisfação da agressividade e do gosto desumano pelo espectáculo de tortura e morte.<br />
Reconheço, no entanto, que outras atitudes podem ser úteis em abordagem com politicos sobre a tauromaquia. Mas, comigo não!<br />
Entendo que para se combater esta praga há que incidir na educação, a começar por crianças e jovens, a quem se revelarão as vantagens do respeito pelo bem estar de animais não humanos e humanos para tudo e para todos e, pelo contrário, o mal que a agressão aos animais implica.<br />
<br />
Vasco Reis,<br />
médico veterinárioMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-65835559815244569622014-05-22T16:03:00.001-07:002014-05-22T16:03:35.495-07:00Sobre o tratamento dos cavalos e dos instrumentos que são usados para os domarO cavalo é um animal que procura evitar o perigo através da fuga. No entanto, este animal sociável, generoso, tornado submisso, é obrigado na lide a enfrentar o touro pelo respeito/receio que o cavaleiro lhe incute por meio da voz, por inclinações do corpo, por pressão das pernas e pela pressão e dor que instrumentos utilizados pelo cavaleiro lhe provocam (serreta, freio, bridão, barbela, rédeas, esporas).<br />
<br />
O sofrimento psicológico e físico do cavalo está sempre presente na lide e incide principalmente no foro psíquico, na boca através de freio e bridão, na mandíbula pela barbela, no chanfro pela serreta e no ventre pelas esporas.<br />
<br />
O grau de sofrimento depende da acção do cavaleiro ser mais ou menos violenta, provocando mais ou menos dor. A acção da serreta pode ser forte a ponto de ferir o chanfro e até partir os ossos nasais subjacentes ao chanfro. Há casos de cavalos que morrem durante a lide por síncope cardíaca provocada por esforço e por pânico.<br />
<br />
<b>A tourada significa enorme sofrimento para touros e cavalos.</b><br />
<br />
<br />
<a href="http://protouro.wordpress.com/2013/11/20/tauricida-espanhol-multado-por-maltrato-animal/" target="_blank"> Tauricida Espanhol Multado por Maltrato Animal</a><br />
<i>*No caso desta punição, tratou-se simplesmente de resultado de violência bem detectada ou de mais atenção prestada por quem denunciou, mas não se trata de um caso isolado.</i><br />
<i><br /></i>
Vasco Reis, médico veterinário<br />
aposentadoMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-49917235522141593602014-05-22T15:59:00.000-07:002014-05-22T15:59:35.210-07:00O percurso do Cavalo usado no toureio à portuguesa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqri3TZHw1FblMnS_Kwe0d78Lfh6GXGd_pvcf9f2IgOnw9oCK14aWkve9adtmvNx-Xpj9UULYB8U4xmIBR59N7IPvnzaW2GmW_J127Cg3qNcNB-LeE6N0nKt7kHAMlcLu2iPGYxI1Haq8/s1600/15888690_DZTiR.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqri3TZHw1FblMnS_Kwe0d78Lfh6GXGd_pvcf9f2IgOnw9oCK14aWkve9adtmvNx-Xpj9UULYB8U4xmIBR59N7IPvnzaW2GmW_J127Cg3qNcNB-LeE6N0nKt7kHAMlcLu2iPGYxI1Haq8/s1600/15888690_DZTiR.jpeg" height="350" width="400" /></a></div>
<br />
Como animal veloz que é, procuraria a segurança pondo-se à distância daquilo que lhe pareça estranho ou que considere ser perigoso.<br />
<br />
Mas, no treino e na lide montada, ele é dominado pelo cavaleiro, seja pelo “Hackamore”/ serreta / serrilha, “jaquima” em espanhol, actuando contra o chanfro e provocando maior ou menor incómodo, seja pelos ferros na boca, puxados pelas rédeas e actuando sobre a língua e as gengivas (bridão - com acção de alavanca - e freio, ambos apertados contra as gengivas por uma corrente de metal à volta do maxilar inferior, a barbela), artefactos susceptíveis de se tornarem muito castigadores.<span style="color: red;"><b>*1</b></span><br />
