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terça-feira, 20 de maio de 2014
A Psicologia do Touro de Lide
O texto que abaixo transcrevemos e traduzimos e que é apenas um excerto do original, descreve e bem o comportamento dos touros de lide ou bravos.
Este texto pertence ao “El Cossío”, a enciclopédia tauromáquica Os Touros.
O “El Cossío”, é um tratado técnico e histórico escrito por José Maria de Cossío e que foi publicado pela primeira vez em 1943. É o tratado mais extenso e documentado que existe sobre tauromaquia e corridas de touros. Daí ser definido com a “a Bíblia dos touros”.
Os sublinhados são da nossa autoria.
A Psicologia do Touro de Lide
Em todos os animais existem fenómenos tais como os digestivos ou respiratórios, que ocorrem quase que inadvertidamente: são os fenómenos orgânicos. Em contrapartida existem outros, tais como efeitos de um tóxico ou reacções à luz, ao som ou outros agentes exteriores que impressionam o animal, que tem consciência dos mesmos e que pertencem à categoria dos psíquicos. Como tal, no touro, tal como em todos os animais superiores, fenómenos desta natureza acontecem.
Toda a consciência supõe um sujeito que percebe ou sente. As propriedades deste eu ou as suas reacções especiais são o que chamamos carácter.
Para pontualizar como e quais destes fenómenos psíquicos se apresentam no touro, devemos estudá-lo na natureza. Os animais carnívoros, guiados pelo seu instinto de preservação, buscam uma presa viva que os alimente e estão sempre dispostos a atacar e a matar; são dotados de combatividade permanente e sempre prontos para a luta. As suas faculdades mentais foram treinadas desta forma e fazem com que sejam astutos e peritos em perseguir e caçar a sua presa.
Os ruminantes, entre os quais se encontram os touros, animais herbívoros, pelo contrário, não necessitam de atacar ninguém. O touro não ataca nenhuma espécie de animais, nem ataca o homem. O que um animal herbívoro faz é defender-se de um que seja carnívoro. Por isso os bovinos têm fortes reacções defensivas e são medrosos e assustadiços.Tão medrosos que já no séc. XVI Diego Ramírez de Haro observava que o touro quando pasta o faz recuando. Esperam sempre o ataque, sobretudo quanto se encontram isolados da manada ou quando têm que defender a sua prole. Quando tal acontece, investem sem sequer se aperceberem da superioridade que o inimigo possa ter e fazem-no sempre de forma cega e imparável.
As investigações do padre jesuíta Laburu
A investida do touro é um instinto que existe em qualquer animal, investe para se defender, como o leão para apanhar a sua presa e como todos os animais na época de cio. O bezerro, poucas horas depois de nascer já mostra instinto de investir mesmo que mal se consiga aguentar de pé.
Em colectividade, o touro verdadeiramente bravo nunca investe contra os outros e consciente do seu poder, é pacífico e calmo.
O touro muge de diversas formas e expressa distintamente o seu estado de animo: muge quando está com o cio, quando luta, quando pede ajuda ou quando foge.
Os estudos de Sanz Egaña
O touro investe em objectos ou seres em movimento, por medo; o touro ante um movimento, repara e assusta-se; o medo fá-lo correr sem direcção; o touro investe na capa porque esta lhe molesta a visão e cansa a sua retina e devido a essa dor investe, para se libertar da mesma.
A sensação
As sensações do touro são muito intensas, especialmente as do olfacto e audição. Se um touro morre em certo lugar e esse lugar não foi perturbado, podem passar 3 ou 4 anos e todas as reses que por ali passam cheiram-no e mostram que se deram conta de tal facto. O menor ruído que se faça no campo ou na praça põe a rês em guarda e a sua atitude demonstra inquietude. Qualquer objecto brilhante ou de cores vivas assusta-a. Embora a vista do touro não seja muito desenvolvida ao contrário do que acontece com outros animais, cores como os cinzentos, verdes ou azuis pálidos, ferem muito menos a sua sensibilidade que os vermelhos ou amarelos.
Vida afectiva
O touro sente simpatia ou antipatia por pastores ou lugares nos quais encontra sensações gratificantes ao ponto de se deixar acariciar por crianças. Não gosta de variar de lugar, come sempre no mesmo sítio e recordando lugares onde viveu, pode percorrer distâncias enormes, voltando se puder, ao seu campo quando é separado dele; tem uma facilidade enorme em recordar e reconhecer caminhos.
Vida activa
Devido ao seu instinto de associação, os touros gostam de viver em manada e excitam-se quando se vêem sós daí que ataquem tudo o que lhes aparece pela frente.
Prótouro
Pelos touros em liberdade
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