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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Testemunho Real!



 Palabras de un técnico de sonido de televisión que hacía las retransmisiones de toros...

"En mi caso, que me ha tocado llevar el sonido en alguna retransmisión, siempre he comentado, que si en lugar de la mezcla de sonido de la banda de música, aplausos, bravos, olessss y demás... el sonido fuera el que capta el Sennheiser 816 (micrófono que capta a gran distancia y buena calidad) a pie de ruedo, donde se escucha perfectamente el sonido de la banderillas al entrar en la piel, los mugidos de dolor que da el animal a cada tortura a la que se somete... y además lo acompañáramos de primeros planos de las heridas que lleva, de los coágulos como la palma de una mano, de la sangre que le brota acompasada al latir del corazón o la mirada que pone en animal antes de que le den la estocada final, creo que el 90% apagaría el televisor al presenciar semejante carnicería a ritmo de pasodoble.

Yo, personalmente pedí el dejar de hacer ese tipo de trabajo, precisamente un día que en Castellón me tocó estar en el callejón y me cabreé mucho al escuchar a un toro, al cual el torero falló cuatro veces con el estoque y harto de escuchar al pobre animal me quité los auriculares... No tuve bastante, que mientras agonizaba, escupía, se ahogaba en su sangre, se vino a morir justo pegado a mi, apoyado sobre las maderas mientras daba pasmos y su mirada ensangrentada y con lágrimas, sí lágrimas, sean o no sean de dolor, se cruzó con la mía y no nos la perdimos hasta que un inútil .... falló dos veces con el descabello, al que le dije de todo.

Ahí acabó mi temporada torera de por vida.

Son sentimientos personales y lo mas probable es que a un amante de "la fiesta" le parezca ridículo, pero para mi, más ridículo es cuando después de semejante carnicería, giras la vista al público y los ves allí aplaudiendo, comiendo su bocata sin inmutarse, ni habiendo visto y oído lo que yo."

 Jose Sepúlveda Sepul



"Anonymous Defensa Animal España"
"El técnico de sonido del viral antitaurino: "Es una bestialidad, que lo soporte el que pueda" - El Huffington Post"
"El viral testimonio de un técnico de sonido sobre las corridas de toros - El Huffington Post"
"LA VOZ DE GALICIA"


"La memoria del llanto, un artículo contra los toros del periodista y escritor Francesc González Ledesma, publicado en el diario El País en marzo de 2010."



«Testemunho de um Técnico de Som sobre a Barbárie Tauromáquica

Jose Sepúlveda, técnico de som do Canal Nou e que durante algum tempo trabalhou na transmissão de touradas decidiu relatar aquilo que viu e ouviu durante estas emissões. A imagem inserida no texto é apenas para ilustração do artigo.

Sempre que trabalhei na parte sonora das transmissões frequentemente comentava que se em lugar da banda de música, dos aplausos, dos bravos, dos olés e etc o som fosse captado pelo Sennheiser 816 (microfone que capta a grande distância e com muita qualidade) perto da arena onde se escuta perfeitamente o som das bandarilhas a entrar na pele, os mugidos de dor do animal a cada tortura que é submetido e além disso as pessoas acompanhassem os primeiros planos das feridas, dos coágulos tão grandes com a palma da mão, do sangue que jorra, do bater do coração ou o olhar do animal antes da estocada final 90% desligaria a televisão ao presenciar tamanha chacina ao ritmo de pasodoble.

Eu pessoalmente pedi para deixar de fazer esse tipo de trabalho, porque um dia em Castellón, tocou-me estar entre barreiras e fiquei muito incomodado ao escutar um touro depois do toureiro ter falhado por quatro vezes a estocada e tive que tirar os auscultadores e o animal agonizava, cuspia, afogava-se no seu sangue vindo morrer mesmo ao pé de mim apoiado na madeira e o seu olhar ensanguentado e com lágrimas, sim lágrimas, sejam ou não sejam de dor cruzou-se com o meu até que um inútil falhou duas vezes o descabelo e eu disse-lhe tudo e mais alguma coisa.

Foi aí que terminou o meu trabalho em praças de touros para toda a vida.

São sentimentos pessoais e o mais provável é que um amante da “fiesta” ache ridículo, mas para mim ridículo é quando depois de semelhante carnificina olhas para o público e vês que aplaude, come sandes sem qualquer preocupação não tendo visto nem ouvido o que eu testemunhei”.

Excelente testemunho que retrata a verdade sobre um espectáculo que é brutalmente bárbaro e cruel e que tem que ser erradicado.

