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sábado, 7 de julho de 2012

Portugal apoia a tortura animal. É uma vergonha !

tourada
Isto é uma vergonha! Mesmo quem detesta as touradas, mesmo os que lutam com dificuldade para sustentar a famía têm que pagar salários a estes senhores da "arte da tortura". Quem mais teremos nós de sustentar? Se o estado português financia uns porque não financia outros? Serão as touradas um bem essencial?

Vamos lá compreender: corta-se em educação, corta-se em saúde, corta-se em solidariedade social, corta-se na segurança pública, mas gasta-se quase 10 milhões de euros em touradas no espaço de um ano. Não existe ajuda para os pobres e para os deficientes que perderam o direito a transportes e a consultas, mas existe para os ricos. Sei que subsidiar em prioridade o povo português no que mais necessita, dá menos lucros a esta nova geração de governantes, mas em contra partida, poderia libertar a consciência. A tal consciência patriótica, caso ainda exista...
Em tempo de crise, temos que assistir à falência de famílias, enquanto o estado mantém subsídios para torturar animais? Creio que existem prioridades... Temos que aguentar e sustentar tudo isto, e ainda somar-lhe os desfalques que certos governantes fazem ao país em seu proveito próprio. Não há carga fiscal que aguente tanta incompetência e injustiça na gestão dos nossos impostos.
>Os promotores tauromáquicos dizem que defendem a cultura. Eis a cultura que os move: a cultura do dinheiro público entregue a fundo perdido. Há pessoas que enriquecem em Portugal com dinheiro dos contribuintes que é desperdiçado em touradas.

Eis a lista vergonhosa:
Ortigão Costa
Lupi
Passanha
Palha
Ribeiro Telles
Câmara
Veiga Teixeira
Freixo
1.236.214 €
980.437 €
735.847 €
772.579 €
472.777 €
915.637 €
635.390 €
568.929 €


Cunhal Patrício
Brito Paes
Pinheiro Caldeira
Dias Coutinho
Cortes de Moura
Rego Botelho
Cardoso Charrua
172.798 €
441.838 €
125.467 €
389.712 €
313.676 €
420.673 €
80.759 €
Romão Moura
Brito Vinhas
Romão Tenório
Sousa Cabral
Varela Crujo
Assunção Coimbra
Murteira
248.378 €
53.686 €
283.173 €
318.257 €
188.957 €
330.789 €
137.019 €

Subsídios do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) no valor de € 9.823.004 atribuídos em 2011 às empresas e membros das famílias da tauromaquia, segundo Informação publicada no Diário da República.

Em apenas 5 anos (2006-2010) as grandes dinastias da tauromaquia receberam cerca de 31.243.390 € em subsídios do IFAP.

“Portugal utiliza fundos Europeus para financiar a tauromaquia"
Dois deputados catalães, Raul Romeva (ICV) e Oriol Junqueras (ERC), pediram à Comissão Europeia para parar o financiamento às instalações taurinas em Portugal com fundos comunitários do desenvolvimento rural.

Os deputados acusam a Portugal de utilizar recursos para obras de desenvolvimento rural em instalações de tourada e preparam já uma série de perguntas a realizar na comissão:
A Comissão tem conhecimento deste financiamento de instalações para espectáculos tauromáquicos com fundos destinados ao desenvolvimento rural? Considera reprovável que instalações tauromáquicas sejam financiadas com fundos comunitários? A reabilitação desta praça de touros é conforme ao Tratado de Lisboa, nomeadamente às suas disposições relativas ao bem-estar animal? A Comissão tem conhecimento de outras utilizações de fundos europeus em obras e projectos relacionados com a tauromaquia?.”

Para os dois deputados o uso de dinheiro público para financiar a reforma de uma praça de touros “implica uma falta de respeito para com as regiões europeias com maior desigualdade económica e que necessitam de tais fundos para realizar obras de infra-estrutura e projectos necessários”

marrada de toiroSetubal: Tourada sim, os deficientes que esperem...