<br />
É incitado pela voz do cavaleiro e por outras acções, chamadas de “ajudas”, como sejam as esporas que são cravadas no ventre, provocando dor e, frequentemente, feridas sangrentas.<br />
É impelido para a frente pela acção das esporas, devido à dor que elas lhe provocam, e a voltar-se ou parar pela tracção das rédeas, devido ao incómodo ou dor que provocam, seja no chanfro, ou na boca e, também, pelo inclinar do corpo do cavaleiro.<b><span style="color: red;">*2</span></b><br />
Ao ser utilizado pelo cavaleiro como veículo para combater e vencer o touro, o cavalo é submetido a enorme ansiedade e esforço, o que até lhe pode causar a morte por colapso dos aparelhos respiratório e circulatório.<br />
<br />
Resumindo: o cavalo é obrigado a enfrentar o touro pelo respeito/receio que tem do cavaleiro, que o domina e o castiga, até cravando-lhe esporas no ventre e provocando-lhe dor e desequilíbrio na boca. Isso transtorna-o de tal maneira, que o desconcentra do perigo que o touro para ele representa de ferimento e de morte e quase o faz abstrair disso.<br />
Portanto, a afirmação de cavaleiros tauromáquicos de que gostam dos seus cavalos e que lhes querem proporcionar bem estar, soa estranha e hipócrita.<br />
A lei é omissa quanto ao controlo de dopagem, o que permite manipulações e abusos para serem mascaradas situações dolorosas e problemas de saúde, especialmente dos membros do cavalo.<br />
Revoltante e vergonhoso é que tal crueldade seja permitida legalmente, feita espectáculo e publicitada.<br />
<br />
Vasco Reis, médico veterinário<br />
aposentado<br />
<br />Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-47367892961688894072014-05-20T16:19:00.001-07:002014-05-20T16:20:14.008-07:00A Psicologia do Touro de Lide<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQVw0fgonLqZ8CQpfp1CLOChuHRqi7JTuaqxwi_zLdxHsI9nxm9-wf-_UbjEniBlgcrlp-d7ixS-CvrDUE5tGAlIETgJN76UDofph3Voidi-GKP-sAkcw71locTqG9dODRPme62p2906s/s1600/tourobravo3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQVw0fgonLqZ8CQpfp1CLOChuHRqi7JTuaqxwi_zLdxHsI9nxm9-wf-_UbjEniBlgcrlp-d7ixS-CvrDUE5tGAlIETgJN76UDofph3Voidi-GKP-sAkcw71locTqG9dODRPme62p2906s/s1600/tourobravo3.jpg" height="400" width="267" /></a></div>
<br />
O texto que abaixo transcrevemos e traduzimos e que é apenas um excerto do original, descreve e bem o comportamento dos touros de lide ou bravos.<br />
Este texto pertence ao “El Cossío”, a enciclopédia tauromáquica Os Touros.<br />
<br />
O “El Cossío”, é um tratado técnico e histórico escrito por José Maria de Cossío e que foi publicado pela primeira vez em 1943. É o tratado mais extenso e documentado que existe sobre tauromaquia e corridas de touros. Daí ser definido com a “a Bíblia dos touros”.<br />
Os sublinhados são da nossa autoria.<br />
<br />
<b>A Psicologia do Touro de Lide</b><br />
<br />
Em todos os animais existem fenómenos tais como os digestivos ou respiratórios, que ocorrem quase que inadvertidamente: são os fenómenos orgânicos. Em contrapartida existem outros, tais como efeitos de um tóxico ou reacções à luz, ao som ou outros agentes exteriores que impressionam o animal, que tem consciência dos mesmos e que pertencem à categoria dos psíquicos. Como tal, no touro, tal como em todos os animais superiores, fenómenos desta natureza acontecem.<br />
