Da maioria dos deputados que pululam a Assembleia da República não há nada que possamos esperar no que respeita aos direitos dos animais e à abolição da tauromaquia. O que é inaceitável é a hipocrisia. A maioria parlamentar é contra a proibição de transmissão de touradas pelo canal público!
O canal que é pago por todos os contribuintes deste país.
Segundo estes senhores quem “não aprecia o espectáculo tauromáquico pega no telecomando e muda de canal”.
De facto existe um comando que permite a qualquer adulto mudar de canal se não apreciar o programa em questão. Mas nós perguntamo-nos e quando quem está a assistir é um menor? Porque o objectivo deste projecto de lei é precisamente evitar que menores assistam a programas violentos.
A tourada é um espectáculo violento essa é a realidade ainda que os aficionados proclamem o contrário. Torturar um animal numa praça pública para diversão é inaceitável, é violento e é inadmissível. Um Estado que se arroga em defensor dos direitos dos menores e depois permite que esses mesmos menores possam assistir pela televisão a programas deste teor, não é um Estado protectivo dos interesses desses menores, antes pelo contrário é um Estado permissivo quando permite este tipo de programas.
Um espectáculo tauromáquico não é um filme de ficção, na praça de touros, animais de carne e osso, tal como nós, estão a ser torturados com banderilhas, ferros compridos e curtos. No fim acabam nos curros até serem conduzidos ao matadouro mais próximo para serem abatidos. Se o Estado está verdadeiramente preocupado com as crianças e não quer que as mesmas sejam confrontadas com violência então só tem que proibir este tipo de espectáculos, especialmente no canal público que todos nós pagamos.
A TVE, canal público espanhol, desde 2006 que deixou de transmitir touradas e porquê? Para proteger os menores. Mas nós ainda continuamos na cauda da Europa.
Lei: Proposta do BE não será acolhida por PSD e CDS
Maioria mantém touradas na TV
Os partidos do Governo, PSD e CDS-PP, não estão receptivos à proposta de lei do BE, que quer impedir a RTP de transmitir touradas e limitar a exibição nos privados, SIC e TVI.
O tema vai ser debatido em plenário a 4 de Julho, mas, apesar de o BE contar com “o apoio do PS”, diz a deputada Catarina Martins, não tem o da maioria.
“Proibir, dirigir o que as pessoas podem ver, enfim, condicionar, não respeita a liberdade de escolha”, explica ao CM Raul de Almeida. Para o deputado do CDS-PP, quem “não aprecia o espectáculo tauromáquico pega no telecomando e muda de canal”.
Opinião partilhada pelo PSD. Para a deputada Francisca Almeida, “não faz sentido mudar a lei”. “Compreendemos quem está contra, mas mantemos a nossa posição de equilíbrio relativamente a esta matéria e, nessa linha, não faz sentido.”
Ainda assim, PSD e CDS garantem estar a tratar com “todo o rigor e dignidade os projectos”. “Também temos colegas da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e ainda a Comissão da Cultura a analisar com toda a atenção as propostas, uma vez que há matérias que estão no âmbito do seu trabalho”, revela ao CM Raul de Almeida.
O BE diz que a lei não é clara nesta matéria, pelo que propõe que “a RTP não transmita touradas” e que a exibição na SIC e TVI seja apenas “após as 22h30 e com a ‘bolinha vermelha’, com o objectivo de proteger as pessoas que sejam mais sensíveis”, explica Catarina Martins.
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