Assento Parlamentar (BE) por Leonardo Silva.
Touradas S.A. Foi anunciado que, por alturas da Feira de Santiago, haveria uma tourada. Esta foi feita com dinheiros públicos. 15.000 € ofertava a Câmara Municipal de Setúbal com o apoio incompreensível do Vereador dos Verdes André Martins para um retrocesso civilizacional.

O Executivo presidido por Maria das Dores Meira visa reabilitar a Praça Carlos Relvas em sistema de Parceria Público Privada, sendo que em 216.000 € investidos pelo privado (Empresa Aplaudir) para gerir o espaço durante 12 anos, 120 000 € vêm do erário público municipal, pago em prestações "suaves" que comprometem os próximos 6 anos, ou seja, este e o próximo executivo... que pensar quando se sabe que esta verba permitiria atenuar com alguns dos problemas por que passa, a Associação de Apoio aos Deficientes e Amigos de Setúbal? Esta ainda aguarda resposta para os mais simples auxílios. Uma cadeira de rodas eléctrica custa 2600€, parece-nos que a exigência de apoio para adquirir pelo menos cinco, feita à Presidente, para funcionarem em sistema de partilha. os valores implicados nesta espécie de PPP são pornográficos e socialmente criminosos. Não podem usar o dinheiro de todos setubalenses, para manchar o chão da cidade com bárbaras torturas sobre os animais, nem o podem usar sem critérios sabendo das grandes necessidades desta nossa gente. A Câmara não deve e não tem de pagar mais de metade do investimento privado.
Pelos Animais e pelas Pessoas, não são tempos para usar dinheiros públicos em touradas. Haja decência!

Em Setúbal o gosto do sangue paga-se caro. Na Praça Carlos Relvas a dignidade humana atingirá este ano um dos seus pontos mais baixos.

touradas, não Câmara Municipal de Santarém

Câmara Municipal de Santarém gastou 104.763 euros em bilhetes para oferecer para as três corridas de toiros que se realizaram em Junho na Monumental Celestino Graça. A aquisição foi feita à empresa que explora o recinto, a Aplaudir, e os ingressos distribuídos à população através da câmara e das juntas de freguesia.

A aposta do presidente da câmara, Francisco Moita Flores (PSD), em dar vida nova à velha praça de toiros tem sido feita também com a ajuda dos contribuintes, o que motiva críticas do candidato da CDU à presidência da câmara. “Assim é fácil encher praças de toiros. Os 65 mil habitantes do concelho não têm que pagar touradas a 4 ou 5 mil”, diz José Marcelino, referindo que desconhece os critérios para a atribuição dos bilhetes.
São comprados dois mil bilhetes, a preços entre os cinco e os 10 euros, sendo dados mil para serem distribuídos pelas juntas de freguesia. Os restantes são para o município oferecer. Mas os contratos por ajuste directo celebrados entre a autarquia e a empresa revelam números superiores: nas corridas de 6, 10 e 14 de Junho a câmara comprou bilhetes no valor de 33.334 euros, 42.857 euros e 28.572 euros, respectivamente.