Prótouro
Pelos touros em liberdade

terça-feira, 10 de junho de 2014

Ganadeiro Arrasa Tauricidas e Aficionados

Numa entrevista dada ao blogue tauromafioso “Naturales”, o ganadeiro José Luis de Vasconcellos e Sousa d’Andrade fez acusações demolidoras contra tudo e todos que vivem à conta da tortura de seres sencientes.

São entrevistas como esta que mostram a realidade do asqueroso mundinho tauromáquico.

Prótouro
Pelos touros em liberdade



IMPERDÍVEL:
Entrevista a José Luis de Vasconcellos e Souza d' Andrade
O Naturales foi falar com José Luis de Vasconcellos e Souza d' Andrade e o resultado foi uma conversa directa e sincera. O Cavaleiro e Ganadero falou sem papas na língua.
O toiro, o toureio a cavalo, o púbico e a festa em geral foram temas abordados. A não perder!

"Repare os nossos empresário são uns parvos, eu nem sei para que compram toiros aos ganaderos. Deviam mandar fazer um toiro de corda que lhes dava para a temporada inteira."

Foi e é cavaleiro de Alternativa, mas também é ganadero?
É verdade comprei a antiga ganadaria Coimbra já lá vão um par de anos.
E porquê a ganadaria Coimbra?
Porque sempre foram toiros que me encantaram. Esta ganadaria de encaste Tamaron, Conde de la Corte estava para ir para o matadouro. Toiros encastados, bravos e sem serem parvos. Não gosto de toiros de corda.
Toiros de corda?
Repare os nossos empresário são uns parvos eu nem sei para que compram toiros aos ganaderos. Deviam mandar fazer um toiro de corda que lhes dava para a temporada inteira. Os senhores que se dizem cavaleiros na maior parte só querem toiros a modo. Ter lá um toiro de corda ou ter lá um "boi preto com cornos" é o mesmo. Quando lhes sai um toiro de verdade, com as complicações inerentes e características da raça brava não podem com eles, vetam, chamam todos os nomes ao ganadero, O problema deles nem é o toiro é a falta de oficio que tem e só sabem de artes de circo.
Falou nas características inerente aos toiro de raça brava, quais são elas?
A primeira obrigação de um toiro é colher e matar o toureiro. E o toureiro tem que saber "burlar" as suas investidas. Mas estes toureiros de agora como lhe disse se lhes sai um assim até se cagam todos. Um ganadero tem que procurar a bravura, não a comodidade, um toiro desses de agora da moda/corda não passam de uns bois mansos, descastados.
Pelo que diz os seus toiros não estão ao jeito de todos os toureiros, podemos considerar os seus toiros como "duros"?
Duros!? Não sei se o são, não costumo comer a carne dos meus toiros. Mas agora fora de brincadeiras não sei o que é um toiro duro!! Sei o que é um toiro bravo ou manso. E os mansos também cá os tenho, mas sem serem da corda.

"Quando vê ai certos números de circo nas praças, acha que o cavalo está no seu juízo perfeito!"

Já falou várias vezes em toiros de corda, fala do encaste Murube especificamente?
Não falo em encastes, cada um tem as suas características. Também há Murubes bravos. Eu falo é de seleção! Olhe a maior parte das pseudo figuras gosta muito de mandar em casa alheia! Tem estragado as ganadarias e acabado com encastes. E sabe porquê Miguel? São maus cavaleiros. Não tem noção se quer do cavalo quanto mais do toiro... Ele são martingalas e quando não as usam à vista usam de outra maneira.
De que maneira?
Quando vê ai certos números de circo nas praças, acha que o cavalo está no seu juízo perfeito!
Na sua ganadaria já tentaram mandar?
Vão logo porta fora... Aqui mando eu e quem eu quero que mande.
Vejo-o muito desgostoso com a festa, vai aos toiros em Portugal?
Muito pouco, só quando lido e nem sempre. Acha que estou para dar dinheiro a artistas de circo. Acha que gosto de ver um boi no centro da praça com um cavalo cheio de martingalas à volta.

"Mas como os portugueses o que gostam é de ser enganados, participam na festa."

