No entanto também me mete muita raiva, porque por vezes os toureiros matam o touro só por divertimento. Aí o que me apetece é saltar do sofá, entrar pela TV dentro e em vez de matar o touro matar o toureiro.
Se eu fosse Presidente da República de Portugal a primeira coisa que eu fazia era proibir as touradas em Portugal .
Também apoio um protesto que ouve em Pamplona – Espanha, que foi quase todas as pessoas daquela cidade desfilaram todos nus e sobre o seu corpo nu lia-se: deixai morrer o touro em paz.
É tudo o que eu acho sobre as touradas."
Catarina
"Eu acho que as touradas não deviam existir, pois é uma coisa absurda e só faz sofrer o animal.
Nunca pensei em ser toureira e não sei como é que os toureiros têm a coragem de fazer tal barbaridade. Se os toureiros tivessem consciência veriam que são pessoas muito injustas e agressivas para com o touro.
Quando eu era bem pequena pensava que os touros eram maus, então era por isso que existiam as touradas mas agora sei que o touro é um animal muito indefeso nas mãos do homem.
Às vezes passo por um canal da TV onde está a dar touradas e logo me caí uma lágrima, mudo de canal e penso :
Como devem estar a sofrer aqueles animais.
Apesar de não gostar de nada nas touradas, a parte que eu menos gosto é quando os toureiros espetam as espadas e as bandarilhas no lombo do touro.
E é isto tudo que eu acho sobre as touradas"
Telma
Em primeiro lugar, por mim as touradas podiam nem existir.
Na minha opinião as touradas são um desporto muito estúpido porque nenhum toureiro gostaria de ser massacrado como o touro é. Quando vejo as touradas pela TV mudo logo de canal, porque sei que me mete nojo A primeira vez em que vi touradas achei uma diversão porque ainda não tinha consciência, pois era muito nova para entender o mal que o toureiro fazia ao touro, mas agora já ando a estudar e por isso já entendo muito bem o que se passa em cada tourada.
Eu não entendo porque é que muitos dos portugueses gostam de fazer mal ao touro por divertimento, por fama. Também não entendo porque é que inventaram este tipo de divertimento, que passados alguns anos se tornou numa violência para com o touro.
A parte que eu menos gosto numa tourada, apesar de não gostar de nada, são as forcadas, que é quando o Homem atrai o touro para lhe fazer mal e empoleira-se nos chifres e...
Natacha
Protesto contra as touradas - Deixai os touros morrer em paz
Em sinal de protesto contra os maus tratos dados aos animais, os activistas na sua maioria portugueses, norte americanos, espanhóis, entre outros países da Europa – decidiram manifestar-se na véspera de início de San Fermin .
A "acção" organizada pela maior associação de defesa de protecção dos animais do mundo , a norte americana "Peta" visa contestar, pela primeira vez, no local, um espectáculo tauromáquico em Espanha.
O protesto durou cerca de dez minutos e foi tanto aplaudido como assobiado por numerosos pamploneses (Pamplona) que assistiram a esta iniciativa ecologista .
A associação "ANIMAL", foi a única organização portuguesa de defesa dos direitos dos animais que aderiu à iniciativa. Seis organizadores desta associação deslocaram-se de Portugal para participar no protesto, que seguiu o percurso que os animais farão na tradicional largada.
Todos os anos, dezenas de pessoas ficam feridas e algumas morrem durante estas largadas de touros.
Deram também corpo ao protesto manifestantes vindos da Alemanha, Áustria e Canadá. Sobre o seu corpo nu lia-se a frase:
"Deixai os touros morrer em paz"
Movimento anti-touradas de Portugal
Nós entendemos que o Homem não tem o direito de massacrar um animal por uma razão absurda e só por divertimento.
Mesmo que estes direitos não fossem reconhecidos por alguém, o respeito pelos animais deve ser cumprido, porque tal como nós também têm o direito de viver.
Se deixarmos que estas pessoas torturem os touros por tão simples espectáculos dessa tortura retira a humanidade às pessoas e cria uma sociedade agressiva.