Toda a consciência supõe um sujeito que percebe ou sente. As propriedades deste eu ou as suas reacções especiais são o que chamamos carácter.<br />
<br />
Para pontualizar como e quais destes fenómenos psíquicos se apresentam no touro, devemos estudá-lo na natureza. Os animais carnívoros, guiados pelo seu instinto de preservação, buscam uma presa viva que os alimente e estão sempre dispostos a atacar e a matar; são dotados de combatividade permanente e sempre prontos para a luta. As suas faculdades mentais foram treinadas desta forma e fazem com que sejam astutos e peritos em perseguir e caçar a sua presa.<br />
<br />
Os ruminantes, entre os quais se encontram os touros, animais herbívoros, pelo contrário, não necessitam de atacar ninguém. O touro não ataca nenhuma espécie de animais, nem ataca o homem. O que um animal herbívoro faz é defender-se de um que seja carnívoro. Por isso os bovinos têm fortes reacções defensivas e são medrosos e assustadiços.Tão medrosos que já no séc. XVI Diego Ramírez de Haro observava que o touro quando pasta o faz recuando. Esperam sempre o ataque, sobretudo quanto se encontram isolados da manada ou quando têm que defender a sua prole. Quando tal acontece, investem sem sequer se aperceberem da superioridade que o inimigo possa ter e fazem-no sempre de forma cega e imparável.<br />
<br />
As investigações do padre jesuíta Laburu<br />
<br />
A investida do touro é um instinto que existe em qualquer animal, investe para se defender, como o leão para apanhar a sua presa e como todos os animais na época de cio. O bezerro, poucas horas depois de nascer já mostra instinto de investir mesmo que mal se consiga aguentar de pé.<br />
<br />
Em colectividade, o touro verdadeiramente bravo nunca investe contra os outros e consciente do seu poder, é pacífico e calmo.<br />
<br />
O touro muge de diversas formas e expressa distintamente o seu estado de animo: muge quando está com o cio, quando luta, quando pede ajuda ou quando foge.<br />
<br />
Os estudos de Sanz Egaña<br />
<br />
O touro investe em objectos ou seres em movimento, por medo; o touro ante um movimento, repara e assusta-se; o medo fá-lo correr sem direcção; o touro investe na capa porque esta lhe molesta a visão e cansa a sua retina e devido a essa dor investe, para se libertar da mesma.<br />
<br />
A sensação<br />
<br />
As sensações do touro são muito intensas, especialmente as do olfacto e audição. Se um touro morre em certo lugar e esse lugar não foi perturbado, podem passar 3 ou 4 anos e todas as reses que por ali passam cheiram-no e mostram que se deram conta de tal facto. O menor ruído que se faça no campo ou na praça põe a rês em guarda e a sua atitude demonstra inquietude. Qualquer objecto brilhante ou de cores vivas assusta-a. Embora a vista do touro não seja muito desenvolvida ao contrário do que acontece com outros animais, cores como os cinzentos, verdes ou azuis pálidos, ferem muito menos a sua sensibilidade que os vermelhos ou amarelos.<br />
<br />
Vida afectiva<br />
<br />
O touro sente simpatia ou antipatia por pastores ou lugares nos quais encontra sensações gratificantes ao ponto de se deixar acariciar por crianças. Não gosta de variar de lugar, come sempre no mesmo sítio e recordando lugares onde viveu, pode percorrer distâncias enormes, voltando se puder, ao seu campo quando é separado dele; tem uma facilidade enorme em recordar e reconhecer caminhos.<br />
<br />
Vida activa<br />
<br />
Devido ao seu instinto de associação, os touros gostam de viver em manada e excitam-se quando se vêem sós daí que ataquem tudo o que lhes aparece pela frente.<br />