Pelo que diz como ganadero gosta de fereza na praça?
Nada disso. Quem procura isso também é um louco, procuro nobreza, casta e bravura. Mas se confunda com a nobreza... Nobreza não é toiros parvos e estúpidos. A malta anda ai confundida com os conceitos de seleção.
Andam confundidos?
Sim andam, a falta de cultura desta gente e não é só da dos toiros. Mas estes são os piores. Alguns acham que são muito espertos mas não passam de patetas. Mas como os portugueses o que gostam é de ser enganados, participam na festa.
Voltemos à ganadaria... Cria toiros em Portugal, teve grande cartel em Espanha e França.
Tive e acho que tenho. Mas lá como cá uns touirecos acham que mandam nisto e só querem toiros de corda.
Mas acha que lá as coisas se fazem mais a sério?
Um bocadinho nas praças importantes tem que gramar com eles em pontas e isso assusta mais. Nas outras praças não lhe cortam mais os cornos porque não podem.
Mas como cavaleiro gosta de ver tourear a cavalo?
Gosto, mas ele é tão pouco... Tenho quase que ir às memórias.

90% não tem nem ideia do toiro nem do toureio. Pensam que entendem. São uns entendidos!

O que é para si tourear a cavalo?
Olhe para se tourear a cavalo primeiro tem que se ser cavaleiro e saber o que isso é. Já perguntou a essas personagens que se dizem cavaleiros se sabe o que é ser cavaleiro? O toureio a cavalo está dentro de um quadro em que a equitação académica renascentista se adapta ao combate cavaleiro-toiro. Mas isso nem interessa estar para aqui a falar. Eles nem vestir se sabem como poderão saber do resto...
E de quem é a culpa?
Essa desgraçada morre sempre solteira.
Acha que o público tem a culpa por não exigir?
Exigir o quê!? Esses nem sabem o que vão ver, vão para ser vistos.
Mas ninguém percebe de toiros em Portugal.
90% não tem nem ideia do que é um toiro nem de toureio. Pensam que entendem. São uns entendidos!
E como vê a critica taurina em Portugal?
Não vejo. Olhe está aqui a fazer esta entrevista porque me dizem que não faz parte da escumalha que anda ai a deitar palpites.
O Miguel acha, não é porque veja ou leia, que se pode triunfar sempre? Uns dos que escrevem se calhar até percebem qualquer coisa, mas como são umas "putas baratas", são logo comprados. Mas das finas também há ai muito...
Está a dizer que a crítica em Portugal é comprada? Isso é uma afirmação grave.
Estou! Grave porquê? Mais grave é andarem a esconder os podres, dizerem mentiras e a maior partes das vezes barbaridades. Olhe todos mandam menos o toiro.
E em relação ao toiro, pensa que se sabe avaliar o comportamento em praça? Estou a falar da crítica!
Dizem quase todos o mesmo, é preto, tem cornos...

"Oh homem isso não são adaptações nenhumas, isso de morder, bater palmas, andar de lado, porque ladear é outra coisa são números de circo, não chame nunca a isso tourear."

Agora está muito em voga o toiro cumpriu?
Pois estão a falar de borregos. Esses que cumprem nem sabem para que tem os cornos na cabeça.
Onde se vão ver os Sommer em 2014?
Onde os quiserem colocar... Não os deve ir ver com esses que se dizem figuras, esses não podem pensar neles. O medo é inerente ao toureio, mas o pavor é uma fraqueza. Nem é pavor é mais falta de conhecimento para os tourear.
Vejo que é pouco adepto destas novas aportações ao toureio a cavalo?
Oh homem isso não são adaptações nenhumas, isso de morder, bater palmas, andar de lado, porque ladear é outra coisa são números de circo, não chame nunca a isso tourear.
Já vi que não gosta de circo?
Gosto, gosto! Tenho muito respeito pelos palhaços... Mas nos toiros não gosto de ver palhaçadas!
Olhe acha que se um toiro investe a direito se pode andar com um cavalo de lado? Só com toiros de corda e carril.
E um toiro bravo dá para fazer essas habilidades?
Não! Mas esses não querem e fogem deles como diabo da cruz.
E como se deve então tourear a cavalo?
De frente e ao estribo. Mas isso já não se usa, está fora de moda, é feio e díficil. Agora é só cambiadas e isso é uma mentira, parece que tem perigo, mas não o tem. Se não veja o que caiu em fora de moda? O difícil! Ponha lá esses dos números a deixar vir um toiro de poder a poder e a cravar de frente e ao estribo. Nem o tentam fazer os cavalos só sabem tourear toiros parados e quando aquilo arranca o cavalo e cavaleiro até se cagam. Isto hoje é tudo uma farsa do pior.
O que me diz da aficion do Campo Pequeno?
Das piores, vão lá como lhe disse para serem visto e outros para se verem depois nas fotografias. Vão a Lisboa, é diferente. As senhoras ver os fatos umas das outras e falar ao telefone e nós para vermos umas meninas bonitas nas barreiras. Muito pouca gente vai ver a corrida e esses vêm sempre de lá aborrecidos.
Bom mas onde vamos ver os seus toiros?
Penso que vão a Santarém e digo penso porque cá nunca se sabe. Mas pergunte ao meu representante, Rui Piteira, que ele é que sabem bem isso. Eu já nem estou para aturar empresários, cavaleiros, bandarilheiros. Tenho a ganadaria só para me divertir aqui. Na praça como lhe disse a maior parte das vezes nem lá vou.
Sorte para a temporada.
Obrigado! Mas a sorte é relativa, acha que um toiro pode ter sorte com esta gente que tomou conta disto?!