Um pouco da história das touradas
 Na cultura da Península Ibérica, o Circo de Termes parece ter sido um local sagrado onde os celtiberos praticavam o sacrifício ritual dos touros. A estela de Clunia é mais antiga representação do confronto de um guerreiro com um touro. As representações taurinas de variadas fontes arqueológicas encontradas na Península Ibérica tais como os vasos de Líria, as esculturas dos Berrões, a bicha de Balazote ou o touro de Mourão estão quase sempre relacionadas com as noções de força, bravura, poder, fecundidade e vida que simbolizam o sentido ritual e sagrado que o touro ibérico teve na Península. Júlio César(40 a.C.) durante a exibição do venatio introduziu uma espécie de "tourada", onde cavaleiros da Tessália perseguiam diversos touros dentro de uma arena, até os touros ficarem cansados o suficiente para serem seguros pelos cornos e depois executados. O uso de uma capa, num confronto de capa e espada com um animal, numa arena, está registado pela primeira vez na época do imperador Cláudio. Ato de crueldade sem justificação Grupos de defesa dos direitos animais criticam a prática da tourada, pois é um ato de crueldade sem justificação, que não se insere dentro das tradições humanistas. Em Portugal, quatro autarquias posicionaram-se contra a realização de touradas nos seus concelhos, Viana do Castelo, Braga, Cascais e Sintra. Em Espanha, o país onde as touradas são mais tradicionais, existem zonas nas quais estão proibidas. Em primeiro lugar foram as Ilhas Canárias, com a aprovação em 1991 da Lei de Proteção de Animais e, duas décadas depois, em Julho do 2010, o parlamento de Catalunha aprovou uma Iniciativa Legislativa Popular que proibia estas práticas com o extremo rigor dos Bous al Carrer.

O Brasil proibiu as touradas em 1934
Porto Alegre teve tanto corridas de touros como touradas em praça de touros situada no Campo da Redenção, que hoje abriga parque de mesmo nome. Com cavaleiros, bandarilheiros, forcados e pega, assim como pantomimas tauromáquicas, eram consideradas eventos sociais, recreativos e artísticos, atraindo humildes e abonados. Havia praças de touros em São Paulo, Santos, Cuiabá, Curitiba, Salvador e no Rio de Janeiro, então capital nacional. Nela em 1922, dentre as festividades do centenário da independência, realizaram-se touradas com registo cinematográfico. Foram proibidas em 1934 por Getúlio Vargas, juntamente com as lutas de galos.

O MOVIMENTO DE SÉRGIO
Movimento pela abolição dos espectáculos das corridas de touros e pela dignificação da condição humana e animal. As corridas de touros foram uma actividade lúdica comum a vários países europeus durante a idade média. A maioria desses países aboliu este tipo de espectáculos sangrentos por volta do século XVI por se tratarem de eventos cruéis e impróprios de nações civilizadas. Actualmente as touradas são proibidas em diversas nações europeias como a Dinamarca, Alemanha, Itália ou Inglaterra. Infelizmente estas práticas mantiveram-se em Espanha sendo daí exportadas para Portugal onde foram alvo de várias restrições e até proibidas em 1836. Por constituírem uma importante fonte de receita para a Casa Pia de Lisboa e para as Misericórdias, as touradas foram novamente autorizadas apenas para fins benéficos, mas acabaram por se transformar num evento comercial lucrativo para um pequeno grupo de empresários tauromáquicos, nunca perdendo a ligação às suas verdadeiras origens, evidenciada nos trajes, nas lides, no vocabulário e até na música que se ouve nas praças. As corridas de touros constituem nos dias de hoje um espectáculo anacrónico, violento e um mau exemplo, em particular para as crianças e jovens, em relação à compaixão e respeito que todos devemos evidenciar pelos animais. Não é aceitável que a nossa sociedade em 2012 continue a aplaudir o derramamento de sangue e o desprezo pela vida evidenciado pelos artistas nas arenas, assim como não é admissível que no panorama actual, vários milhões de euros das nossas finanças públicas, sejam canalizados para a criação de animais para entretenimento, construção de praças de touros, aquisição de bilhetes para touradas, subsídios, etc. O meu movimento pretende contribuir para o progresso civilizacional da nossa sociedade, para a sua pacificação e para a valorização de outras práticas festivas, lúdicas e pacíficas que acontecem no nosso país e que merecem ser valorizadas. Estou certo que as minhas ideias são, felizmente, partilhadas pela grande maioria dos cidadãos portugueses. Pelos homens, mulheres, crianças e em particular pelos animais peço que apoiem este movimento para que a nossa voz chegue ao Sr. Primeiro Ministro.

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