Num paradigma de sociedade normal, desfrutar de um acto público de tortura de um animal é impensável. É moral e eticamente condenável tirar partido da agonia de outro ser. Através da formação e valores passados entre famílias, a sanidade implícita na postura de respeitar o bem-estar de todos os animais, humanos e não humanos, é substituída por um regime de exceção que diz: “Faremos o bem a todos, menos aos touros, que existem é para serem toureados.” Frequentemente, esta precoce programação mental a que estão sujeitos os aficionados é levada a cabo pelas suas famílias, num acto de transmissão da sua própria cultura e valores antigos. O aficionado cresce num meio onde a tortura implícita na tourada é legitimada, promovida e perpetuada, associada a valores familiares, negócios, estatuto social…
Quando as questões envolvem valores éticos e direitos fundamentais, inalienáveis e inerentes a animais sencientes (humanos e não humanos), fazê-los depender de interpretações subjectivas – como seja valorizar interesses triviais da mentalidade dominante – num relativismo cultural é inaceitável.
É por isso que fenómenos culturais tais como a excisão do clitóris nas meninas de alguns países africanos ou a lapidação das mulheres adúlteras, chocam o mundo ocidental que considera – e muito bem – que o relativismo cultural e a tradição não podem caucionar práticas que cerceiam liberdades básicas e direitos fundamentais, como sejam a integridade física, por exemplo.
Se bem nos recordarmos, a mesma questão pôs-se na altura da implementação dos novos regulamentos sobre os locais em que se pode fumar: durante toda a vida os fumadores impuseram o seu fumo aos outros; os governos dos países ocidentais foram acusados de extremismo e falta de tolerância quando decidiram proteger as vítimas dessa prática: os fumadores passivos.
Resumindo em duas frases:
-à tourada não vai só quem quer; vai quem para isso foi programado.
- não acorrer em defesa de quaisquer vítimas é um acto de cobardia, indiferença e de conivência com o crime; não de tolerância.
Fonte
Páginas
- Cidades Anti taurinas
- Consequências de ver videos de touradas em crianças
- Toureiro: assassino ou agente cultural?
- Ética e touradas
- Leonardo Anselmi.. Inspiração!
- Legislação
- "Um Passo em Frente" - Campanha ANIMAL "Nova Lei de Protecção dos Animais".
- "Taking The Face: The Portuguese Bullfight"
- As touradas: Violência e Maltrato dos Animais
- "Festa de Sangue"
- Bullfighting through the eyes of a vet
- Der Stierkampf aus Sicht eines Veterinärs
- A tourada vista por um médico veterinário
- Páginas e grupos ANTI-tauromaquia em Portugal
- UM DOCUMENTARIO BESTIAL / A BEASTLY DOCUMENTARY
- Regulamento do Espectáculo Tauromáquico
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Concordo infinitamente. Bem haja quem pensa assim e FAZ algo. Eu tenho tentado também.
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