Fonte da entrevista: naturales

sábado, 24 de maio de 2014

O Duplo Sofrimento dos Touros


Depois do longo sofrimento que os touros padecem durante as touradas, outro tipo de sofrimento os espera até serem mortos num qualquer matadouro.

Nos curros da praça, e longe dos aficionados que bateram palminhas e gritaram olés ao sofrimento animal e que se estão nas tintas para o que acontece depois, estes animais voltam a sofrer quando lhes são arrancadas as bandarilhas:



Extremamente debilitados pela dose dupla de sofrimento, são encaminhados para o camião que os levará ao seu destino final, destino esse que eles pressentem.

Atenção, o audio/vídeo que se segue, contém sons que podem ferir a sensibilidade de muitos dos nossos leitores:



E se mais provas fossem necessárias, o ex-presidente da câmara municipal da Azambuja, num comentário postado no facebook, comprova o atrás afirmado, mesmo tendo em conta que o mesmo foi feito porque é um defensor de touradas com a morte do animal na arena.


Por muito que a indústria tauromáquica continue a vomitar aberrações tais como os touros têm uma vida de rei, não sofrem assim tanto, etc., a verdade é que este negócio lhes enche os bolsos e lhes permite viver à tripa forra, comprar montados e criar mais e mais animais, porque sabem que à parte do lucrativo negócio da venda dos mesmos, ainda vão receber subsídios estatais, europeus e camarários.

Tudo o que envolve tauromaquia é um asco, um vómito, um universo de gente atrofiada, que começa nos ganadeiros, passa pelos “artistas”, empresários tauromáquicos e aficionados para terminar nos políticos que se deixam corromper prometendo que jamais permitirão a abolição do espectáculo.

Só erradicando este cancro que assola o país poderemos evoluir.

Prótouro
Pelos touros em liberdade

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Psicologia do Touro de Lide


O texto que abaixo transcrevemos e traduzimos e que é apenas um excerto do original, descreve e bem o comportamento dos touros de lide ou bravos.
Este texto pertence ao “El Cossío”, a enciclopédia tauromáquica Os Touros.

O “El Cossío”, é um tratado técnico e histórico escrito por José Maria de Cossío e que foi publicado pela primeira vez em 1943. É o tratado mais extenso e documentado que existe sobre tauromaquia e corridas de touros. Daí ser definido com a “a Bíblia dos touros”.
Os sublinhados são da nossa autoria.

A Psicologia do Touro de Lide

Em todos os animais existem fenómenos tais como os digestivos ou respiratórios, que ocorrem quase que inadvertidamente: são os fenómenos orgânicos. Em contrapartida existem outros, tais como efeitos de um tóxico ou reacções à luz, ao som ou outros agentes exteriores que impressionam o animal, que tem consciência dos mesmos e que pertencem à categoria dos psíquicos. Como tal, no touro, tal como em todos os animais superiores, fenómenos desta natureza acontecem.
Toda a consciência supõe um sujeito que percebe ou sente. As propriedades deste eu ou as suas reacções especiais são o que chamamos carácter.

Para pontualizar como e quais destes fenómenos psíquicos se apresentam no touro, devemos estudá-lo na natureza. Os animais carnívoros, guiados pelo seu instinto de preservação, buscam uma presa viva que os alimente e estão sempre dispostos a atacar e a matar; são dotados de combatividade permanente e sempre prontos para a luta. As suas faculdades mentais foram treinadas desta forma e fazem com que sejam astutos e peritos em perseguir e caçar a sua presa.

Os ruminantes, entre os quais se encontram os touros, animais herbívoros, pelo contrário, não necessitam de atacar ninguém. O touro não ataca nenhuma espécie de animais, nem ataca o homem. O que um animal herbívoro faz é defender-se de um que seja carnívoro. Por isso os bovinos têm fortes reacções defensivas e são medrosos e assustadiços.Tão medrosos que já no séc. XVI Diego Ramírez de Haro observava que o touro quando pasta o faz recuando. Esperam sempre o ataque, sobretudo quanto se encontram isolados da manada ou quando têm que defender a sua prole. Quando tal acontece, investem sem sequer se aperceberem da superioridade que o inimigo possa ter e fazem-no sempre de forma cega e imparável.