<br />
Prótouro<br />
Pelos touros em liberdadeMª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-76268969042659046642014-05-18T11:35:00.000-07:002014-08-04T11:37:05.522-07:00 Bestiais Farpas portuguesas:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-KnhmY__MCnbPIJx2qvyXvRmHeyjPr2UoIQihpc6Gr7o4QdSA3OqQAr6guTmwCR07Q3s3jz0Q1UazHwhPYKKzj-5qhYbBYdRp5xdM9mRazjhmwvnOiu8lp7xRUnVXawY5Hs66R-mVvNo/s1600/moitaflores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-KnhmY__MCnbPIJx2qvyXvRmHeyjPr2UoIQihpc6Gr7o4QdSA3OqQAr6guTmwCR07Q3s3jz0Q1UazHwhPYKKzj-5qhYbBYdRp5xdM9mRazjhmwvnOiu8lp7xRUnVXawY5Hs66R-mVvNo/s1600/moitaflores.jpg" height="241" width="400" /></a></div>
<br />
Dr. Francisco Flores in "Um Documentário Bestial".<br />
<a href="https://www.blogger.com/%C2%A0http://youtu.be/2w2bDOiouT4" target="_blank"> http://youtu.be/2w2bDOiouT4</a><br />
<br />
<br />
Artigo 43º do Regulamento do Espectáculo Tauromáquico<br />
Ferragem<br />
1 - A ferragem destinada à lide de touros e novilhos obedece às características seguintes:<br />
<br />
a) As bandarilhas devem medir 70 cm de comprimento, ser enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 20mm de largura;<br />
<br />
b) As farpas ou ferros compridos e os ferros curtos devem medir, respectivamente, 140 cm e 80 cm de comprimento, com ferragem idêntica à da bandarilha, mas com dois arpões, e ser enfeitados e rematados da mesma forma que as bandarilhas.<br />
<br />
2 - As bandarilhas a colocar a duas mão pelo cavaleiro devem medir 90 cm de comprimento.<br />
<br />
3 - Os ferros compridos devem partir de modo que 35 cm fiquem na rês e o restante na mão do cavaleiro.<br />
<br />
4 - A ferragem a utilizar na lide de garraios ou vacas deve ser enfeitada da mesma forma que as bandarilhas e rematada com um ferro que não exceda 3 cm de comprimento, com arpão até 1 cm de largura.<br />
<br />
5 - ...<br />
<br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/JuventudeAntiTouradaPortugalMundo/photos/pb.373933776015645.-2207520000.1407176430./639800932762260/?type=3&theater" target="_blank"> Juventude anti-tourada Portugal & Mundo</a>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2430776097958236757.post-7874461028497357932014-05-16T17:54:00.000-07:002015-08-27T10:48:47.297-07:00O touro tem uma vida de rei durante 5 anos e depois sofre na arena durante 20 minutosDeveria preocupar-nos o carácter doentio de criar animais para os sujeitar a um ritual de tortura antes de os matar. Até porque sabemos que violência é violência, qualquer que seja a vítima e não é por acaso que diversos estudos no âmbito da psicologia, demonstrem que todos os serial killers treinaram os seus dotes primeiro em animais.<br />
<br />
É a sede de dominar e de subjugar que emana deste tipo de cultura, donde provém igualmente a violência doméstica (em que o mais forte necessita permanentemente de afirmar a sua superioridade através da submissão dos mais fracos).<br />
<br />
Se o simples abandono de animais de estimação é consensualmente condenado pela população, por que motivo devemos aceitar que outros torturem touros, por mais bem estimados que sejam?<br />
<br />
<br />
(DES)Argumentos: tauromaquia<br />
<a href="http://www.esquerda.net/dossier/c%C3%A1bula-para-o-especialista-instant%C3%A2neo-em-direitos-dos-animais/22145" target="_blank">Fonte</a>Mª de Lourdeshttp://www.blogger.com/profile/15311507676829972104noreply@blogger.com0