A agressividade que provoca os espectadores de touradas, o facto de massacrar o touro não acaba na praça e tem como resultado a desvalorização da vida.
As touradas têm que acabar pois não passam de espectáculo de violência e sofrimento feitas pelo Homem sobre um animal.
Touradas à corda
Há na ilha Terceira duas espécies de touradas: as de praça e as de corda. As primeiras são iguais ás Touradas Portuguesas; as segundas, o touro corre pela estrada preso pelo pescoço a uma corda de 80 m de comprimento, na extremidade, normalmente há 6 Homens que a seguram fazendo-o parar quando for preciso.
O número de touros corridos é de 4 e a duração de tempo para cada um é de 30 minutos. Do segundo para o terceiro touro, há um intervalo de 30 minutos e de touro para touro, há um intervalo de 15 minutos. As touradas começam às 4 da tarde e acabam ao por do sol.
As touradas de fama, onde são corridos os touros escolhidos a capricho das melhores criações da ilha. Dá-se o nome de Arraial ao lugar destinado para a tourada. A área é curta, pois em poucos casos excede 500m lineares e tem de ser assim para não cansar muito o touro.
Um foguete atirado do Touril, anuncia que vai começar a tourada. Depois de amarrado o touro, à corda sai por uma fresta do caixão e os Homens da bolça, começam a estende-la para um dos lados do arraial em todo o seu cumprimento. Pouco depois um foguete anuncia que vai sair o touro. Toda a gente se dispersa atabalhoadamente encontrando-se, empurrando-se caindo uns em cima dos outros. Uns trepam pelos buracos das paredes de pedra solta procurando lugar no cimo delas; outros sobem muros, outros refugiam-se nas vendas, nos cafés ou na maior parte procuram externos do Arraial. Apenas alguns rapazes já grandes se deixam ficar no caminho, à certa distancia do Touril para verem mais de perto a saída do touro e poderem capetá-lo.
Então abre-se a porta do caixão e um grande barulho anuncia a saída do touro, que, numa correria veloz leva à sua frente toda a gente que se encontra no caminho, fazendo igualmente deslocar-se numa fuga desordenada, na extremidade do Arraial se dispunham a ver a tourada ao longe. O touro pára em volta e faz-se o terreiro, onde apenas um ou outro mais rápido se atreve a passar correndo em frente do touro arremendo o toureiro pelintra; mas precisamente quando o touro se dispõe a arremeter, logo outro, abanando um casaco o distrai da primeira arremetida e assim por algumas vezes até que o touro toma a querença. A expectativa é geral.
Os pastores do meio da corda tentam puxar o touro, que já não obedece aos acenos que o provocam.
Então o pastor do meio da corda, cheio de ver "acanalhar o touro," tenta pôr a corda sobre o lombo do touro e esticando-a atira-lhe uma chicotada, e logo o desperta. O touro desperta pela chicotada arremete furioso e lança-se sobre a multidão enquanto que a corda desenrolando-se e esticando-se pela violência da corrida, atira com uns tantos incautos de encontro à parede ou ao chão em quedas espectaculares e extremamente ridículas. Na frente não se contava com a corda, nem com aquele arranque feito pelo touro. Homens atrevidos correm para o touro, pegam-lhe de cerneira e conseguem tirar a pessoa dos cornos do touro, enquanto que as pessoas se agarram ao rabo e á cabeça da corda para não o deixarem arremeter.
Uns saltam para fora, outros inadvertidamente para o cerrado onde o touro, em campo largo, arremete furiosamente contra tudo e todos, até que dali para fora de o puxarem pela corda. Novamente no arraial continuam as peripécias e assim continua o touro a sua odisseia, até chegar a hora de o meterem novamente no Touril. Um "foguetão" anuncia a recolha do cornúpeto, enquanto cá fora, no Arraial o povo falando sobre as peripécias da corrida dizem:
"É um bicho de respeito"!
Qual respeito!
Fonte: site Prof2000.pt (alunos do secundário)
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