As investigações do padre jesuíta Laburu

A investida do touro é um instinto que existe em qualquer animal, investe para se defender, como o leão para apanhar a sua presa e como todos os animais na época de cio. O bezerro, poucas horas depois de nascer já mostra instinto de investir mesmo que mal se consiga aguentar de pé.

Em colectividade, o touro verdadeiramente bravo nunca investe contra os outros e consciente do seu poder, é pacífico e calmo.

O touro muge de diversas formas e expressa distintamente o seu estado de animo: muge quando está com o cio, quando luta, quando pede ajuda ou quando foge.

Os estudos de Sanz Egaña

O touro investe em objectos ou seres em movimento, por medo; o touro ante um movimento, repara e assusta-se; o medo fá-lo correr sem direcção; o touro investe na capa porque esta lhe molesta a visão e cansa a sua retina e devido a essa dor investe, para se libertar da mesma.

A sensação

As sensações do touro são muito intensas, especialmente as do olfacto e audição. Se um touro morre em certo lugar e esse lugar não foi perturbado, podem passar 3 ou 4 anos e todas as reses que por ali passam cheiram-no e mostram que se deram conta de tal facto. O menor ruído que se faça no campo ou na praça põe a rês em guarda e a sua atitude demonstra inquietude. Qualquer objecto brilhante ou de cores vivas assusta-a. Embora a vista do touro não seja muito desenvolvida ao contrário do que acontece com outros animais, cores como os cinzentos, verdes ou azuis pálidos, ferem muito menos a sua sensibilidade que os vermelhos ou amarelos.

Vida afectiva

O touro sente simpatia ou antipatia por pastores ou lugares nos quais encontra sensações gratificantes ao ponto de se deixar acariciar por crianças. Não gosta de variar de lugar, come sempre no mesmo sítio e recordando lugares onde viveu, pode percorrer distâncias enormes, voltando se puder, ao seu campo quando é separado dele; tem uma facilidade enorme em recordar e reconhecer caminhos.

Vida activa

Devido ao seu instinto de associação, os touros gostam de viver em manada e excitam-se quando se vêem sós daí que ataquem tudo o que lhes aparece pela frente.

Prótouro
Pelos touros em liberdade

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Conto de Fadas do Touro que Vive como um Rei

Um dos argumentos mais insistentes dos aficionados é que o touro de lide vive como um rei durante 5 anos e rodeado de vacas, ao contrário dos animais que vão para o matadouro.

Touro

Será? Ora bem dos milhares de touros que são exterminados ano após ano, quantos vivem os tais 5 anos?

Ponhamos as coisas em perspectiva, só os touros que vão para touradas vivem 5 anos, na maior parte das vezes 4. E quantos são chacinados em bezerradas, touros com 1 ano de idade ou menos?

Bezerro


Depois temos os novilhos, touros com dois/três anos de idade que também são torturados e mortos em novilhadas.
Novilhos

Feitas as contas, a verdade é que estes animais,  são torturados desde tenra idade. Portanto, essa de viver como um rei rodeado de vacas, deve ser um conto de fadas, perdão um conto de aficionados.

Uma vez mais se prova que tudo o que é vomitado por esta gentinha despudorada é facilmente desmontável.
Já o dissemos várias vezes e voltamos a repetir, assumam de uma vez por todas que para vocês o que importa é o espectáculo de sofrimento, não o amor pelos animais. Um ganadeiro não ama os animais que cria se os amasse não os vendia para serem torturados numa tourada.
O que o ganadeiro ama é o dinheiro que ganha com a criação e exploração desses animais. O aficionado esse vai à praça não para ver um espectáculo de arte e beleza como vocês dizem mas sim para se entreter, divertir e bater palmas face à humilhação e tortura de um animal.

E ainda têm a distinta lata de nos chamarem intolerantes? E ainda têm a desfaçatez de afirmar que interferimos com a vossa liberdade?

Vocês, infelizmente não percebem, mas a tolerância acaba quando interfere com a vida de outrém seja ela de um animal humano ou de um animal não humano.

Se certos governos legislaram no sentido de permitirem a tortura de animais, então essas leis têm que ser combatidas até serem revogadas. Quando as leis não defendem os interesses e os direitos daqueles que por um ou outro motivo são incapazes de se defender, então não são leis, são papel higiénico e de má qualidade.

Prótouro
Pelos touros em liberdade